VIDA PARA ALEM DA MORTE
BOFF, Leonardo, VIDA PARA ALEM DA MORTE - Petropolis, RJ; Vozes, 1984
A obra “Vida para Alem da Morte”, trata essencialmente de um tema teológico muito intrigante e sugestivo, que é a Escatologia.
Leonardo Boff dividiu este tema em quinze capítulos e um total de duzentas e seis folhas.
O capitulo Um vai começar perguntando se o homem tem a capacidade de saber o futuro? E argumenta que é essa a diferença que o Cristianismo trás, uma esperança no por vir dentro da catástrofe biológica. O Cristianismo propõe uma realização plena do Corpo – Espírito, as razoes que podemos dar à esta esperança é algo que experimentamos na vida, vivendo e refletindo, o homem descobre o futuro da vida.
Assim surgi o principio – esperança, que não é uma virtude segundo ele, e sim uma força que penetra todas as virtudes e faz com que elas se mantenham sempre abertas a um crescimento indefinido.
O autor vai dizer que em Jesus Cristo ressuscitado o homem se auto-comunicou com o absoluto futuro. Jesus Cristo é o primeiro entre muitos a experimentar esta plenitude derradeira e definitiva é nele que a Utopia se torna Topia.
A Escatologia fala a partir do presente em função do futuro, ela é a transposição no modo de plenitude daquilo que aqui vivemos no modo de deficiência, então Céu, inferno, purgatório e juízo não são realidades que irão acontecer. Vivenciamos em terra.
No segundo Capitulo da obra o escritor vai caminhar pelo tema da morte, explicando que é necessário entender a morte como um fim da vida, mas um fim entendido como meta alcançada, plenitude almejada e lugar do verdadeiro nascimento. A morte é a cisão entre o modo de ser eterno no qual o homem entra.
A morte nos trás comunhão, pois não existem mais as barreiras que nos separam de DEUS.
O autor fala sobre a ressurreição, e que na verdade não é uma ressurreição carnal e sim espiritual, pois na ressurreição tudo é revelado de imediato para o homem.
A ressurreição exprime o termo final do processo de hominização. O corpo ressuscitado terá as qualidades do homem – espírito que são de universalidade e ubiqüidade, neste capitulo vai ser tratado de forma exclusiva o aspecto positivo da morte.
O capitulo três vai seguir o mesmo seguimentBOFF, Leonardo, VIDA PARA ALEM DA MORTE - Petropolis, RJ; Vozes, 1984
A obra “Vida para Alem da Morte”, trata essencialmente de um tema teológico muito intrigante e sugestivo, que é a Escatologia.
Leonardo Boff dividiu este tema em quinze capítulos e um total de duzentas e seis folhas.
O capitulo Um vai começar perguntando se o homem tem a capacidade de saber o futuro? E argumenta que é essa a diferença que o Cristianismo trás, uma esperança no por vir dentro da catástrofe biológica. O Cristianismo propõe uma realização plena do Corpo – Espírito, as razoes que podemos dar à esta esperança é algo que experimentamos na vida, vivendo e refletindo, o homem descobre o futuro da vida.
Assim surgi o principio – esperança, que não é uma virtude segundo ele, e sim uma força que penetra todas as virtudes e faz com que elas se mantenham sempre abertas a um crescimento indefinido.
O autor vai dizer que em Jesus Cristo ressuscitado o homem se auto-comunicou com o absoluto futuro. Jesus Cristo é o primeiro entre muitos a experimentar esta plenitude derradeira e definitiva é nele que a Utopia se torna Topia.
A Escatologia fala a partir do presente em função do futuro, ela é a transposição no modo de plenitude daquilo que aqui vivemos no modo de deficiência, então Céu, inferno, purgatório e juízo não são realidades que irão acontecer. Vivenciamos em terra.
No segundo Capitulo da obra o escritor vai caminhar pelo tema da morte, explicando que é necessário entender a morte como um fim da vida, mas um fim entendido como meta alcançada, plenitude almejada e lugar do verdadeiro nascimento. A morte é a cisão entre o modo de ser eterno no qual o homem entra.
A morte nos trás comunhão, pois não existem mais as barreiras que nos separam de DEUS.
