Brasil Mito fundador e sociedade autoritária

1-Com fé e orgulho

Todos nós aprendemos o significado da bandeira brasileira: o retângulo verde simboliza nossas matas e riquezas florestais, o losango amarelo simboliza nosso ouro e nossas riquezas minerais, o círculo azul estrelado simboliza nosso céu, onde brilha cruzeiro do Sul, indicando que nascemos abençoados por Deus e a faixa branca simboliza o que somos: um povo em ordem e progresso.

Sabemos por isso que o Brasil é um “gigante pela própria natureza”

Aprendemos que somos “um dom de Deus e da Natureza” porque nossa terra desconhece catástrofes naturais (ciclones, furacões, vulcões, desertos, nevascas, terremotos) e que aqui, “ se plantando, tudo dá”. Sabemos que também que somos frutos da miscigenação que somos alegres e pacíficos que acima de tudo sempre há um jeitinho brasileiro. Somos também a ginga e rebolado natural do Samba ao futebol, todas essas ideais constituem o primeiro Capitulo do Brasil Mito fundador e sociedade autoritária, essas afirmações são armas persuasivas que criam ideais de nós mesmos e esse mito se constitui em 1500.

2 Nação como semióforo

Primeiramente autora comprara a nação como semióforo.

Um semióforo é, um acontecimento, um animal, um objeto, uma pessoa ou uma instituição retirados do circuito do uso ou sem

Utilidade direta e imediata na vida cotidiana porque são coisas providas de significação ou de valor simbólico.

A autora coloca a nação na posição semióforo, que explica elaboração de seu caráter e formação de sua identidade vai ganhando significação, onde passa a ser vista como algo que sempre existiu carregada de um poderoso elemento de identificação social e político – a cultura. Assim temos o nacionalismo historicamente produzido. Isso traz como consequência a identidades nacionais características nossas que tão pouco podemos ter ou não.

3 Verdealismo

Essa imagem foi consagrada quando o Brasil ganha a copa em 1958, celebração consagrava a imagem da excelência brasileira: café, carnaval e futebol.

Surgiu também as cores nacionais como o verde e amarelo como símbolo patriótico, o povo as vestem mas não usava-se a bandeira o chamado de verdeamarelismo , que reforçava a ideia agraria do pais e uma elite comandante, houve o modernismo que tentou segundo autora afastar essa ideia patriótica em vão. Ou seja uma ideia alienadora de nossas condições nacionais, a autora simboliza isto historicamente.

Ideologicamente, portanto, o Estado institui a nação sobre base da ação criadora de Deus e da Natureza.

4 Do IV ao V Centenário

Nesse capitulo ela explica o livro Porque meu ufano de meu país esse livro trata-se dá a crise dos pilares em que se assentava a estrutura da sociedade brasileira, a queda da monarquia e abolição, historicamente representa a divisões raciais do Brasil, as primeiras greves, e também a primeira estereotipagem brasileira, por conta de seus recursos naturais por exemplo As lindas cachoeiras, faunas, e riquezas naturais representadas por viajantes entusiastas como a ideia que ; Brasil não registra flagelos, catástrofes como ciclones, terremotos, vulcões, correntes traiçoeiras,furacões.E também a ideia do Índio ser inocente e acolhedor , bonito e do negro ( ex. escravo) ter Coragem, força . Sendo assim, a apresentação desse livro explica-a ideia vista do Brasileiro pelos estrangeiros . Também o autor desse livro conta que nunca fomos humilhados em uma guerra reforçando a ideia de patriotismo brasileiro.

5 O mito fundador

Ela representa a ideia de : Maurice Merleau-Ponty comparou o aparecimento de novas idéias filosóficas - no caso, a ideia de subjetividade no pensamento moderno - e a descoberta da América. Com o patriotismo patético , não estávamos a espera de Cabral , essas ideias foram introduzidas historicamente 'descobrir'' achar ' ate porque já existia a população indigna por aqui.Mas Brasil(como também América) é uma criação dos conquistadores europeus os mesmo que criaram a ideia do Brasil ser abençoados por Deus.

