Os Miseráveis (Victor Hugo)
É uma das principais obras escritas pelo escritor Victor Hugo. Sua obra original foi publicada em 3 de abril de 1862 simultaneamente em 8 cidades diferentes, sendo que em Paris mais de 7 mil exemplares foram vendido em apenas 24 horas. Victor Hugo é também autor do livro O Corcunda de Notre-Dame e outros livros.
A historia se passa entre duas batalhas épicas: a Batalha de Waterloo e os Motins de junho de 1832 (França do século XIX). A partir dai inicia-se a historia de Jean Valjean, um condenado posto em liberdade, até o dia de sua morte. Sua vida gira em torno de algumas pessoas, além de reviravoltas, disfarces, ódio, amor, mentiras e uma brutal perseguição.
Nessa historia a algumas partições cronológicas, ou seja, algumas voltas ao passado. Isso se da para que possamos entender determinados fatos.
Jean Valjean sustenta sua família com o dinheiro de seus trabalhos. O inverno se aproximava, Jean Valjean ficou sem trabalho, para não ver a família morrer de fome atirou uma pedra na vidraça de uma padaria, foi condenado e preso. Passou 19 (dezenove) anos de sua vida preso na Galés ( GALÉS – Prisão de trabalhos forçados da época. ). Tanto tempo por um misero pão, não acha? Na verdade sua pena foi acrescentada após algumas tentativas de fuga. 5 (cinco) anos por roubar um pão e 14 (quatorze) por tentar fugir 4 (quatro) vezes.
Em outubro de 1815, antes do sol ter se posto, um andarilho chega à cidade francesa de Digne. Tinha este uma aparência assustadora. Seria difícil encontrar alguém com uma aparência tão assustadora. Ninguém conhecia aquele homem na cidade e como de costume da época o mesmo foi se apresentar na prefeitura (Era exigido um tipo de licença para se viajar pelo país).
Algo curioso se da na parte por vir do livro. Como informado aquele homem tinha uma aparência miserável e (ou) detestável, logo imaginei algo de ruim irá acontecer com esse homem. Isso mesmo que vocês estão pensando. Racismo! Aquele é “Jean Valjean”, que havia acabado de ser solto. Jean Valjean após ter se apresentado na prefeitura, foi a procura de uma estalagem, a melhor da cidade, a mesma pertencia a Jacquin Labarre. Com fome e muito cansado, disse que até a estrebaria (onde dormem os cavalos) o servia para dormir, desde que pudesse comer algo. Ofereceu muito dinheiro. Apesar de tudo, foi escorraçado do local, e da mesma forma de outra estalagem.
A diferença, da forma que o misero homem foi tratado naquela época para os dias de hoje? Já perdi as contas de quantas vezes ouvi falar de descaso para com os pobres em determinados hotéis, restaurantes, lojas, e etc. Mesmo pagando, o dinheiro que eles têm é o mesmo que o rico tem. Não muda a cor, não muda o valor. A única coisa que muda é a ignorância da parte dos senhores empresários, donos dos estabelecimentos.
Jean Valjean era tão repugnante no seu modo de vestir, que até da casa de um cachorro foi tirado a mordidas. Cansado, humilhado (até por um cachorro), com frio e fome, deitou-se em um banco de praça. Uma senhora o mandou bater na porta do homem mais bondoso da cidade. A casa do bispo.
Agora começa a historia de um homem que tinha tudo para dar errado, mas, apensar de tudo, tornou-se um bem feitor.
Charles-François Myriel, o bispo, abrigou Jean Valjean. Transformou o ódio do coração de um ex-detento, em compadecimento, reflexão e amor. Ensinou em uma noite o que o homem tinha perdido em 19 (dezenove) anos de prisão. O bispo usou de humildade e respeito. O que se da a seguir em toda historia é apenas e somente apenas o reflexo da bondade daquele homem.
Jean Valjean - J.V (como vamos falar a partir de agora), no meio da noite, rouba a prataria do padre, logo pela manha é preso novamente. O bispo poderia ter entregado J.V para as autoridades, mas, usou de bondade ao dizer aos policiais que havia dado a prataria aquele homem. Indagou com sua empregada que ele não tinha roubado nada, pois, aos pobres pertencia a riqueza da igreja, e como pobre J.V tinha o levado.
