Resumo: GRAMÁTICA HISTÓRICA: Morfologia
No item “ Morfologia” do livro “ Gramática Histórica” de Ismael de Lima Coutinho , doravante denominaremos de Lima Coutinho. Este propõe descrever a classificação de cada classe morfologia de acordo com seu percurso histórico.
O autor inicia a classificação pelo substantivo, segundo Lima Coutinho substantivos são as palavras que podem ser objetivas ou quando a mesma sugere subjetividade se torna um adjetivo e ainda quando aparecem multiplicadas são os numerais.
Os substantivos podem se dividir em próprio e comum sendo que o primeiro qualifica um nome. Já o comum designa um substantivo de classe ou espécies. Com o substantivo próprio pode acontecer à formação do hipocorístico, ou seja,quando ocorre uma perda parcial na silaba, conservando somente a sílaba tônica (ex: Sebastião= Tião), ou ainda pode ocorrer uma hipocorística da silaba átona (ex: Filomena=Filó), também pode acontecer a desdobra da silaba como ocorre em Luiza para Lulu.
Lima Coutinho descreve que o uso dos patronímicos aparece desde a Idade Média, para diferenciar pessoas que tinham o nome de batismo idêntico, para isso acrescentava-se “ES” e “EZ”, assim surge “Fernandes”, “Rodrigues”, entre outros. Por esta razão era comum usarem traços e qualidades para diferenciar as pessoas, com nomes referentes a cidades, animais, plantas profissões,etc.
Após a exposição do substantivo Lima Coutinho passa a descrever sobre as três declinações do latim vulgar. Sendo que o latim clássico era divido em cinco declinações, de acordo com a terminação de cada palavra. Do latim clássico para vulgar às declinações foram reduzidas a três. Essa redução gerou uma grande confusão entre os falantes, por isso se fez necessário o uso da preposição para facilitar o sentido no uso das palavras. O autor aponta que da passagem do clássico para vulgar, o acusativo e o nominativo foram os que continuaram os mesmos. Coutinho aponta ainda que o neutro desapareceu do uso, pois era confundido pelo masculino nos outros casos.
Ao conceituar os adjetivos que originam do latim, descreve que no latim se tinha 1ª e 2ª classe. Sendo que a primeira classe determinava a segunda declinação do masculino, do neutro e do feminino. A segunda classe determina o uso para as duas formas tanto masculino quanto feminino. Com a queda do neutro continuaram duas formas, que usamos atualmente, masculino e feminino. A marcação no português atual do feminino se da pela vogal “a” e do masculino pela vogal “o”. O autor aponta que no processo de formação os vocábulos sofreram grandes mudanças de variáveis.
Em relação ao numero que determina a singularidade e o plural dos vocábulos, sendo que no português o plural é marcado pela letra “s” ou “es”.
O uso do substantivo pode ocorrer em grau aumentativo ou diminutivo. O aumentativo se estabelece pelo uso de adjetivos ou sufixos, sendo que este mesmo processo ocorre com os diminutivos. Aparece ainda o uso do comparativo que compara ideias de qualidade. Este se divide em três modos, superioridade, inferioridade, igualdade.
Na descrição dos numerais o autor descreve o processo de mudança sofrido pelos fonemas ate o uso atual. Em relação aos artigos o autor esclarece que no latim clássico não se usava, porém com o surgimento do latim vulgar aparece o uso que permanece no português atual.
Sobre os pronomes Lima Coutinho aponta que estes se dividem em pessoais, demonstrativos, possessivos, interrogativos e indefinidos. Do latim clássico para vulgar os pronomes sofreram grandes mudanças.