No período da conquista e colonização da América e do Brasil surgem os principais elementos para a construção de um mito fundador.As navegações são colocadas por ela com intuito religioso como mera desculpa a interesses pessoais ,Desdo nosso nome que foi atribuído por causa de uma riqueza mercantil ; pau brasil até o parâmetro do Brasil ser um paraíso , porque escravidão? Vem da ideia de superioridade 'divina' entre o seres.

Ao que tudo indica, os índios decidiram usar a livre faculdade da vontade e recusar a servidão voluntária. Será preciso que a Natureza ofereça nova solução.Passa-se, então, a afirmar a

natural indisposição do índio para a lavoura e a natural afeição do negro para ela- pelo qual é legal e legítima a subordinação do negro inferior ao branco superior, a teoria divina era usa para encobrir o verdadeiro interesse mercantil na questão.

Com isso, somos levados a um outro efeito da imagem do Brasil-Natureza. A disputa cósmica entre Deus e o Diabo aparece, desde o início da colonização, sem se referir às divisões sociais, mas como divisão da e na própria Natureza: o Mundo Novo está dilacerado entre o litoral e o sertão. O sertão havia criado uma imagem de terra medíocre e estrupada , divisão natural do Brasil em litoral e sertão dá origem a uma tese de longa persistência, a dos “dois Brasis” sertanejo, real, pobre, analfabeto e inculto.

6- Comemorar

Conservando a marca colonial brasileira, quem manda e quem obedece desigualdades que reforçam a ideia de superioridade.

Porque temos o hábito de supor que o autoritarismo é um fenômeno político que, periodicamente, afeta o Estado, tendemos a não perceber que é a sociedade brasileira que é autoritária e que dela provêm as diversas manifestações do autoritarismo político.

As divisões sociais são naturalizadas em desigualdades postas como inferioridade natural (no caso das mulheres, dos trabalhadores, negros, índios,migrantes e idosos), e as diferenças, também naturalizadas, tendem a aparecer ora como desvios da norma (no caso das diferenças étnicas de gênero), ora como perversão ou monstruosidade (no caso dos homossexuais, por exemplo)permite a naturalização de todas as formas visíveis e invisíveis de violência. Também a opressão social e direitos como manifestar-se ,a separação de publico e privado ( superior) Tudo isso é de origem histórica,fazendo que as classes abastadas (ricas) se promovam em cima da classe proletária alienada.

Estado em que os governantes e parlamentares “reinam” ou, para usar a expressão e Faoro, “são donos o poder”, e praticam a corrupção sobre os fundos públicos. Do ponto de vista dos direitos, há um encolhimento do espaço público; do ponto e a largamento do privado. Somos formados , em sermos pacíficos e ordeiros , oque ressalta essa ideia de submissor, onde se manisfestar é visto como baderna.Tudo isso é uma monopolização desda colonização, onde temos os trabalhos manais associados ao desprezo e burrice.como se vê no enorme descaso pelo salário mínimo, nas trapaças no cumprimento dos insignificantes direitos trabalhistas existentes e na culpabilização dos desempregados e não ao desemprego. Toda essa monopolização econômica entre doutor e ninguém , demostra que não temos oque comemorar Percebe-se, portanto, que a inclusão econômica e a inclusão política de toda a população é afastada porque julgada impossível para a“governabilidade”. O significado desse fatalismo econômico e político é óbvio: a igualdade econômica (ou a justiça social) e a liberdade política(ou a cidadania democrática) estão descartadas. O que poderia ser mais adequado a uma sociedade como a nossa?

Paula Maartins
Enviado por Paula Maartins em 17/03/2013
Reeditado em 18/03/2013
Código do texto: T4193628
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