O autor fala sobre a ressurreição, e que na verdade não é uma ressurreição carnal e sim espiritual, pois na ressurreição tudo é revelado deo que o anterior, ele fala da morte como crise radical e ao mesmo tempo como decisão e Juízo, ou seja, todos têm a chance de se salvar. A morte é um evento pessoal de desdobramento completo para aquilo que o homem na vida se abriu e tentou realizar, é a atualização plena do dinamismo escrito por DEUS dentro da natureza humana, então tudo ganha uma nova perspectiva.
O juízo começa em vida, viver implica em experimentar a crise e o Juízo, as decisões tomadas ao longo da vida pesam nas decisões finais, esta sempre vai ser aquela que o homem semeou e deixou crescer ao longo da vida.
Leonardo Boff, diz que passamos por um amadurecimento pleno diante de DEUS, com isso afirma que o purgatório significa a graciosa possibilidade que DEUS concede ao homem de poder e dever na morte madura e radical.
O purgatório é um processo de ascensão que atualiza suas possibilidades e purifica todas as pregas pecaminosas e alienantes que estava estigmatizado na vida. Assim ele fecha o quarto capitulo dizendo que podemos antecipar o purgatório na terra, com as dores, frustrações que o homem passa na terra, ele pode a cada momento decidir os caminhos pelo qual quer percorrer e assim dar sentido para sua busca pela vivencia da eternidade.
“O céu é a absoluta realização humana”- ele consiste na convergência de todos os dinamismos do homem, assim o céu é profundamente humano, pois ele realiza o homem em todas as suas dimensões.
O homem por ser um ser que sonha com a reconciliação das formas dialéticas da vida se vê inclinado a revelação do sentido latente e ultimo de todas as coisas, ou seja, sonha com a paz e o descanso na harmonia de todas as atividades. Então quando decide buscar este mistério vai germinando o céu dentro deste mundo.
O autor começa o capitulo seis abrangendo o motivo da criação. Qual é o propósito do cristianismo? Uma religião de amor absoluto, quem tem amor tem tudo porque DEUS é amor. E quem permanece no amor permanece em DEUS e DEUS nele. Já o inferno é a absoluta frustração humana.
O inferno é o endurecimento de uma pessoa no mal, o inferno é um estado do homem que se identificou com sua situação egoísta que se petrificou em sua decisão de só pensar em si e em suas coisas e não nos outros e em DEUS. É alguém que disse um não para DEUS tão decisivo que não quer e não pode mais dizer um sim.
Assim Leonardo Boff conclui que: todas as figuras são tiradas das experiências humanas, da dor, do desespero da frustração. O inferno imputa o homem em sua qualidade de homem é uma existência absoluta que se petrificou no absurdo. Ou seja, a liberdade humana não é uma brincadeira é um risco e um mistério que envolve a absoluta frustração no ódio ou a radical realização no amor.
Já no capitulo sete a obra trata a questão do anticristo. O anticristo é a articulação do mal na historia, segundo Boff, o pecado interpenetra todas as dimensões da realidade, esse é o mistério da iniqüidade, sua raiz consiste na vontade de poder do homem que se quer auto- afirmar e intenta posicionar-se a si mesmo.
A dimensão do anticristo resulta da vontade do homem de concorrer com DEUS, esquecendo que é Criatura se posiciona na posição de Criador deixando sua essência.
O anticristo constitui sua atmosfera de orgulho e auto - suficiência do homem contra DEUS, que se instaurou na historia, já no Novo Testamento ele se mostra na negação da Nova Aliança, Boff fala do dia de hoje que este anticristo se instala na política, na religião, na sociedade. Todas as vezes que não se dá a favor da vida e do amor se vivencia a atmosfera do anticristo.
Como será o futuro do mundo?
Segundo o capitulo oito o fim já está presente no começo e no meio, a fé Crista crê que o mundo está chamado rumo a uma Cristificação e divinização. Ele faz parte da própria historia de DEUS.
O fim meta, fim como sinônimo de plenitude e culminância alcançada. Todos os dinamismos latentes do mundo, da matéria e da vida, todas as forças de ascensão, de organização de expressão a que o mundo está capacitado chegarão um dia ao seu acabado desabrochar.
