Autor Completamente Desconhecido.

Eu esperei sentado na calçada,na espreita,cauteloso,afim de pegar de surpresa uma idéia que já me matutava na cabeça,não completa.A danada fugia quando eu tentava desvendá-la.Passei noites em claro,até que um dia,ela me abriu a porta com força,tamanha força, que ela bateu na parede e quebrou meu retrato que meu Avô havia pintado há dez anos atráz…mas tudo bem,eu nunca apreciei o modo como ele pintava o meu queixo.Me pegou pelo colarinho,e me perguntou:-“Por que vives?”.Eu cheguei a abrir a boca,cheguei mesmo.Resolvi pensar um pouco,já que não é todo dia que se tem a oportunidade de dialogar com sua idéia,pensei que se tentasse pensar melhor e com mais força outras idéias viessem em virtudes dessa e assim minha resposta seria f enomenal.Mas essa idéia me apertava o colarinho com força á ponto de me sufocar,tentei desvencilhar-me dela,com um chá,mas ela me apertava cada vez mais,e eu reparei em seus olhos.A idéia,creio eu,parecia-me perdida,pensei em dar conselhos,porém disse-me:”Não,obrigada.Tens até amanhã para me responder”Dito isso,ela sumiu.

Mas é claro que foi real,embora pensasse estar na rua,estive todo o tempo em casa,uma mera confusão de idéias,acontece.Não pensem que estou sendo louco,sou sincero apartir do momento em que me lê,não seja rude,sente-se que te contarei a minha história par a par:

“No dia seguinte,acordei espantado,porém feliz,agarrara a idéia de forma formidável de forma que não só conversou comigo,como também,me espreitou os olhos.

Desci rua abaixo,pulei os montes,bebi água do riacho,conversei com os pássaros,admirei todas as mais belas damas sem tomar posse de alguma sequer.Olhei para meus trajes,estavam pesados de cansaço e suor,dei aos pobres.Meus pés doíam,tirei minhas botinas e me recostei ao pé de uma árvore bem grande.Respirei mais fundo do que todas as vezes que tinha tomado o ar na minha vida.Admirei a grama…e resolvi que era hora de voltar para minha casa.

Quero que saiba bem,amigo leitor,eu não desisti.Tinha ainda basante tempo,para essa jornada.Entro fecho a porta e resolvo subir até meu quarto e bem,descançar,fecho os olhos e ouço ruídos e passos vindo em direção ao meu quarto,e o que eu vejo é…um vulto…e…

-Oh,Derick,me desculpe,olha,eu prometo, não lhe faço mais.

Era ela.A mais bela criatura que eu já amei.A rainha do universo.

-Faça o que quiser.Não vens me ver a uma semana!Desejas que eu morra…

-Oh Derick,não diga isto…esta manhã mesmo,eu quis vir aqui,mas os afazeres,e as crianças…

-Sou menor do que a imundície que tu vives e que tu limpas?Ou maior que o ar que tu respiras?Já pedi que deixasse isso para lá…

-Nãao,olhe,hoje cedo,desejei que o sol amanhecesse ao teu lado.Que os pássaros se enchessem de felicidade e que viessem cantar a canção dos anjos para ti!

-Que me importa eles?Olhe Violet,tive um sonho,muito interessante…quer que eu lhe conte?Não podes me dizer que sou maluco,prometa-me?

-O que quer dizer?Venho até aqui,e recebe-mes com fel?Não quero saber de seus míseros sonhos.

-Como é ingrata?Revelo-me a ti e é assim que me recebes?Me injúria dentro de minha própria casa?

-Não seja por isso.

Agarro-lhe o braço e para o meu terror,ele se desfaz em areia,que de pouco em pouco enche os quartos,sai pelos buracos e me afoga.Acordo ofegante.

O dia já acabou,mas vejo que minha idéia,querida idéia nasceu e morreu dentro de mim.Nada mais triste.

Adolescenciacansa
Enviado por Adolescenciacansa em 19/08/2012
Código do texto: T3838383
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