Parafraseando Sêneca em seu livro Da Felecidade para os dias de hoje.
“Todos os homens, querem viver felizes, mas quanto mais procuram mais dela nos afastamos, e quanto maior a pressa, maior a distancia”; (hoje todos buscam a felicidade, que nos é vendida pela mídia, como sendo dinheiro, beleza e fama; e quantos não são os exemplos de pessoas que nesta busca desenfreada por esta falsa felicidade, caem nas drogas, depressão e outras tantas armadilhas, felicidade é paz de espirito e de consciência);
“Não devemos seguir como ovelhas o rebanho, indo assim não onde querem que vamos, e sim onde nossa consciência deseja ir”; (não seja apenas uma tiete, um seguidor cego da moda, pense, pondere, critique e desenvolva sua própria personalidade);
“Considerar como bons os exemplos numerosos, não é viver racionalmente mas sim por mera imitação”; (não faça, use ou seja algo, apenas por todos a sua volta fazê-lo “ a massa é burra”);
“Morremos seguindo o exemplo dos demais. A saída é nos separarmos da massa e ficarmos a salvo”;
“Busquemos o melhor, não o mais comum, aquilo que conceda uma felicidade eterna, não o vulgar, e o fugaz” (não jogue uma vida fora por uma noite de prazer);
“Busquemos as coisas boas, não na aparência, mas sólidas e duradouras, mais belas no seu interior” (não julgue as pessoas, coisas pela aparência (moda), veja além, tente entender a razão para aquelas pessoas serem daquele jeito);
“Sigamos o exemplo da natureza, a sabedoria esta em não nos afastarmos dela, e sim seguir seu exemplo”;
“Usar o dom da fortuna, sem sermos escravos dela”(dinheiro é bom quando nos realizamos fazendo algo e somos remunerados por isso, e não quando nos realizamos apenas em adquiri-lo);
“O bem supremo é uma alma que despreza as coisas fúteis e se satisfaz coma virtude”;
“ O verdadeiro prazer é o desprezo dos prazeres”;
“ O único bem é a dignidade e o único mal é a desonestidade” (nada paga uma consciência limpa);
“ No dia em que o homem dominar o prazer, ele também dominará a dor” (prazer= desejo, somos escravos de nossos desejos, quando desejarmos menos, viveremos mais felizes);
“ Ninguém pode ser feliz se não tiver a mente sadia, e, certamente, não a tem quem opta por aquilo que vai prejudicá-lo” (não existe felicidade no vicio);
“ O prazer esta ligado a vida mais infame”;
“ A virtude é algo de elevado, nobre, invencível e infatigável. O prazer é fraco, servil e efêmero, cuja sede e casa são bordéis e tabernas”;
“ As alegrias do corpo, são para nos como tropas auxiliares, devem servir e não comandar” (a mídia supervalorizou o prazer, hoje em dia o que vale é a beleza, a forma, a moda, não o conteúdo. Um corpo saudável serve apenas para por em prática os ditames de uma mente sadia, caso contrário é apenas um fantoche);
“ Se escravizar pelo prazer, é coisa de uma alma incapaz de algo maior”;
“ Os grandes prazeres acabam trazendo tragédias a quem só cultiva, deixando-nos dominados por eles”
“ Não exija de você, ser igual aos melhores, basta apenas melhor que o maus. Cortando a cada dia um pouco de seus vícios e aprendendo com seus erros”;
“Olharei a morte com o mesmo animo com que ouvi falar sobre ela; suportarei qualquer cansaço com espirito forte, também desprezarei as riquezas presentes e futuras, sem ficar mais triste ou mais orgulhoso se elas estão em torno de mim ou em outro local, observarei todas as terras como minhas fossem, e as minhas como se pertencessem a todos; viverei como alguém que sabe que nasceu para os outros e darei graças a natureza por isso”;
“Mesmo que apenas eu sabia o que estou fazendo, agirei como se todos estivessem me vendo”;
“ Ao comer e beber, o meu objetivo será apenas atender a uma necessidade natural e não encher o estomago vazio;
“Serei agradável para com os amigos, gentil e indulgente para com os inimigos”;
“Cederei antes que me solicitem, adiantando-me a todas as demandas honestas”;
“ Homem sábio tem um campo mais vasto para desenvolver seu espirito em meio a riqueza do que na pobreza, pois, na riqueza existe a oportunidade para temperança, a generosidade, o discernimento, a organização, a magnificência com total liberdade”;
“ Ninguém condenou o homem miséria. O homem poderá possuir grandes riquezas, desde que não sejam roubadas, manchadas com sangue dos outros, que sejam adquiridas sem prejuízo algum, sem negócio sujo. Sendo os gastos tão honestos quanto os ganhos”.
“ Terá a bolsa aberta, mas não furada, da qual muito sai, sem esbanjar demais”;
“Onde houver um ser humano, aí haverá possibilidade de se fazer o bem”;
“ As riquezas não são coisas boas em si mesmas. Se realmente o fossem, elas nos tornariam bons” (ninguém se torna bom por torna-se rico, no mais das vezes acontece justamente o contrário);
“Na pobreza se faz uso de virtudes aptas à luta; na riqueza, daquelas mais cuidadosas, que controlam os movimentos e mantém o equilíbrio”;
“As riquezas servem ao sábio, enquanto comandam o louco” (vivemos em tempos loucos, onde a ganância comanda os seres humanos, onde tudo se vende e tudo se faz por dinheiro, o que importa é o que se tem, e não o que se é. Traficantes, prostitutas e todo tipo de bandidos se tornam doutores, com seu dinheiro sujo, ninguém se perguntando da procedência do mesmo);
“ Não submetei os atos de sua vida a opinião alheia” (viva por si e para os seus e não para a opinião dos outros);
“ Ninguém conhece melhor a dureza das pedras do que o escultor”;
FSantana: Não tenho a menor intenção dizer o que é certo ou errado a ninguém, quis apenas homenagear a figura fantástica de Sêneca, e ao escrever isto não quis imputar defeitos aos outros, e sim me dar conta dos meus, refletir e buscar corrigi-los.