Todos os questionamentos metafísicos, religiosos e filosóficos giram no entorno de um só assunto em suas variações: a existência.
Determino ser esse o único assunto unânime em todas as tribos, clãs, povos, culturas, raças, etnias: VIDA. No mais, tudo se difere em proporções astronômicas de individualidades. A única tese levada adiante em qualquer que seja o seguimento histórico, ético, social, começa ou termina no grande mistério que é VIVER. O “antes” do nascer (pouco discutido se levarmos em conta as questões seguintes), o “nascer”, o “desenvolver-se”, o “reproduzir-se”, o “morrer” e o “depois da morte” são os assuntos de toda civilização em toda história conhecida, são os mistérios mais “misteriosos” que entremeiam nossa passagem, as perguntas mais arguidas em nossa ignorância e as respostas mais impossíveis de se obter enquanto permanecemos entre o berço e o terno de peroba. No mais, tudo é único, individual. Há que se pensar na vida? Seus motivos? Suas metas? Suas missões? Seus caminhos? Suas mudanças? Seus sofrimentos e alegrias? Inegavelmente digo, dificílimo ao mais boçal ser humano não relacionar-se com tais questões pelo menos uma vez em sua existência. Não conheço homem que não seja assim, questionador em suas mais variadas concepções e crendices: donde vim? Para quê vim? O que devo fazer aqui? Para onde vou? No mais, tudo pode se diferir; adequar-se por conveniências, criações, influências, comoções, experiências pessoais, genética, e outras infinidades de fundamentos e afecções.
Discute-se o valor da vida, discordam; valores se diferenciam quantitativamente para mais e para menos.
Beijei pouquíssimas vezes a vida, mesmo tendo tanto pensado na mesma. Julguei amá-la, mesmo tendo a traído tantíssimas vezes, pensei, retruquei, escrevi, observei, mudei de opiniões, errei para depois errar novamente e por quantas vezes disse: começo agora uma nova fase! Eureka! Descobri minha missão! Agora as coisas serão assim!
Cheguei numa fase mais tácita, menos aflita. Novos descobrimentos que julgo serem descobrimentos, enquanto podem ser apenas nuvens e clarões dos relâmpagos que nos afugentam e/ou nos felicitam.
De alguma forma, continuo humano como todos de minha espécie de minha atualidade: VIVO! Será somente nessa ocasião (talvez, e o talvez me assombra e ao mesmo tempo me pressiona ao CARPE DIEM) que poderei fazer de tal condição, a condição de estar vivo, a determinação de minhas urgências, o uso de minha diligência, as escolhas de meus dilemas e o aproveitamento de meus dias. Apenas enquanto vivo, depois não sei, sou agnóstico. Como um agnóstico, um ser sem conhecimento algum, alguém que não consegue negar nem afirmar nada se não o relativo (que disfarçadamente também não deixa de ser uma afirmação) haverá de desprezar a vida? Se soubesse algo da mesma, ótimo; se tivesse condição de respostas às perguntas anteriores, melhor ainda; entretanto “a única coisa que sei é que nada sei”. Verdadeiramente penso e vivo assim e essa é minha fase atual: cultuar a vida, o hoje, o presente, o tateável, o visível, os sentidos em si, sejam eles cinco ou seis sentidos ou até mesmo mais. Minha subjetiva objetividade é cada pedaço de meu bem estar e minha adoração suprema no momento é a tal petit fille que há duas ou três horas acaba de deslocar-se da maternidade até minha morada, dando assim início à sua jornada, à sua existência que hoje é apenas um pequeníssimo ser indefeso e dependente e num piscar de olhos se tornará alguém como todos os outros: observador, inquiridor, sonhador, planejador, dotado de individualidades e dons, adaptabilidades e negações, amores, raivas, choros e risadas.
Seguirão os seguintes livros após seu 1° ano:
2° livro: s Mädchen Klein (seu 2° e 3°).
3° livro: Piccola Bambina (seu 4°, 5° e 6°).
4° livro: Pequeña Niña (seu 7°, 8°, 9° e 10°).
5° livro: Little Girl (seu 11°, 12°, 13°, 14° e 15°).