3096 DIAS (Natascha Kampusch)
O 10º livro lido em 2012 foi 3096 DIAS (Natascha Kampusch). Comecei a ler o livro de maneira tranquila, porque de certa maneira, já sabia o final. O desenvolver dos acontecimentos é que me deixaram curiosa, porque afinal, rata-se do relato de uma menina que foi sequestrada aos 10 anos e só conseguiu fugir do cativeiro aos 18 anos. Acredito que Natascha narrou a história para que alguém a escrevesse, não por se tratar de uma narrativa adulta e coesa, mas porque existe uma imparcialidade concreta nas descrições e mesmo que seja profunda a maneira como é descrito sensações e sentimentos, existe uma nuvem sobre o que de fato aconteceu. Alguém que quer contar ao mundo o que aconteceu, mas que em contrpartida, acredita que pode se dar ao direito de preservar sua privacidade. essa dualidade foi o que me chamou a atenção.
A história se resume no fato que Natascha Kampusch sofreu o destino mais terrível que poderia ocorrer a uma criança: em 2 de março de 1998, aos 10 anos, foi sequestrada a caminho da escola. O sequestrador - o engenheiro de telecomunicações Wolfgang Priklopil, a manteve prisioneira em um cativeiro no porão durante 3.096 dias. Nesse período, ela foi submetida a todo tipo de abuso físico e psicológico e precisou encontrar forças dentro de si para não se entregar ao desespero.
Ela consegue fugir e tem a oportunidade de ser uma pessoa normal e tomar as rédeas da própria vida.
Foi uma leitura tensa. Ler sobre o que lhe aconteceu é angustiante e na minha opinião, injusto o fato do sequestrador não ter pago, perante a justiça, pelo delito. Mas vale a pena ser lido, embora Natascha Kampusch tenha sido muito criticada por tudo o que aconteceu após sua fuga. Leitura válida.