Papisa Joana - Donna Woolfolk Cross
A história tem início em 814, no período conhecido como a Idade das trevas. Uma época cruel, de ignorância, miséria e preconceito. Não existiam ainda os países europeus modernos, nem seus idiomas, apenas dialetos locais, sendo a língua culta o latim.
No dia da morte do Imperador Carlos Magno, nasce Joana, numa aldeia chamada de Ingelheim. Com a morte do imperador, o Sacro Império Romano virou um caos, economia falida, pestes, guerras e invasões. A vida nesse tempo era particularmente difícil para as mulheres que não tinham direitos legais ou de propriedade.
A lei permitia que seus maridos batessem nelas, o estupro era encarado como uma forma menor de roubo. A educação das mulheres era desencorajada, pois uma mulher letrada era considerada não apenas uma aberração, mas também um perigo. Não havia para as mulheres alternativas a não ser se conformar com as limitações impostas ao seu sexo.
Foi nesse mundo que Joana cresceu, aprendendo que apenas os homens poderiam conquistar um espaço na sociedade.
Mas decidida a não viver assim, Joanna, se disfarça de rapaz, quando adolescente e entra para um mosteiro com o nome de João Ânglico. Devido à sua inteligência e determinação, ela rapidamente se destaca como culta e médica, até que, sob a ameaça de ter seu disfarce revelado, parte para Roma, onde se torna médico do próprio papa.
Com a morte do papa, Joana ou “João Ânglico” é nomeado o novo papa.
Antes, porém, de cumprir seu destino e ocupar ela mesma o mais glorioso trono do Ocidente, Joana precisa superar obstáculos tremendos, como o seu amor pelo conde franco Gerold e as armadilhas do maquiavélico cardeal Anastácio, seu arquirrival.