"A Magnificência de Jesus"

RESENHA DO LIVRO: “A Magnificência de Jesus”, de Harry Rimmer – 1ª edição da antiga “Casa Publicadora Batista” (depois Juerp) – 1966 – Rio de Janeiro (RJ). Ganhei como brinde do então seminarista “AON”, de Alegre (ES), quando cursava teologia pelo “Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil” (STBSB), na Tijuca (RJ). Nessa ocasião, o então seminarista dava assistência à Igreja Batista de minha cidade, se hospedava na casa de minha mãe, ocasião em que fizemos amizade e, com isso, ajudou a florescer em mim o ávido desejo de conhecer as Escrituras, livros de textos, de introdução, de hermenêutica, de arqueologia bíblica, antropologia e tudo o mais relacionado à Palavra de Deus. Isto se deu no ano de 1977.

Trata-se de um estudo de cristologia, versando sobre a natureza, encarnação e ministério de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Em suas páginas, foi, pela primeira vez que li a respeito da famosa Lei de Mendel, cuja síntese está em sua página 20 (amareladas pelo tempo), mas bem convincentes, sic: “Cada indivíduo é a soma total dos característicos, recessivos ou dominantes, em seus dois imediatos progenitores”. “Em linguagem clara, a lei de Mendel estabelece que não há nada em qualquer indivíduo que não estivesse no pai, ou mãe, dessa pessoa; e tudo o que estava no pai ou mãe está na descendência. Alguns desses característicos herdados dos nossos antecessores imediatos podem não estar aparentes, e, portanto, nós lhes chamamos característicos recessivos. Tais característicos, todavia, tornam-se geralmente dominantes na geração seguinte, e é muito comum observar característicos de avós sendo fortemente desenvolvidos no neto. Certa percentagem dos característicos dominantes dos pais tornar-se-á recessiva em seus filhos, assim como característicos recessivos, transmitidos pelos pais, tornam-se dominantes na geração seguinte”.

Dentre as muitas coisas que aprendi nesse livro, quero citar mais duas: a primeira está na personalidade do discípulo chamado de Tomé ou Dídimo (que, supõem alguns, era gêmeo com outro seu irmão). Todos o denominam de “Incrédulo”, mas na realidade, diz o livro em foco, que Tomé não era tanto um incrédulo, mas um investigador ou científico. Era dessa espécie de gente que exige evidência física e que insiste em fazer investigações pessoais antes de aceitar qualquer fato que esteja fora da esfera do processo normal. Esse discípulo arrolado no colégio apostólico dos 12 originais, afastou e afasta toda as supostas teorias de que alguns apóstolos eram histéricos, alucinados e possuídos de visões neuróticas. A exigência cética e serena de Tomé lança bem longe quaisquer suposições falsas a respeito do caráter dos demais discípulos e apóstolos. Isto assegura quão bem rodeado de testemunhas oculares e competentes estava Jesus assistido. A segunda coisa desse livro está contido na página 99: trata-se de um rapaz que estivera estudando o Novo Testamento e perguntou ao autor (Harry Himmer): “Se os judeus eram ensinados desde a mais tenra infância a adorarem somente a Deus e a só se curvarem diante dEle, como se explica que Natanael evidentemente adorou a Cristo no mesmo momento em que se encontraram?. RESPOSTA: é que as palavras de Jesus dirigidas a Natanael dizendo que ele, Natanael era um israelita sem dolo e que Jesus havia visto Natanael antes de seu encontro com ele estando debaixo de uma figueira, convencera Natanael a crer em sua Messianidade e Deidade. Muniz Freire, 19 de outubro de 2012 – Fernandinho do fórum