Declarações de Humor


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“Mulheres, me levem para o mau caminho. Eu pago o táxi.”
                                                                            Pág. 60

 
     Não tenho certeza, mas acho que foi entre goles de água de coco ou saboreando um camarão ao alho e óleo na mesa daqui de casa que o autor me perguntou onde foi que eu consegui esse livro e a minha resposta foi tão incerta quanto esse parágrafo: “Sei lá!”
     Enrolei-me com a resposta porque a cada lugar que vou e arranjo um tempinho, fuço livrarias e sebos e já garimpei tanta coisa boa, que alimentam minha alma da curiosidade necessária à minha vida de educadora e pessoa interessada no mundo em que vivo e produzo minha subjetividade, que já relaxei em inventariar onde, quando e porque estas “coisas” estão comigo.
     Digo “coisas” porque os livros são objetos do meu desejo mais imediato, quando penso em presentear quem eu gosto e a mim mesma. “Declarações de Humor” foi e é certamente um presente à minha alma, que adorou rir com o humor inteligente das frases desse livro tão especial.
     Luís Pimentel é um escritor como poucos, dada a versatilidade e a competência com que escreve qualquer gênero. E, segundo Chico Anysio que assina o prefácio de Declarações de Humor, Luís “É aquele sujeito modestíssimo, que por ser excelente piadista, não confessa que é também mestre, político, líder e guru.”
     Só vou dizer que “se virem” para encontrar um. Vale a pena cada risada que irrompe desde a DECLARAÇÃO do autor, que abre o livro: “Meu bem, não tenho tudo que amo mas amo tudo que tens. Por isto quero estar ao teu lado na saúde e na doença, na alegria e na tristeza e vai por aí afora. Às vezes dentro. Até que uma piada sem graça nos separe.”
     No mais é relaxar e... dar risada (pensou o quê?)! No livro você vai encontrar de tudo um pouco, como sugere esta resenha:
“Pensamentos imperfeitos, chistes debochados, frases desconcertantes, curtas, grossas, curtas e grossas, bulas, fábulas, únculas e porciúnculas. Tudo isto e muito mais (sobretudo muito mais) está no livro  Declarações de Humor, de Luís Pimentel, com uma seleta das frases que o jornalista e escritor publicou em diversas colunas humorísticas da imprensa brasileira, desde os impagáveis Picles do pioneiro Pasquim, passando por Bundas e Opasquim21. Declarações de Humor mostra que levar a vida a sério não tem graça e que o amor também pode ser tratado com muita graça e ironia. Com prefácio de Chico Anysio, capa e ilustrações de Nani, vinhetas de Ziraldo e Jésus Rocha, em 120 páginas está o melhor do humor do autor. O amor um dia acaba, mas o humor é eterno. Pode reproduzir à vontade (citando a fonte, se possível), se apropriar, aproveitar, e pode até morrer de rir!” 


http://www.travessa.com.br/Luiz_Pimentel/autor/69848DDE-C5C5-44C3-AF09-8A22E2D52D7B 

Mais sobre o autor:

Baiano do sertão de Itiúba, onde nasceu em 1953, Pimentel chegou ao Rio para estudar teatro e acabou se tornando jornalista e escritor. Como jornalista, trabalhou no Pasquim (1976/77), Pasquim21 (2002), na edição brasileira da revista americana de humor MAD, na Rio-Gráfica e Editora e no jornal Última Hora. Foi articulista do jornal carioca O Dia e colunista do virtual Jornal de Copacabana, entre outras colaborações. Com várias dezenas de livros publicados, entre infantis, de humor (Entre Sem Bater: o Humor na Imprensa Brasileira), biografias (Wilson Batista, Luiz Gonzaga), contos (Contos para Ler Ouvindo Música), poesia e ficção, Pimentel coleciona prêmios literários. Entre eles, o Prêmio Cruz e Sousa, por Grande Homem Mais ou Menos, e o Prêmio Jorge de Lima, com as poesias de As Miudezas da Velha. Pimentel também escreveu roteiros para programas humorísticos de TV, como Escolinha do Professor Raymundo e Zorra Total. Seu mais recente trabalho na área editorial é a coordenação da edição de Paixão e Ficção – Contos e Causos de Futebol, do qual participa ainda com um dos textos, ao lado de Aldir Blanc, Armando Nogueira, Mário Filho, Renato Maurício Prado e Zico. No livro Zico, conta como foi o dia em que Ronaldo teve uma convulsão, na Copa da França. A produção tão profícua do escritor não supera em dedicação o amante da MPB. Razão pela qual ele mantém no ar, com dificuldades, mas com vontade, a revista Música Brasileira.

 http://veja.abril.com.br/blog/passarela/entrevista/luis-pimentel/


 Luís Pimentel em Maceió