O bê-á-bá de Brasília: dicionário de coisas e palavras da capital
Meu caro Marcelo
Embora não tenhamos nos avistado dessa vez, quero lhe agradecer a companhia bem humorada nesses meus dias na Novacap (já não tão nova assim). Tomar chá de cadeira em aeroporto, subir e descer de avião, se a gente não está em boa companhia fica difícil. O seu livro O bê-á-bá de Brasília: dicionário de coisas e palavras da capital foi mesmo uma ótima companhia e me faz dar boas risadas, só não sei se meus companheiros de poltrona acharam graça em viajar com alguém que enfia o nariz num livro e ainda ri sozinha.
Brasília é uma cidade especial e mesmo trabalhando um tanto quando estou por aí, aproveito para rever amigos e foi uma pena que você perdeu a “Noite da tapioca das Alagoas em Brasília” em casa dos queridos Iara e Maurício, mas entendi seus motivos. Fica para a próxima, certamente.
Depois que li o livro quero recomendá-lo. Brasilienses, candangos, gregos e baianos reconhecerão seu bom humor, seu espírito livre e por vezes galhofeiro e também o seu amor por esta terra que o acolheu com tanta generosidade. Mesmo baiano, sua candanguisse da gema do ovo de codorna é explícita!
E dentre tantas boas resenhas que li vou destacar abaixo a que achei mais representativa do conjunto da obra. Cá com meus botões fiquei pensando o ótimo serviço que seria também um Guia de Brasília, com o olhar curioso de quem chegou e ficou, de quem ama e respeita sua diversidade cultural e sua atitude blasé de metrópole. Que tal?
*Publicado por Gregory Cotrim em 2 de junho, 2011
Brasília já possui um vocabulário para chamar de seu, ainda que seja um linguajar bastante influenciado pelas pessoas de fora, que representam a metade da população. Em Brasília, edifício é bloco; bicicleta é camelo ou magrela; e ônibus tem ao menos quatro “apelidos” – baú, Davi, caixão e GOL (grande ônibus lotado). Em Brasília, micro-ônibus é zebrinha, radar é pardal, retorno é tesourinha, térreo é pilotis, periquito é maritaca, tiara é diadema e meleca é um pequeno adesivo que se cola no peito.
(...)
A obra não se limita às gírias, palavras e expressões do cotidiano do Distrito Federal. Ela também aborda, de um jeito informal e irreverente, os mais diferentes aspectos da capital do país. Verbos como “arrudiar” e “abadiar”; apelidos de locais, prédios, monumentos e vias públicas (Cascata, Água Mineral, Prendedor, Bolo de Noiva, Túnel do Tempo, Torres Gêmeas, H, Eixinhos); e siglas, muitas siglas (QI, SQN).
O livro também mostra outra característica brasiliense – a mania de abreviar as palavras: véi, cachu, refri, Taguá, Ban-Ban, cerva, Piri, mó, fi e até fi-in são alguns dos termos usados pelos jovens.
Fatos, frases, palavras, gírias, expressões, coisas típicas, curiosidades, bizarrices. São 884 verbetes, numa espécie de Brasília de A a Z. “Este livro é uma declaração de humor a Brasília”, diz o autor, o jornalista Marcelo Torres.
Marcelo nasceu na pequena cidade de Sátiro Dias-BA, a 210 km de Salvador; com 15 anos de idade foi estudar em Salvador, onde se formou em Jornalismo, pela Universidade Federal da Bahia. Funcionário de carreira do Banco do Brasil, passou em seleção interna em junho de 2002 e veio trabalhar na Diretoria de Marketing e Comunicação, em Brasília, onde foi editor de uma revista interna. http://brasiliamaranhao.wordpress.com/2011/06/15/
SERVIÇO
“O bê-á-bá de Brasília: dicionário de coisas e palavras da capital”
Editora Thesaurus, 96 páginas
Site: www.thesaurus.com.br
Contato com o autor: (61) 9962 6035
marcelocronista@gmail.com
Obs. Marcelo Torres é primo legítimo de Tom e Vinícius, portanto, meu primo torto.
Marcelo e eu no Show de Antônio Nóbrega, durante a Conae em 2010.
