Mãe do Mundo
“A terra dá sempre fêmeas e a mulher parirá o mundo. A Mulher é um mundo de bem e de mal. Ela é fêmea sedutora, ela é a mãe protetora que traz no seu ventre o mundo. As suas delícias tanto podem salvar como matar...”. (Povo Kasembe)
Dya Kasembe nos brinda com um livro poético-sociológico em que narra a verdadeira Angola, um país-mulher, mãe de uma infinidade de outras fêmeas, como as filhas a Mãe-Terra.
Ela própria, a Dya, neta de uma geração eu não teve sua história registrada para a posteridade, recolhe das falas, da oralidade e da memória coletiva as pérolas que restaram espalhadas no percurso histórico.
Sendo poeta, portanto, falando pelo coração, a autora, no entanto, não fraqueja e né menos verdadeira e racional ao descrever, ele própria, escritora, como um misto do que se perdeu entre HOSANA! HOSANA! GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS e ALUKEMO ABIXILA KIÁ ALU TAMBULA... Significa isso que o “branqueamento cultural” promovido pelos exploradores (Portugal, Brasil, Cuba e Rússia) não conseguiram sugar todo o sangue africano nem destruiu completamente a alma de Angola. Este país e esta poetisa Dya Kasembe ainda possuem fôlego de autenticidade e de originalidade capaz de reacender a chama da gênese-útero que se chama AFRIKA!
Mais que uma denúncia da atrocidade cometida pelos “civilizados” contra almas-irmãs, esta obra é um desabafo de um coração de mãe e um chamamento às novas gerações angolanas pós-independência à valorização do passado, fortalecimento do presente e um repensar o futuro de África para os africanos, para que estes não se percam nas tramas dos novos colonizadores.
Dya Kasembe é a mãe de Angola, uma mãe que ficou na terra, para ouvir e guardar na memória a história de um Estado-Reino que foi anulado pelos conquistadores. Ela é uma guardiã da memória e da liberdade, do mesmo gênero de terra, de vida e de natureza. Dya é a seiva madre, que dá a luz ao mundo. E sua obra, como lampião que vaga na escuridão, mostra o caminho seguro, os passos a serem dados e o rumo a ser seguido.
Valdeck Almeida de Jesus – jornalista, editor, poeta e escritor. Lançou os livros “Memorial do Inferno”, “Feitiço contra o feiticeiro”, “Sim, sou gay... E daí?”, “Valdeck é Prosa e Vanise é Poesia”, dentre outros. Site www.galinhapulando.com
Fonte: Iteia
“A terra dá sempre fêmeas e a mulher parirá o mundo. A Mulher é um mundo de bem e de mal. Ela é fêmea sedutora, ela é a mãe protetora que traz no seu ventre o mundo. As suas delícias tanto podem salvar como matar...”. (Povo Kasembe)
Dya Kasembe nos brinda com um livro poético-sociológico em que narra a verdadeira Angola, um país-mulher, mãe de uma infinidade de outras fêmeas, como as filhas a Mãe-Terra.
Ela própria, a Dya, neta de uma geração eu não teve sua história registrada para a posteridade, recolhe das falas, da oralidade e da memória coletiva as pérolas que restaram espalhadas no percurso histórico.
Sendo poeta, portanto, falando pelo coração, a autora, no entanto, não fraqueja e né menos verdadeira e racional ao descrever, ele própria, escritora, como um misto do que se perdeu entre HOSANA! HOSANA! GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS e ALUKEMO ABIXILA KIÁ ALU TAMBULA... Significa isso que o “branqueamento cultural” promovido pelos exploradores (Portugal, Brasil, Cuba e Rússia) não conseguiram sugar todo o sangue africano nem destruiu completamente a alma de Angola. Este país e esta poetisa Dya Kasembe ainda possuem fôlego de autenticidade e de originalidade capaz de reacender a chama da gênese-útero que se chama AFRIKA!
Mais que uma denúncia da atrocidade cometida pelos “civilizados” contra almas-irmãs, esta obra é um desabafo de um coração de mãe e um chamamento às novas gerações angolanas pós-independência à valorização do passado, fortalecimento do presente e um repensar o futuro de África para os africanos, para que estes não se percam nas tramas dos novos colonizadores.
Dya Kasembe é a mãe de Angola, uma mãe que ficou na terra, para ouvir e guardar na memória a história de um Estado-Reino que foi anulado pelos conquistadores. Ela é uma guardiã da memória e da liberdade, do mesmo gênero de terra, de vida e de natureza. Dya é a seiva madre, que dá a luz ao mundo. E sua obra, como lampião que vaga na escuridão, mostra o caminho seguro, os passos a serem dados e o rumo a ser seguido.
Valdeck Almeida de Jesus – jornalista, editor, poeta e escritor. Lançou os livros “Memorial do Inferno”, “Feitiço contra o feiticeiro”, “Sim, sou gay... E daí?”, “Valdeck é Prosa e Vanise é Poesia”, dentre outros. Site www.galinhapulando.com
Fonte: Iteia