1984 - George Orwel

Eric Arthur Blair, pseudônimo: George Orwel. Escritor e jornalista inglês. Nasceu em 25 de junho de 1903 em Motihari e morreu em 21 de janeiro de 1950 em Londres. Escritor e jornalista. Oposicionista do totalitarismo. Simpatizante do anarquismo, ou socialismo democrático. Sua crença foi abalada pelo “socialismo real”, denunciado em Animal Farm. (A revolução dos bichos). 1945.

Juntou-se à luta no POUM (Partido Operário de Unificação Marxista), uma milícia de tendência Trotskista contra Francisco Franco seus aliados Mussolini e Hitler, na Guerra Civil Espanhola.

Análise da página 41.

A página 41 do livro chamou a atenção, pois o relato que ele faz das atividades Winston Smith, personagem principal da história, esclarecem a visão sobre o “socialismo real” ou totalitarismo de que era contra.

Na ilusória Oceania, país socialista criado por Orwel, o passado era apagado do senso comum. Isto acontecia com as correções de notícias, reimpressões de livros, destruição de outros, que de algum modo fossem contra a “normalidade” do progresso do Partido, de sua luta expansionista, de sua Guerra contra os inimigos, e na melhora da qualidade de vida das pessoas, o que de fato não existia mas se tornava uma verdade neste processo do “duplipensar.”

A Teletela, tudo vê, tudo ouve, em tudo pode interferir quando bem lhe aprouver. Visão futurista do controle e manutenção do poder aristocrático, que sob a ideia do coletivo, une forças para se defender das alternâncias históricas do poder entre as classes alta e média. A Classe baixa não apresentava perigo.

Trata-se de um paradoxo, pois ao mesmo tempo que criticava o capitalismo, que trouxera a pobreza extrema, por causa da alternância de poder, também criticava o socialismo ou totalitarismo. Nesta obra, não são os bens materiais que importam a quem detem o poder, mas a certeza de perpetuarem esta posição. Para isto, era necessário que os traidores perdessem qualquer relação com o passado, agregando em si a ideia de que tudo está como deveria estar, e que o passado não tem importância. Toda história devia ser raspada, reescrita quantas vezes fossem necessárias, para que a verdade sempre viesse das profecias do Partido.

Guerra é paz- A ideia da guerra constante traz a paz de que nada muda.

Liberdade é escravidão – O ser sozinho está sujeito a perder seu espaço, porque não tem aliados.

Ignorância é força – A ignorância das pessoas em relação às ideias, gera a força necessária para a manutenção do poder.

Antonio Marques de O Santos
Enviado por Antonio Marques de O Santos em 21/02/2013
Reeditado em 28/11/2013
Código do texto: T4151486
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.