DO CATIVEIRO BABILÔNICO DA IGREJA.
Ao lermos Lutero identificamos algumas de suas preocupações, uma delas era com a questão da dominação da igreja romana sobre o povo, sendo a igreja cabeça como instituição sacramental (antoteonomia) pensava pelo homem determinando sua vida do nascimento a morte. Ele rompe com isso mostrando com embasamento bíblico a liberdade do ser em pensar por si mesmo (antroponomia). As indulgências era outro assunto que inquietava a sua alma, ao vê a cúria romana extorquindo o povo com a promessa de protegê-las do purgatório e do juízo eterno. Não tendo poder nem autonomia para tamanho descalabro sem falar na desconexão com as escrituras sagradas, que o deixava mais indignado por ele ser versado em bíblia, um exegeta. Combatendo isso com suas 95 teses contra as indulgências precisamente entre os anos de 1513 a 1517, acreditava piamente que a salvação é pela graça, justificação da graça e fé.
Do cativeiro babilônico da igreja foi um período em que a igreja massificava o povo, mantendo-os cativos como outrora foram no exilio. Acredito que isso acontecia pela falta de recurso do povo já que a sefelá (poderosos) tinham domínio das sagradas escrituras a qual só eles tinham acesso e as usavam de forma opressora para dominar e manipular a mente sofredora dos leigos que careciam de conhecimentos. E o que mais tarde era esclarecido por Lutero como a bíblia realmente passava, sendo ele responsável pela ordem e doutrina como um mestre em teologia, o que levantou muita ira daqueles que eram beneficiados com tais enganações principalmente em relação da falsa proteção do purgatório (indulgências) perseguindo e querendo castrar Lutero em relação aos seus escritos e discursos. Para a igreja existiam sete sacramentos, porém Lutero destacava três que condiziam com a bíblia a eucaristia, o batismo e a penitencia. O autor trata a questão do sacramento do pão como primeiro cativeiro, onde a igreja se baseava no livro de João capitulo seis, porém esse capítulo não trata a respeito desse sacramento mais de fé em cristo (verbo encarnado) não era um comer carnal como achavam os judeus, mas sim espiritual, de vida e alimento da fé. O apostolo Paulo fala claramente em 1CO 11 a respeito da ceia do senhor, onde cristo enfatiza que todos comessem de ambas as espécies (pão e vinho) em memória dele. Não sendo esse sacramento exclusivo dos sacerdotes, como distorciam as coisas de Deus na intenção de confundirem a todos. Vejo-me ao lado de Lutero quando expressa que, se alguém se negar a dá-las aos que se pedem, agem impiamente contra o exemplo dado por cristo e sua instituição. Homem algum sendo ele sacerdote ou leigo foi outorgado por Deus para alterar o mandamento do seu sacramento não tendo autonomia alguma em restringir uma espécie do sacramento eucarístico (pão) a uma determinada classe. Outra questão era a doutrina transubstanciação, onde Martin acreditava que o pão se tornava corpo e o sangue em vinho só no momento eucarístico, sendo unidos por cristo através da sua palavra intitulando-a de segundo cativeiro da igreja católica, acredito ser radicalismo da mesma achar que o corpo de cristo era o pão era o corpo e o vinho realmente sangue já que eram simplesmente dois elementos simbólico transformados no momento da ceia como ato da graça de cristo em um momento de comunhão do repartir, ordenado para todos inclusive aos leigos. O terceiro cativeiro o total silêncio , omissão da promessa e o ativismo de obras contido na ideia do sacrifico da missa como comercialização da igreja, surgindo tipos de negociações de compra e venda tais como: como os aniversários, memorias, fraternidade e méritos. A missa nada era nada mais que testamento e sacramento, sendo um erro da igreja oferecer ou aplica-la pelos pecados, pelas satisfações, pelos defuntos ou quaisquer necessidade própria ou alheia. A igreja de forma alguma sendo ímpia não poderia praticar tal ato, a proveito de ninguém, a não ser ao próprio crente pela fé, pois a missa só se torna útil na vida do individuo através da sua fé se cumprindo não pela oração, onde pra nada valem nem para quem oram nem para aqueles a quem se oram, mas pela crença aqueles que a recebem como testamento. Os sacerdotes apenas ministrava as missas sendo mediadores de Deus para da a missa como promessa, os que eles faziam de forma errônea desviando-os em suas impiedades como homens malvados que eram, afim de omitir a palavra de Deus no intuito de enganar a todos já que apregoavam a missa como obra, sacrifícios atendendo suas necessidades ou dos outros, sejam de mortos ou de vivos. A missa não poderia ser entendida como um sacrifício, porem sacrifício é oferecido por alguém diferente da missa que era recebida (promessa) e tudo que fosse acréscimo à palavra de Deus e do exemplo de cristo não passava de acidente da missa, que é ao contrario do evangelho e inclusive é suma e compêndio do evangelho.