:::: Um Dia - David Nicholls :::
Adianto que não é bem uma resenha, mas uma opinião bem pessoal sobre o livro. Contudo, não encontrei nenhuma outra categoria que se enquadrasse ao meu texto.
------------------------------------------------------------------
-Acho que o importante é fazer diferença - disse ela - Mudar alguma coisa, sabe?
-Você está falando de "mudar o mundo"?
-Não o mundo inteiro. Só um pouquinho ao nosso redor.
Um romance extremamente triste. E real. Em todas as páginas deixa no ar aquela pergunta: Será que é amor?. Dexter e Emma, carinhosamente apelidados de Dex e Em, se conhecem na formatura da faculdade e precisam resolver o que fazer de suas vidas. Acabam bebendo e dormindo juntos. Mas amanhece e tudo muda. Ele, com seu jeito inconsequente, não está pronto para um relacionamento, pois está preocupado em aproveitar sua juventude e as belas mulheres que entrarão em sua vida desregrada. Emma, também não quer um relacionamento, pois está preocupada com sua inteligência e sua vontade de escrever. Ambos pedem liberdade.
No meio do livro surge uma daquelas frases clichês "O mundo gira" e tudo inverte de posição. Dex que começou bem, fez sucesso como apresentador de TV, teve vários romances e muito dinheiro, de repente se vê no fundo do poço. Emma, por sua vez, lutou por um espaço na literatura enquanto teve que arrumar vários empregos que não lhe agradavam: garçonete e professora infantil, mas sua vida muda quando ela viaja a Paris e consegue ser escritora.
Depois de muitos altos e baixos, será que algum dia conseguirão ficar juntos ou o destino reserva outras surpresas?
Uma história envolvente, bem escrita e totalmente criativa. Romântica e insuportavelmente triste. Nos faz pensar em: Meu Deus, porque eu perdi tanto tempo tentando ser feliz com outro pessoa, quando na verdade o amor sempre esteve a minha frente? E porque desisti? E porque neguei? E por que fui embora?
Muito comovente.
[...] "Os dois se beijaram no meio da rua, e foi o beijo mais doce que já tinham sentido. É onde tudo começa. Tudo começa aqui, hoje. E logo depois termina." [...]