Diário de uma paixão de Nicholas Sparks
SINOPSE: 1946, Carolina do Norte, EUA a população despertava daquele pesadelo da Grande Guerra. Aos 31 anos, Noah Calhoun retorna ao lar, para levar as terras à glória de antes, entretanto as lembranças da jovem que conheceu catorze anos atrás não param de perseguirem. Apesar de não ter conseguido encontrá-la, tampouco deixou de esquecê-la. Mas, de maneira inesperada, reencontra-a. Allie Nelson, agora com 29 anos, comprometida ao casamento, balança ao ver em Noah a paixão que uma vez sentiu, e conclui que o sentimento por ele não diminuiu nada apesar de tanto tempo. Contudo, uma prova ainda mais dura ocorrerá ao casal, após passarem a viverem a plenitude de seu amor.
Para quem ver um filme antes de ler o livro que origina uma adaptação, sempre temos uma idéia preconcebida ao que irá encontrar nas páginas. Na maioria das vezes, a preferência é pelo livro, mas a versão cinematográfica de Diário de uma paixão (The Notebook) consegue transmitir parte dos sentimentos que nos produz a leitura que Nicholas Sparks desenvolveu no livro homônimo.
Diário de uma paixão (Novo Conceito, 2010) é daquelas histórias românticas que acreditava só existir na ficção, pura e cheia de amor incondicional a narrativa emociona mesmo, bem organizada, como um roteiro de um filme, tocante em seu contexto geral, desenvolvida por Sparks para causar essas impressões imediatas.
Pelas mãos dos protagonistas, Noah e Allie, conheceremos um caminho que deste o primeiro instante que cruzam o olhar, passando pelos obstáculos que aparecerão pelo caminho, nem a implacabilidade do passar do tempo não conseguem manchar o sentimento surgido entre eles.
A maneira de planear a narrativa é de certo modo original. Uma parte, em primeira pessoa, bem lírica, onde os versos de Walt Whitman são citados em alguns momentos cruciais da história, uma característica bem acabada do argumento que o autor dar de presente a seus leitores. Por outra, temos um conteúdo narrado em terceira pessoa, sobre o romance em si. Sparks acerta mais uma vez em expressar os sentimentos, como em outros dos seus livros, refletindo de maneira patente a forma mais pura do amor.
Para quem não viu ainda o filme, aconselho ler o livro logo, pois a narrativa de Sparks mesmo sendo já quase um roteiro de cinema, brande vibrações que transmitem a perfeita narrativa do autor que não encontraremos na película. E surpreendam com o final imprevisível, que deixará no leitor um breve sorriso e os olhos com lágrimas. Foi essa a sensação que cheguei ao final! Recomendo, mais de duzentas páginas para lhe emocionar.