Ora, saiu então como quem fugia da cidade. Encostou-se para descansar um pouco. Ouviu um bramido de alegria vindo de um garoto com algumas moedas na mão. Era tudo o que a criança tinha, uma moeda rolou ate os pés de J.V, ele a escondeu com os pés. Roubou um garoto, por instinto. Quando se levantou observou a moeda, e começou a correr a procura do garoto, mas, o mesmo já havia ido longe. Arrependeu-se.
Algum tempo se passa J.V muda de identidade, torna-se Madeleine prefeito da cidade de Montreuil- Sur- Mer, quando chegou a cidade salvou 2 (dois) garotinhos de um incêndio, filhos do chefe de policia. Madeleine fundou uma indústria, que aumentou as rendas da cidade. Passou a fazer caridades, tinha uma imensa fortuna. Em 1821 morre o bispo que havia o ajudado. O Prefeito pôs luto.
Madeleine em suas caminhadas tinha a sensação de ser observado. Era o inspetor de policia Javert. Javert dizia:
"Já vi esse homem em algum lugar! A mim, ele não engana!"
Certo dia, o Sr. Prefeito ouviu um barulho e correu para ver do que se tratava. Uma multidão de pessoas ao redor de uma carroça que estava esmagando um senhor. Madeleine ofereceu 10 (dez) moedas de ouro, para que tirasse o homem d’baixo da carroça. Ninguém se moveu, não por falta de vontade, mas, por falta de força. Madeleine lançou-se e fez uma força brutal para retirar o homem. Enfim conseguiu! O cavalo morreu e a carroça ficou inutilizada. Madeleine mostrou mais uma vez piedade, comprou o cavalo morto e a carroça e ainda arrumou outro emprego para o senhor.
Vamos a historia de uma mãe que amava muito sua filha.
Fantine mãe de Cosette foi deixada pelo marido. Na época mãe solteira era uma ofensa a moral da cidade. Sem emprego e sem família, decidiu ir a sua cidade natal, no meio do caminho parou em uma estalagem. Observou uma mãe e duas filhas brincando. Sentou-se contou sua historia, mentiu um pouco falando que seu marido havia morrido na guerra. Pediu para a senhora que estava sentada para cuidar de sua filha enquanto ela ia em busca de trabalho em sua cidade natal. Ela pagava por todos os custos e despesas que a filha viria a ter. E assim se deu.
Ela começou a trabalhar na fabrica de Madeleine. Não sabia escrever, nem ler, teve uma vida pobre desde que nasceu. Pedia a alguém para escrever cartas à filha. Cosette virava escrava da família que tomava conta dela, logo a menina linda ficou feia. Era maltratada, espancada em troco de nada, recebeu o apelido de monstrinho. Apesar de toda a maldade, a família exigia mais dinheiro. Na fabrica, descobriram que Fantine tinha uma filha. Mandaram ela embora. Em sua concepção Fantine pensava que tinha sido Madeleine quem fizera tal maldade.
Fantine vendeu seus cabelos, para que sua filha não morre-se. Após algum tempo, exigiram roupas para menina, o inverno estava chegando. Com um sorriso lindo, Fantine caminhava por uma praça quando um vendedor de dentadura, indagou: “2 (duas) moedas pelos dois dentes da frente”. Ela saiu correndo, anoiteceu, Fantine chorava e sorria ao mesmo tempo. Uma amiga lhe perguntou o que havia acontecido. Ela abre um sorriso, e tão denso como a noite se mostrava seu sorriso, com dois dentes faltando. Estou sem os dentes, porém, minha filha não passa frio. Ela mandou roupas a filha, mas, ela não recebeu nenhuma, pois a família deu as outras meninas. Assim Fantine virou prostituta.
Certa noite entrou em uma confusão com um rapaz, ele atirou uma bola de neve em seu ombro. Fantine foi presa e o agressor escapou. Foi condena a 6 (seis) meses de prisão. Madeleine intercedeu pela mulher. Fantine cuspiu em sua face, falando que não precisava de sua ajuda. Após explicar os fatos, Fantine foi ao hospitalizada, doente, a beira da morte. Mas, sua vida tinha acabado recomeçar, Madeleine prometeu ir buscar a filha de Fantine.
Javert indignado com o prefeito o entregou a apelação suprema da policia. Ele havia dito que Madeleine era J.V. um fugitivo da policia.
Javert, porém, arrependeu-se e foi pedir para ser retirado de seu posto, pois não merecia, tinha acabado de delatar um superior. Além do mais, havia mentido dizendo que o mesmo era J.V um fugitivo. Javert informou que J.V havia sido capturado e esperava julgamento.
