As 10 virtudes do Guerreiro
 
  • Sabe honrar e respeitar coisas e pessoas
  1. Honrar é reconhecer valor dos outros. O que há de bom no seu próximo? O que pode ser aproveitado na ideia dele ou que há de útil no seu comportamento, na sua atitude? O guerreiro sabe que toda intenção é positiva. Sem abstrair os resultados negativos da ação, ele as analisa sem julgar nem culpar.
  2. Respeitar significa ter disposição para olhar de novo o acontecido. Respeito vem do latim respicere, que quer dizer reexaminar. Isso significa adotar sempre uma postura de tolerância, flexibilidade e ecletismo. É saber examinar e valorar as diferenças (nossas e dos outros).
  • Comunicação criteriosa
  1. Ser criterioso na comunicação é ser consistente em palavras e ações. Isso é que se entende como congruência. Como disse Jesus: Seja o seu falar sim, sim, não, não, pois o que dai passar procede do mal. Não dizer o que pensamos e o que queremos das pessoas é a principal causa dos mal entendidos e da desconfiança. O líder guerreiro é congruente em palavras e ações, por isso é confiável. Ele tem “fio de bigode”, honra seus compromissos, não promete o que não sabe fazer nem se compromete com o que sabe não poder cumprir.
  • Limites e determinações
  1. Dizer sim por não ou não por sim significa perda de poder e credibilidade. Mais que um aspecto da boa comunicação, o Guerreiro sabe estabelecer claramente a diferença entre o sim e o não é uma questão de respeitabilidade. Dizer sim não significa que gostamos da pessoa com quem concordamos. Quando dizemos não, isso não implica que estamos rejeitando a pessoa de quem discordamos. Sentimentos pessoais não estão envolvidos nessa relação. Sim e não são limites que podem ser demarcados sem que isso envolva emoções. O Guerreiro sabe quando pode dizer: sim, isso é possível fazer; não, isso não estamos em condições de cumprir.
  • Responsabilidade e disciplina
  1. O Guerreiro sabe ser responsável e disciplinado. Entende que não é o acontecimento que importa, mas a forma como o interpretamos, porque é a interpretação que dele fazemos que orienta a resposta que damos a ele. O que uma pessoa diz ou faz não tem tanta importância quanto a forma como interpretamos a mensagem ou recebemos a mensagem ou a ação.
  2. O Guerreiro assume responsabilidade por tudo que diz e faz. Se disse, disse. Se fez, fez. Jamais desdiz o que disse ou nega o que fez. Não admite indulgência consigo mesmo, mesmo que possa tolerá-las nos outros.
  3. Quanto à disciplina, esta significa encarar os problemas de frente e organizar as informações antes de agir. O Guerreiro é discípulo de si mesmo, ou seja, ele descobre o próprio ritmo e o respeita. Ele sabe que quando temos muito a fazer, podemos perder o rumo porque podemos agir com precipitação; se nada temos a fazer, podemos perder o rumo se nos entregarmos à ociosidade.
  • Estrutura e função
  1. O Guerreiro sabe também respeitar a estrutura e a função. Estrutura é sinônimo de formalidade, regramento, burocracia. Função é ação, ímpeto, liberalidade. Pouca estrutura leva á desorganização, muita estrutura leva á calcificação, à cristalização de comportamentos e tolhe a criatividade. Pouca funcionalidade é sinal de estagnação e emperramento; muita funcionalidade significa desperdício de energia e criatividade sem direcionamento. É preciso saber dosar com equilíbrio a estrutura e função.
  • Os três pressupostos
  1. Os três pressupostos do guerreiro são os três famosos não: Quando houver muito a fazer não se precipite; quando não houver nada a fazer não se preocupe; e sobretudo, não dê opiniões sobre o que é certo e o que é errado.
  • Uso correto do poder
  1. O grande desafio do Guerreiro é aprender a usar corretamente o poder. Não precisa abdicar da sua autoridade nem se tornar arrogante, autoritário, intolerante. Poder e remédio são sinônimos. O uso correto do poder é remédio para curar os males que contaminam os relacionamentos e enfraquecem a sinergia dos grupos. Não deve ser usado como estimulador de prazeres egocêntricos. O Guerreiro não diz “ eu quero”. Diz: “ é preciso, é necessário.” O Guerreiro pode fazer uso da sua força para solucionar problemas ou atingir resultados. Usar a força, quando necessário, não é abuso de autoridade. A força, neste caso, vem da autoridade conquistada e só pode ser utilizada por quem a tem. Imposições externas, alheias aos resultados que se pretende obter, não interferem na vontade do Guerreiro. Suas decisões são baseadas no interesse da causa ou do grupo, e não por força de pressões externas, interesses de grupos ou ameaças.

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    do livro "OS CÓDIGOS DA VIDA" - Ed. Clube do autor- 2011
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 29/05/2012
Reeditado em 29/05/2012
Código do texto: T3694711
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