A SOMA DOS DIAS (Isabel Allende)
A autora Isabel Allende nasceu em 1942, no Peru. Viveu no Chile entre 1945 e 1975, depois morou em outros lugares e em seguida, na Califórnia. Começou sua carreira literária como jornalista no Chile e na Venezuela.
A obra “A soma dos dias” foi lançada no ano de 2008; é um registro de memórias da vida pessoal da própria autora, destinada a sua filha Paula, que morreu alguns anos antes; é como se fosse um legado, um memorial ou até mesmo uma fuga diante da dor ou a crença de que o espírito da filha ainda permaneça próximo a ela.
A autora nos envolve do inicio ao fim da história, pois a obra trata de assuntos diários de uma família grande e unida, apesar dos conflitos e problemas.
A história se passa em diversos lugares, relatando experiências e muitos significados, desde às lutas pela maternidade, quanto a divórcios mal resolvidos.
Isabel Allende trata também de assuntos polêmicos na sociedade, como a questão de preconceitos, do homossexualismo e da “barriga de aluguel”, assuntos ora comuns ora complexos.
Durante a história a autora conta suas próprias dores e incertezas diante da vida, entende que ainda que ela queira ter o domínio e super proteção de tudo, nem sempre consegue; pois é humana e como tal, é limitada.
Em toda a obra há uma mistura de sentimentos no leitor que vai desde humor, a sorrisos ou tristeza. Há momentos muito fortes e profundos, onde as cenas tendem a ser muito reais.
As lições aprendidas nesta obra me foram de grande valia, porque sou sonhadora, escritora, poetisa, professora, filha e amante da vida. Sou apaixonada por minha existência e através da obra pude entender que a vida precisa ser vivida intensamente, porém com leveza e internas reflexões e concluir que todas as pessoas que passam por nossas vidas são importantes e especiais.
Recomendo a presente obra à todas as pessoas que amam a sua existência, seus familiares, amigos, àqueles que possuem a sede do saber e do conhecimento, que gostam de reflexões, mas, principalmente para aqueles que precisam livrar-se dos pré-conceitos já estabelecidos sem conhecimento, bem como para os que são livres do preconceito e estão dispostos a aprender e gerar novos conhecimentos.
Patrícia Pessoa