CRIANÇAS NO CÉU
nair lúcia de britto

A todos os pais que perderam seus filhos, mas que na verdade não perderam porque eles continuam no céu. Quem esta mensagem de Chico Xavier lhes amenize a dor.

Especialmente hoje quero homenagear as crianças que estão no céu e tranquilizar seus respectivos pais que estão na Terra. Justamente nesta semana eu vi um livro Crianças no Além, que me chamou a atenção e creio que a mensagem desse livro pode trazer conforto e esperança para muitos pais saudosos.

O livro, editado pela Emmanuel S/C Editora relata uma mensagem psicografada por ChicoXavier. A mensagem de Marcos, um menino que perdeu a vida, juntamente com seus dois irmãozinhos, num acidente de carro, em 1975, na estrada de Perus.

Os pais ficaram terrivelmente abalados e a tristeza os acompanhava em todos os dias que se seguiram àquele episódio incompreensível. O casal tinha outra religião, mas aconselhado por uma vizinha, foi buscar ajuda em Uberaba, com Chico Xavier. Os pais mostraram a foto das crianças ao Chico, mas de momento não ocorreu nenhuma mensagem.

O casal, porém persistiu, voltando ali por quatro vezes. Até que a mensagem veio sem que Chico Xavier soubesse de nenhum detalhe a respeito da família. Achei oportuno repassar aqui alguns trechos da mensagem do pequeno Marcos, esperançosa de que poderão ser como uma luz a outros pais que sofrem. Eis, pois, as anotações dos trechos que considerei mais importantes:

Minha querida Mamãe, meu querido Papai,

Estou obedecendo ao meu avô Joaquim que me trouxe para escrever. Peço para que me abençoem. A senhora pede notícias que rogou tanto, perante as orações, que me vejo aqui para trazer a esperança ao seu coração e fortalecer em meu pai a confiança na vida. Não sei como fazer isso direito: escrever, falando o que se passa. Meu avô está me auxiliando...”

Rogo a vocês que não se deixem dominar pelo sofrimento, embora este conselho deva ser ditado para mim mesmo... Desde que acordei aqui, ouço os seus gritos do coração... Mas peço à senhora para viver com fé em nosso reencontro...

Mamãe, se não fosse a falta que a gente experimenta de casa, se não fosse a voz da senhora e do papai por dentro de mim, eu diria que tudo está bem. Mas posso dizer, agora, que tudo melhorará quando melhorarem a paciência e a confiança...

Estamos num parque de crianças que vieram para cá apressadamente. Temos tratamentos, exercícios, lições e muito carinho. Peço a você – a você que é nosso querido anjo-da-guarda – entregar a Deus os acontecimentos. Não chore mais com desânimo e aflição...

Um dia estaremos todos juntos, mas não deseje vir para cá como quem força a entrada de uma casa desconhecida. Temos tantos irmãos nas calçadas, pedindo auxílio. Sejam eles, também, filhos do seu coração

Pouco a pouco entenderemos as razões por que tudo aconteceu... Não se queixem. Vamos cultivar a saudade na igreja do amor ao próximo. Em nome dos irmãos e em meu nome, deixo a vocês o nosso beijo de respeito e amor. Com um abraço do avô Joaquim.

Marcos

Uberaba, 12 de dezembro de 1975.

Nair Lúcia de Britto
Enviado por Nair Lúcia de Britto em 29/01/2013
Reeditado em 29/01/2013
Código do texto: T4111859
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