CONSIDERAÇÕES DE ABERTURA
Criação, pensamento, arte: agilidade!
Mulher do louco: a vida!
Cheguei e chego diariamente a conclusivas abstratas opiniões e percebo uma gradativa aceleração a cada ano; privo-me, quase sempre que posso, de uma única opinião: sabedoria e loucura caminham juntas num passo militar ao abismo!
Sintoma, causa, efeito, parecer, percepção, faro... sinto coisas, compreendo coisas, penso coisas e elas, “as coisas” vão completando o quebra-cabeça que já de antemão inauguro como “tese” de minhas abstrações contidas nas demais páginas: PRISMA, ÓTICA; tudo tem o tamanho, a forma e a imagem que nossa vista resolve enxergar. Regras se tornam regras quando nos convém que as mesmas assim se tornem. Até mesmo a lógica pode ser perfeitamente racionalizada de acordo com aquilo que venhamos querer considerar como lógica, ou seja: tudo se “adequa” a tudo que nos for mister. Não excetuo porém as “coisas” que vieram na “criação”, a ordem “natural” das coisas dos homens, dos bichos, dos vegetais, dos minerais; o funcionamento do planeta per si. Fatos inegáveis, mesmo aqueles que a ciência ainda não soube explicar, os fatos que ainda serão e os que nunca serão comprovados. Cito como “mutáveis” as coisas que inventamos para a regra de convivência em sociedade, isso sim: ÓTICA PESSOAL abraçada no delinear dos séculos pela dita “civilização” e, nem sempre, oportunas e/ou arbitrárias regras. Na verdade quase sempre impostas circunstancialmente; estatutos, moral, etiquetas, o bem e o mal e “universais concepções” que regem o perfeito funcionar da vida humana.
Converto-me despreocupadamente à alienação; gradativamente, como disse, porém num ritmo que se acelera notadamente em meu “disco rígido”. Expurgo pouco a pouco coisas que sempre me foram impostas por não sei quem nem onde e nem porque, no intuito de me tornarem “cidadão”. Quando me ofereceram a opção de SER ou NÃO SER “civilizado”? Que me lembre, nunca. Porque também nunca recusei? Sempre fui premiado em aceitar a “bandeja pronta” e premiado por ser o bom menino e ainda com a garantia de “ir para o céu” um dia. De outra forma, vejo-me ora civilizado, ora um simples idiota apático ao pensamento próprio, um “espírito dependente”. Tenho ainda outras formas mais graves para definir o homem pensante que sou, mas que tornara-se graças a “civilidade” imposta, imperceptivelmente apenas mais um inerte vivente que povoa o mundo socializado e democrático. Comodismo, acomodação, metamorfose ao inverso: estou deixando de voar e virando lagarta roedora de vegetais!
Pois bem, pretendo ARBITRARIAMENTE gestar e dar vida as mais novas conclusões acerca das “coisas” e de alguma forma abortar os trapos que a civilidade imposta foi me vestindo e me adornando. Nesse magro corpo fiquei pesado demais com tanta ética, moral, códigos e bons costumes. Me vi nu, corcunda nessa tão breve existência, frágil e irremediavelmente passageira. Sou em minhas concepções totalmente livre para pensar e ver com meus próprios olhos, outrossim, completamente escravo daquilo que deixei me contaminar.
Sou perfeitamente capaz de montar meu guarda-roupa!