Coluna da Lulu: 80 Natais

Fiquei em dúvida sobre essa resenha. Não sabia se escrevia, ou se nem tentava. Agora mesmo, escrev e apago sem saber direito se minhas palavras soarão como quero, ou como a história e a autora merecem.

Acho que comecei a chorar já no prólogo. Ou nas duas primeiras páginas. Não consigo definir o momento exato, mas posso falar com uma grande certeza, que as palavras de Adriana falam. O que é um enorme pleonasmo, eu sei, mas é que cada letrinha, tem a voz dela. Suas reticências, exclamação, o riso curto, o cabeça de melão, o retire e suas poesias. Em todo o livro, eu pude ouvir sua voz, elas saltavam das páginas, me envolviam e acho que por isso foi que me emocionei tanto ao longo da história.

Eis a minha versão sobre o Mal de Wilson: é injusto. É uma merda (sem perdão, porque é mesmo). É a falta. É a demora. É a agonia. É a saudade. O desespero. É o que nos empurra para fora da rota programada da nossa vida. É como uma daquelas xícaras que rodam, rodam, rodam, nos deixam tontos e nos dão vontade de vomitar. Mas, também é a esperança. É a fé.

Eu li o livro em algumas horas. Aí depois, eu fechei, abracei, coloquei-o de lado e fui tomar um banho de água quente que virou um banho de minhas próprias lágrimas. Será que Cecília tem a mínima ideia do quanto é forte? E corajosa? E do quanto merece ser feliz? Do fundo do meu coração, eu espero que sim.
A história é narrada por Cecília, uma mulher adulta, que possui dois filhos quando encontra o amor da sua vida. Vinícius chega calminho e, aos poucos (ou de vez), conquista o coração da protagonista. E quando tudo parece bom demais e eles acabaram de ter a pequena Clara, Vinícius parece entrar em depressão. Que estranho: sempre viveu uma vida tão feliz...E a culpa cai toda sobre Cecília. Até que depois de muita angústia, se descobre a verdadeira doença de Vinícius: o Mal de Wilson.

As conversas entre os dois são a coisa mais linda do mundo! Eu ria e chorava ao mesmo tempo, ainda mais, sendo baseada em alguns fatos reais. A história de como Cecília encara essa barra com fé e esperança é de emocionar.
Agora um depoimento mais particular: Adriana você é uma inspiração. Que um dia eu possa poetizar um milésimo do quanto você faz. E possa encarar a vida, realmente, através da fé, da esperança e do amor.
Já dei o livro para minha mãe: acho que ela tem que ler. Acho que todo mundo tem que ler. Que você sirva de exemplo e de paz, para alguns corações atormentados, como você foi para mim.

Mais do que tudo, não considero uma tragédia. Mais do que isso, é uma história de esperança, uma história de amor ainda sem final, mas já com um recomeço. Que você seja luz e tenha luz, minha flor, como minha mamãe sempre diz: o melhor ainda está por vir. E eu acredito nisso.

Citação Preferida: Ser romântico é, então, de fato se entregar, com toda sua força àquilo no qual você acredita. Ou seja, é amar plenamente, sem questionar, sem julgar...É ir até o fim, mesmo que este fim seja a própria morte...


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