Todo Sentimento
Maria Emília Pereira
Este ano, ganhei no amigo oculto entre os participantes do Encanto das Letras, um livro de poesias. É um presente de grego. Não basta saboreá-lo, é preciso descrever depois os seus muitos sabores numa resenha, dever de casa que cabe ao presenteado.
Já defendi algumas vezes: sentimentos não se descrevem. Você sente ou não sente. Como descrever a saudade para quem nunca perdeu ninguém?
Como explicar o amor? Mesmo para quem já amou, não há palavras para descrever o que o apaixonado sente.
Dito isto, entende-se o quão árdua é a minha missão. Poesia é sentimento e a poesia de Maria Emília Pereira é Todo Sentimento.
Cada estrofe, cada verso, toda rima vem carregada de sentimentos. O livro inteiro transborda amor, paixão, saudade, esperança, mágoa, rancor, alegria, tristeza, desapontamento, esperança...
Há homenagens a pessoas queridas, como o belíssimo Ao Meu Irmão ou Voz da Poesia, onde canta a beleza de ser poeta.
Há a contundente poesia social, em que ele expressa todo os seu espanto diante da injustiça e crueldade que vitimam nossos irmãos, como em Que Mundo É Esse?
E há, claro, os poemas de amor. Amores sensuais onde as delícias da alcova se apresentam cheias de malícia, como em Lascívia ou em Meu Bem, Meu Mal; amores perdidos, ora com a certeza de reencontrar a felicidade, como em Promissor Amanhã, ora com a força da superação, como em Retrato em Branco e Preto, ora com a desilusão pelo fim, como em Soluços do Coração.
A autora, bem casada e feliz, garante que toda essa paixão não saciada que preenche linhas e linhas de beleza e fúria, é fruto de sua imaginação, o que torna ainda mais brilhante sua verve.
A propósito, independente da montanha russa emocional que a leitura nos proporciona, cabe observar a qualidade dos textos, onde o lirismo se deixa guiar pela forma coesa do gênero escolhido, seja no respeito à métrica, seja na riqueza das rimas.
Leitura mais do que recomendada. Como sugestão, uma rede à sombra, música suave, o borbulhar de um riacho tranquilo ou o som da chuva no telhado. E embarcar na criação de Milla Pereira, a bordo de todo o seu sentimento.
Já defendi algumas vezes: sentimentos não se descrevem. Você sente ou não sente. Como descrever a saudade para quem nunca perdeu ninguém?
Como explicar o amor? Mesmo para quem já amou, não há palavras para descrever o que o apaixonado sente.
Dito isto, entende-se o quão árdua é a minha missão. Poesia é sentimento e a poesia de Maria Emília Pereira é Todo Sentimento.
Cada estrofe, cada verso, toda rima vem carregada de sentimentos. O livro inteiro transborda amor, paixão, saudade, esperança, mágoa, rancor, alegria, tristeza, desapontamento, esperança...
Há homenagens a pessoas queridas, como o belíssimo Ao Meu Irmão ou Voz da Poesia, onde canta a beleza de ser poeta.
Há a contundente poesia social, em que ele expressa todo os seu espanto diante da injustiça e crueldade que vitimam nossos irmãos, como em Que Mundo É Esse?
E há, claro, os poemas de amor. Amores sensuais onde as delícias da alcova se apresentam cheias de malícia, como em Lascívia ou em Meu Bem, Meu Mal; amores perdidos, ora com a certeza de reencontrar a felicidade, como em Promissor Amanhã, ora com a força da superação, como em Retrato em Branco e Preto, ora com a desilusão pelo fim, como em Soluços do Coração.
A autora, bem casada e feliz, garante que toda essa paixão não saciada que preenche linhas e linhas de beleza e fúria, é fruto de sua imaginação, o que torna ainda mais brilhante sua verve.
A propósito, independente da montanha russa emocional que a leitura nos proporciona, cabe observar a qualidade dos textos, onde o lirismo se deixa guiar pela forma coesa do gênero escolhido, seja no respeito à métrica, seja na riqueza das rimas.
Leitura mais do que recomendada. Como sugestão, uma rede à sombra, música suave, o borbulhar de um riacho tranquilo ou o som da chuva no telhado. E embarcar na criação de Milla Pereira, a bordo de todo o seu sentimento.
Todo Sentimento!
Extravasando sentimentos sem pudor
E na profundidade do peito, guardados
Resquícios de todo prazer, dilacerados
Os adereços de um passado sem temor.
Os elos de uma paixão, entrelaçados
Ao sabor do desejo arrebatador
Nesta corrente de amor, escravizados
Pelo reverso do descanso interior.
Embrutecida a alma em desassossego
Atenazando um coração já sepultado
Que da paixão há muito houvera desapego
Conquanto, em gotas, o amor acumulado
Por bem soubera preservar o aconchego
Em outros braços, outrora tão desejados!
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Resenhas do Amigo Oculto
Saiba mais, conheça os outros textos:
http://encantodasletras.50webs.com/resenhas2013.htm
Extravasando sentimentos sem pudor
E na profundidade do peito, guardados
Resquícios de todo prazer, dilacerados
Os adereços de um passado sem temor.
Os elos de uma paixão, entrelaçados
Ao sabor do desejo arrebatador
Nesta corrente de amor, escravizados
Pelo reverso do descanso interior.
Embrutecida a alma em desassossego
Atenazando um coração já sepultado
Que da paixão há muito houvera desapego
Conquanto, em gotas, o amor acumulado
Por bem soubera preservar o aconchego
Em outros braços, outrora tão desejados!
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Resenhas do Amigo Oculto
Saiba mais, conheça os outros textos:
http://encantodasletras.50webs.com/resenhas2013.htm