A Ladeira da Saudade
Esse livro foi mais uma "leitura obrigatória" da disciplina de Linguagem e Literatura da minha escola, pelo fato de ter relação com o Barroco e o Arcadismo, períodos literários estudados.
As aparências enganam, e é por isso que acho uma pena geralmente os leitores, inclusive eu, escolherem um livro para ler olhando a capa, o título ou o autor. Pois desconhecendo o autor, o título não me atraindo, e não ter gostado de saber que o livro era de romance, eu já estava com raiva de ter que ler um livro "chato".
Pois me enganei, comecei lendo o livro, e achando meio entediante, talvez pelo fato de já ter na minha mente "o livro é chato, não vou gostar!". Mas a partir do momento em que Lília, personagem protagonista, viaja para Ouro Preto (MG) a história toma um rumo divertido, alegre e prazeroso.
No decorrer da história, Lília conhece as Tetetês (3 garotas cujos nomes começam com a letra T), que, sob a liderança de Dirceu, formam um grupo teatral de marionetes chamado "Pedra e Sabão". Esse grupo tem a proposta de contar as histórias de Ouro Preto através das divertidas marionetes, nas ruas da cidade.
Há também o romance entre os personagens protagonistas, Dirceu e Lília (Gonzaga e Dorotéia), que dá mais pontos positivos ao livro, pois a forma como o romance é retratado é muito prazerosa de ler. Belos poemas são narrados por Dirceu, belos encontros, a vontade de viver a vida ao máximo.
Esse livro me transmitiu a mensagem de que devemos ser "nós mesmos", que devemos viver cada dia de nossa vida como se fosse o último, pois eu concordo com a idéia arcádica da "brevidade da vida humana". Devemos colocar nossa própria felicidade acima até mesmo de nossas responsabilidades, se isso realmente nos fizer felizes.
Indico esse livro aos que gostam do gênero romance, e aos que se interessam por combinar alegria e boa leitura com o aprendizado dos períodos literários Barroco e Arcadismo, muito retratados no livro.
(24/11/2010)