ORIGEM - Tópico 13
A Terra tem cerca de 4,6 bilhões de anos e de acordo com a teoria do Big Splash, nos seus primórdios colidiu com um protoplaneta, que é a condensação de matéria que constitui a fase inicial na evolução de um planeta, denominado Theia.
Theia formou-se por acreção planetária dentro da mesma órbita da Terra, mas a 150 (cento e cinqüenta) milhões de quilômetros, permanecendo fixa numa posição de harmonia com a Terra durante cerca de 20 (vinte) a 30 (trinta) milhões de anos. No entanto, à medida que o planeta crescia, as suas forças gravitacionais impeliam Theia para fora de sua posição originaria.
Durante algum tempo o planeta descreveu uma órbita cíclica em ferradura, saindo de sua posição original, mas logo puxado para trás pela força de Coriolis. A cada novo ciclo, Theia ganhava mais velocidade e alcançava uma distância maior de seu ponto de origem.
Theia adquiriu massa e dimensão semelhante a Marte, suficiente para escapar de sua órbita cíclica e entrar numa órbita caótica. A colisão com a Terra tornou-se inevitável, visto que ambos os planetas ocupavam a mesma órbita.
Quando Theia chocou com a Terra a uma velocidade de 40 (quarenta) mil quilômetros por hora, o impacto foi suficiente para vaporizar o planeta. Parte substancial do seu núcleo ferroso afundou na Terra e integrou o núcleo terrestre. Com isso a massa da terra aumentou para as proporções atuais que possui. O restante material foi projetado para o espaço. A acreção dos destroços deu origem à Lua.
O efeito de maré aqui na Terra é causado pela tendência de os oceanos acompanharem o movimento orbital da Lua, sendo que isto causa um atrito com o fundo dos oceanos, atrasando o movimento de rotação da Terra cerca de 0,002 s por século, como conseqüência disto o satélite terráqueo afasta-se da Terra a medida de cerca de um pouco mais de 3 (três) centímetros por ano.
A Lua é proporcionalmente o maior satélite planetário em nosso Sistema Solar, sua influência gravitacional na Terra somado o acréscimo da matéria causado pela colisão com Theia propiciaram condições únicas para a possibilidade de desenvolvimento de vida inteligente e complexa na Terra.
Em todo nosso Sistema Solar apenas na Terra são reunidas tais condições gravitacionais, climáticas e atmosféricas. Os cientistas denominam de zona habitável, ou zona verde, por ser a única aonde a vida complexa pode existir.