O Silêncio da Chuva
O Silêncio da Chuva, de Luiz Alfredo Garcia- Roza, Companhia de Letras, 262 páginas.
Num edifício- garagem no centro da cidade, numa rua movimentada, um homem é encontrado morto, caído sobre o volante de seu carro. A vítima é um jovem, rico executivo de uma empresa de mineração.
Esse acontecimento é presenciado por Max, cuja profissão é assaltar mulheres indefesas, nas garagens de supermercados, utilizando uma imitação de arma. Ele vê quando o homem entra no carro, acende um cigarro, ajeita um papel numa pasta, pega uma arma e aperta o gatilho na sua própria cabeça. O assaltante, oportunista, pega a arma para vender, pasta e sai correndo do local, vendo de relance um vulto aparentemente de mulher. Na rua, com calma, ele encontra dentro da pasta 20 mil dólares e um bilhete endereçado a polícia : “ A polícia Os vinte mil dólares são meu pagamento para sumirem com arma, com este bilhete, e arquivarem o caso por que não encontraram o autor do crime. Ninguém será prejudicado. Vocês podem ficar com a consciência tranqüila ,já que não estarão se apropriando indevidamente do dinheiro, eu o estou oferecendo.”
A polícia quando chega ao local do crime suspeita de latrocínio.
A partir desse acontecimento o autor, com uma narrativa ágil e cativante desenvolve sua história. Assim, entra em cena outros protagonistas e ocorre duas mortes e dois desaparecimentos.
O inspetor Spinoza e a voz narrativa que conduz toda a história. Ele é um policial honesto, inconformado com certos aspectos de sua profissão e apaixonado por livros.
O Silêncio da Chuva mantém um clima de mistério e suspenso desde as minhas páginas, e apresenta um final inusitado e instigante. É um livro para ser lido em um só fôlego.