As Esganadas
(Jô Soares)
(Jô Soares)
Roseane acertou em cheio na escolha do meu presente. Não precisa me conhecer muito para saber que o que eu gosto mesmo é de humor e o livro que ela me enviou, As Esganadas, de autoria do Jô Soares, é o tipo de livro que eu compraria, pela capa, pelo autor. A sinópse é igualmente atraente. O livro “fala de um homem obcecado pela figura materna, que ele matou e segue matando em todas as gordas que encontra. Sim, a mãe do serial killer era gorda, palavra que Jô prefere a qualquer outro sinônimo ou eufemismo.” (Maria Carolina Maia, para a Veja).
Ou seja, é mesmo o tipo do livro que eu compraria. Compraria, não! Comprei. Alguns dias antes de receber o presente dela, presenteei minha cunhada com um exemplar, quando da passagem do seu aniversário.
Porém - e que fique claro que este porém não desmerece em nada a intenção da minha querida amiga oculta, pois ela deu todas as mostras de saber o que estava fazendo ao escolher o livro -, Jô não foi feliz. O livro é chatinho, cheio de piadas velhas, algum lugar comum e, em muitos momentos, não sei se buscando dar uma roupagem mais adequada à época em que a história se passa, na era Vargas, fica difícil acompanhar o enredo sem um dicionário do lado.
De mérito, o inusitado padrão das vítimas do “serial killer” e a morbidez culta de alguns dos crimes. O primeiro deles, em especial, quando ele dispõe quatro mulheres, belas e gordas, nuas e empunhando caríssimos instrumentos musicais, na formação clássica do quarteto de cordas.
Vale a leitura? Vale. O livro rende algumas risadas, algum suspense, uma frugal viagem histórica.
Mas, para quem ainda não leu o Xangô de Baker Street, melhor deixar As Esganadas para depois, pois este livro deixará no leitor a sensação de que Jô Soares, como escritor, é mesmo um ótimo apresentador de Talk Show.
*****Ou seja, é mesmo o tipo do livro que eu compraria. Compraria, não! Comprei. Alguns dias antes de receber o presente dela, presenteei minha cunhada com um exemplar, quando da passagem do seu aniversário.
Porém - e que fique claro que este porém não desmerece em nada a intenção da minha querida amiga oculta, pois ela deu todas as mostras de saber o que estava fazendo ao escolher o livro -, Jô não foi feliz. O livro é chatinho, cheio de piadas velhas, algum lugar comum e, em muitos momentos, não sei se buscando dar uma roupagem mais adequada à época em que a história se passa, na era Vargas, fica difícil acompanhar o enredo sem um dicionário do lado.
De mérito, o inusitado padrão das vítimas do “serial killer” e a morbidez culta de alguns dos crimes. O primeiro deles, em especial, quando ele dispõe quatro mulheres, belas e gordas, nuas e empunhando caríssimos instrumentos musicais, na formação clássica do quarteto de cordas.
Vale a leitura? Vale. O livro rende algumas risadas, algum suspense, uma frugal viagem histórica.
Mas, para quem ainda não leu o Xangô de Baker Street, melhor deixar As Esganadas para depois, pois este livro deixará no leitor a sensação de que Jô Soares, como escritor, é mesmo um ótimo apresentador de Talk Show.
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Resenha
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