Nessa hora já se sabia que tinha pegado o homem errado, uma vez que, J.V era realmente Madeleine. O prefeito ficou pesaroso, triste, não poderia deixar outro pagar por sua suposta culpa, porém, o homem era realmente um ladrão e ele havia se estabelecido na vida e tinha se tornado um homem bom, generoso. Mas, como homem bom, ele se entregou.
Fantine morreu esperando a filha que nunca veria novamente.
Apesar de ter sido preso novamente, J.V estava com o coração leve (digamos assim). Um marinheiro ficou preso em algumas cordas. J.V pediu ao comandante para que pudesse tentar o resgate e assim foi feito, com estrema facilidade quebrou as correntes que o prendia. Salvou enfim! Quando voltara a seu posto, caiu no mar, nunca mais foi visto J.V.
Ao ler, pensei. Não acho que ele tenha morrido, claro que ele escapou, foi só um pretexto cair no mar.
Aconteceu que certa noite ao ir buscar agua para a família dona da estalagem Cosette, avistou um senhor, que o ajudou a carregar o balde até em casa. Logo percebeu que a menina era maltratada e a levou embora. Aquele homem sem duvida era J.V. (Eu já sabia disso (RISOS).).
J.V começou sua vida com Cosette. Pela primeira vez J.V soube o que era amor, ela era como sua filha. Alguns acontecimentos o forçaram a fugir novamente, chegou ate um convento. Um velho trabalhava no jardim, por sinal o mesmo senhor que J.V como Madeleine havia salvado da morte. Cosette cresceu no convento onde foi instruída. Quando chegou a certa idade, junto com J.V foram viver em outra cidade.
(Como eles foram parar logo no lugar que trabalhava o senhor que tinha sido salvo? Isso só Victor Hugo para dizer. Fico encabulado com essas coisas. São muito cômodas para a situação)
Cosette costuma caminhar com seu pai (J.V). Em suas caminhadas olhava constantemente para um rapaz chamado Marius. Eles se apaixonaram. O primeiro beijo? Deu-se assim:
"Percebeu que Cosette(Mulher) estava prestes a desmaiar. Correu até ela. E a amparou com os braços.
— Então, também me ama? — perguntou ele.
— Cale-se! Sabe que sim! — respondeu a moça com voz fraca.
Marius sentou no banco, e ela ao seu lado. Não sabiam o que dizer. Como se encontraram seus lábios? Como a ave canta, a rosa floresce?
Um beijo, eis tudo."
Uma revolução se aproximava, eles ficaram impossibilitados de se verem, Cosette logo viajaria para Inglaterra. Marius não tinha dinheiro para acompanha-la, além disso J.V não permitiria que Cosette se casa-se, não passava por sua cabeça perder Cosette.
Marius fazia parte da revolução. Empunhava uma arma dada por Javert. Em uma ocasião de perigo (essa eu não comentei a vocês, portanto leiam o livro).
Javert foi preso pela massa revolucionaria. Marius estava preste a nunca mais ver Cosette, pois estava a mira de um rifle. Mas, alguém entrou a frente do rifle e o salvou. (Não irei dizer quem, nem o porquê, porém querem se emocionar leiam o livro eu insisto).
Logo após Marius escreveu uma carta a Cosette, mas, esta carta nem chegou a seu conhecimento, J.V havia pegado antes dela.
J.V foi ao campo de batalha, salvou Javert da morte, apensar de tudo. Javert não queria ser salvo por um fugitivo preferia morrer ali. Mesmo assim ele o fez. Marius levou um tiro. Mas foi salvo por J.V e casou-se com Cosette.
(Sucederam uma serie de acontecimentos primordiais e emocionantes.)
Assim chego ao fim de minhas palavras citando as ultimas palavras do livro:
"Há muitos anos, alguém rabiscou quatro versos na pedra. Com o pó, as intempéries e a passagem do tempo, já terão desaparecido:
' "Ele dorme. Embora a sorte lhe tenha sido adversa ele viveu. Morreu quando perdeu seu anjo; Partiu com a mesma simplicidade como a chegada da noite após o dia" '."
MORREU O HOMEM QUE TINHA TUDO PARA DAR ERRADO! Isso mesmo J.V.
Emoção, romance, drama, esses são uns dos poucos temas abordados. RECOMENDO e BOA LEITURA.
Att. Zeferino.I.S