Desigualdade...
‘’Capitães da Areia’’
A obra literária ‘’capitães da Areia’’ escrita por Jorge Amado em 1937, é uma critica a sociedade sobre a vida de dezenas de crianças e adolescente que viviam nas ruas de Salvador, além de falar como a classe proletária era ignorada e como a igreja agia com desdém as crianças, já que no livro mostra que a igreja não possui o dever nenhum de ajudar os menores infratores e que essa é uma responsabilidade do governo, mas será que autoridades religiosas que incentivam o amor ao próximo e a solidariedade devem concordar?
No começo da leitura, tive a impressão de que Jorge Amado só estava dando uma visão romântica e heroica à vida de Pedro Bala e aos outros ‘’capitães da areia’’, mas isso se deve a narrativa indiferente do autor, mas ao decorrer do livro, conhecendo mais os personagens, fica claro que se eles roubam, não é porque eles são delinquentes, mas porque eles não têm outra escolha, afinal, que escolha além desta possui crianças que desde pequenas, criadas nas ruas, com grande parte da população simplesmente ignorando-as e humilhando-as, além de roubar para sobreviver?
Já que várias copias desta grande obra nacional não foram queimadas em praça publica só pela desculpa de apoiar o comunismo, mas porque mostra uma realidade que o governo e a própria sociedade fazia questão de ignorar.
Jorge Amado também mostra porque os reformatórios não funcionam. Como um ambiente totalmente hostil, humilhante e cruel que é imposto pelos profissionais que deveriam ajudar, pode ajudar os adolescentes a saírem da rotina de crimes, mortes, e quererem um rumo diferente para as suas vidas?
O que fica claro no desenrolar da trama é que são poucos os que realmente ajudam. O Governo, a igreja e a classe rica, somente ficam ‘’jogando’’ o problema para próximo sem ninguém se dar ao trabalho de uma iniciativa.
A revolução citada no clímax do livro está muito longe de acontecer.