PRAZER DE LER SETE - AUGUSTO DOS ANJOS.
Prosaico, culto, degradante, maravilhoso, escatológico. Só para usar alguns adjetivos da poesia de Augusto do Anjos, Poeta de um só livro (a obra "Eu") que marcou a nossa literatura. Quando todos falavam de um sentimento lírico, seus excrementos poéticos eram gerados como a flor do lodo.
Antítese da Poeisa vigente de sua época, Augusto dos Anjos - Simbolista ou Parnasiano, para alguns até pre-modernista - fez da desgraça da vida sua inspiração poética em uma linguagem cientificamente apurada. Ler Augusto dos Anjos desafia os mais hábeis dicionários, e é impossível entender seus lamentos sem a ajuda deste decifrador de palavras.
O descrédito de sua obra está bem explícito na pagina dez desta antologia, quando Olavo Bilac, "o Príncipe dos Poetas", o desqualifica e o ridicuraliza diante de seus amigos. Mas sua obra ganha em leitores e adeptos de seus apurados versos de auguras da vida.
Um Poeta, para este comentador, que é Schopenhariano e Nietiszchiano pela forma niilista que vê o homem e sua obra - vermes entre vermes.
Agusto dos Anjos não escreve para agradar a eleite literária e abastada, mas para a multidão, que apesar de sua linguagem apurada, se identifica nas dilacerantes lides da vida, sempre com um olhar cruel, e nunca um raio de esperança, nunca uma palavra de conforto.
A vida é lastimante e a poesia de Augusto dos Anjos descifra e mostra esse angustiante viver cotidiano magistralmente trabalhado em seus versos.
Talvez, devido a essa clareza entre a vida e a poesia, apesar da escrita muito cientifista, as pessoas que sentem as dores da vida, compreendem e consomem a poesia deste autor único da literatura brasileira.
Lí, vou ler e reler várias vezes este Poeta de uma única obra , mas que encanta e nos faz pensar sobre a vida que não dá muitas chances à maioria dos cidadãos brasileiros, tanto da sua época, como de nossa atualissima realidade ordinária.
OBS: Resenha, resumo e comentários pessoais do Livro Antologia Poética de Augusto dos Anjos, 112 pág, da Editora Ediouro/Folha.
Prosaico, culto, degradante, maravilhoso, escatológico. Só para usar alguns adjetivos da poesia de Augusto do Anjos, Poeta de um só livro (a obra "Eu") que marcou a nossa literatura. Quando todos falavam de um sentimento lírico, seus excrementos poéticos eram gerados como a flor do lodo.
Antítese da Poeisa vigente de sua época, Augusto dos Anjos - Simbolista ou Parnasiano, para alguns até pre-modernista - fez da desgraça da vida sua inspiração poética em uma linguagem cientificamente apurada. Ler Augusto dos Anjos desafia os mais hábeis dicionários, e é impossível entender seus lamentos sem a ajuda deste decifrador de palavras.
O descrédito de sua obra está bem explícito na pagina dez desta antologia, quando Olavo Bilac, "o Príncipe dos Poetas", o desqualifica e o ridicuraliza diante de seus amigos. Mas sua obra ganha em leitores e adeptos de seus apurados versos de auguras da vida.
Um Poeta, para este comentador, que é Schopenhariano e Nietiszchiano pela forma niilista que vê o homem e sua obra - vermes entre vermes.
Agusto dos Anjos não escreve para agradar a eleite literária e abastada, mas para a multidão, que apesar de sua linguagem apurada, se identifica nas dilacerantes lides da vida, sempre com um olhar cruel, e nunca um raio de esperança, nunca uma palavra de conforto.
A vida é lastimante e a poesia de Augusto dos Anjos descifra e mostra esse angustiante viver cotidiano magistralmente trabalhado em seus versos.
Talvez, devido a essa clareza entre a vida e a poesia, apesar da escrita muito cientifista, as pessoas que sentem as dores da vida, compreendem e consomem a poesia deste autor único da literatura brasileira.
Lí, vou ler e reler várias vezes este Poeta de uma única obra , mas que encanta e nos faz pensar sobre a vida que não dá muitas chances à maioria dos cidadãos brasileiros, tanto da sua época, como de nossa atualissima realidade ordinária.
OBS: Resenha, resumo e comentários pessoais do Livro Antologia Poética de Augusto dos Anjos, 112 pág, da Editora Ediouro/Folha.