Meu caro Marcelo
Embora não tenhamos nos avistado dessa vez, quero lhe agradecer a companhia bem humorada nesses meus dias na Novacap (já não tão nova assim). Tomar chá de cadeira em aeroporto, subir e descer de avião, se a gente não está em boa companhia fica difícil. O seu livro O bê-á-bá de Brasília: dicionário de coisas e palavras da capital foi mesmo uma ótima companhia e me faz dar boas risadas, só não sei se meus companheiros de poltrona acharam graça em viajar com alguém que enfia o nariz num livro e ainda ri sozinha.
Brasília é uma cidade especial e mesmo trabalhando um tanto quando estou por aí, aproveito para rever amigos e foi uma pena que você perdeu a “Noite da tapioca das Alagoas em Brasília” em casa dos queridos Iara e Maurício, mas entendi seus motivos. Fica para a próxima, certamente.
Depois que li o livro quero recomendá-lo. Brasilienses, candangos, gregos e baianos reconhecerão seu bom humor, seu espírito livre e por vezes galhofeiro e também o seu amor por esta terra que o acolheu com tanta generosidade. Mesmo baiano, sua candanguisse da gema do ovo de codorna é explícita!
E dentre tantas boas resenhas que li vou destacar abaixo a que achei mais representativa do conjunto da obra. Cá com meus botões fiquei pensando o ótimo serviço que seria também um Guia de Brasília, com o olhar curioso de quem chegou e ficou, de quem ama e respeita sua diversidade cultural e sua atitude blasé de metrópole. Que tal?
Dicionário de Brasília é um glossário irreverente sobre a capital
Fonte: Revista Nós*Publicado por Gregory Cotrim em 2 de junho, 2011
Brasília já possui um vocabulário para chamar de seu, ainda que seja um linguajar bastante influenciado pelas pessoas de fora, que representam a metade da população. Em Brasília, edifício é bloco; bicicleta é camelo ou magrela; e ônibus tem ao menos quatro “apelidos” – baú, Davi, caixão e GOL (grande ônibus lotado). Em Brasília, micro-ônibus é zebrinha, radar é pardal, retorno é tesourinha, térreo é pilotis, periquito é maritaca, tiara é diadema e meleca é um pequeno adesivo que se cola no peito.
(...)
A obra não se limita às gírias, palavras e expressões do cotidiano do Distrito Federal. Ela também aborda, de um jeito informal e irreverente, os mais diferentes aspectos da capital do país. Verbos como “arrudiar” e “abadiar”; apelidos de locais, prédios, monumentos e vias públicas (Cascata, Água Mineral, Prendedor, Bolo de Noiva, Túnel do Tempo, Torres Gêmeas, H, Eixinhos); e siglas, muitas siglas (QI, SQN).
O livro também mostra outra característica brasiliense – a mania de abreviar as palavras: véi, cachu, refri, Taguá, Ban-Ban, cerva, Piri, mó, fi e até fi-in são alguns dos termos usados pelos jovens.
Fatos, frases, palavras, gírias, expressões, coisas típicas, curiosidades, bizarrices. São 884 verbetes, numa espécie de Brasília de A a Z. “Este livro é uma declaração de humor a Brasília”, diz o autor, o jornalista Marcelo Torres.
Marcelo nasceu na pequena cidade de Sátiro Dias-BA, a 210 km de Salvador; com 15 anos de idade foi estudar em Salvador, onde se formou em Jornalismo, pela Universidade Federal da Bahia. Funcionário de carreira do Banco do Brasil, passou em seleção interna em junho de 2002 e veio trabalhar na Diretoria de Marketing e Comunicação, em Brasília, onde foi editor de uma revista interna. http://brasiliamaranhao.wordpress.com/2011/06/15/
SERVIÇO
“O bê-á-bá de Brasília: dicionário de coisas e palavras da capital”
Editora Thesaurus, 96 páginas
Site: www.thesaurus.com.br
Contato com o autor: (61) 9962 6035
marcelocronista@gmail.com
Obs. Marcelo Torres é primo legítimo de Tom e Vinícius, portanto, meu primo torto.
Marcelo e eu no Show de Antônio Nóbrega, durante a Conae em 2010.