Em Jesus Cristo temos um modelo que nos permite vislumbrar a realidade futura de matéria. A consumação e o advento do futuro acabado do mundo se completarão quando o Cristo, que já veio aparecer em grande poder e gloria.
Tudo será revelado, o bem e o mal, a perfeição e a imperfeição. O verdadeiro Cristão tem o rosto voltado para donde virá àquele que já veio. Ele espera na alegria de quem sabe que vem.
A escatologia fala do presente em função do futuro, já a apocalíptica fala a partir do futuro em função do presente é um gênero literário como os romances futuristas.
Este gênero fala da forma fantasiosa para consolar os fieis no presente para lhes comunicar uma verdade escatológica. Explica o autor que nos textos apocalípticos do Novo Testamento, tais como, sinóticos, e apocalipse de S. João, não visam uma reportagem antecipada dos últimos dias do mundo. Eles são textos de consolação para a Igreja em suas tribulações.
O capitulo seguinte deixa claro que não saberemos como será este fim e nem quando será, porém nos ensina que não é um fim-fim e sim uma plenitude.
O acabamento do mundo já se realizou dentro da historia com a emergência de Jesus Cristo ressuscitado, o futuro da historia está dentro dela, construímos isso lentamente, e esperamos a Epifania da Parusia (vinda do Senhor).
Leonardo Boff, no capitulo dez vai falar da questão da revelação do Senhor segundo ele quando o ponto Alfa coincidir com o ponto Omega DEUS se revelará ao homem e a cada ser caberá o que lhe é de direito. A comunhão dos Santos se dá na comunhão do homem, cada pessoa é profundamente envolvida com o todo mesmo que este envolvimento esteja encoberto aos olhos, no GRANDE DIA tudo será mostrado e então aparecerá o plano de DEUS.
É necessário ter uma espiritualidade escatologia para saborear DEUS na fragilidade humana. A escatologia é uma reflexão sobre a esperança Cristã, esperança no dizer presente e futuro. DEUS sempre se revela no mistério da Vida e sempre se apresenta como libertador, faz com que o homem aprenda com seu passado e quebre as correntes do mesmo para apreciar e viver a plenitude do futuro, o Cristão deve viver na alegria e na realização, pois Jesus Cristo é a chave que abre as portas do verdadeiro EU e suas dimensões assim Boff encera o capitulo onze.
Do capitulo doze ao capitulo quinze é um apêndice de textos e estudos, e nestes capítulos Leonardo Boff vai trazer todos os temas que abordou ao longo de sua obra, textos importantes como o Tratado do Purgatório de Santa Catarina de Genova, fala sobre as indulgências e qual a sua importância como surgiu e em que contexto surgiu.
A obra deixa claro o que é a escatologia, com uma linguagem fácil vejo que o autor pretendeu levar esta temática alem dos estudiosos e percebo que conseguiu atingir sua meta.
Ele passa por todos os temas sempre deixando claro que a chave da literatura, é Ler a luz do Cristo ressuscitado. O leitor consegue costurar nos últimos capítulos o que autor pretendeu, com um começo falando da criação, as frustrações da vida, perpassando pelos corredores da morte e conseguindo atingir o principio- esperança no fim da vida.
A obra é muito interessante, pois trás para a realidade a questão do inferno, purgatório, e parusia. Deixando claro que são realidades vividas saído das alegorias e fantasias como alguns escritores ainda preferem, convidando o leitor para uma fé pé no chão, mostrando que as realidades sociais impulsionam para um clamor ao libertador Jesus Cristo.
Pude lembrar-me das aulas do Professor Luis Carlos, quando ele dizia que não existe escatologia que estabeleça dialogo com a antropologia sem ter como ponto a Cristologia.
Enfim, o principio – esperança está alojado no advento Jesus Cristo, e este já esta vindo em cada homem que sede por muitas vezes sua vontade para efetuar o amor. Assim construímos o céu na terra e vamos a caminho de uma plenitude futura.
É um livro muito importante para quem estuda Teologia, pois sua linguagem é simples e situa o leitor sempre no presente, mas vejo que o leigo não terão dificuldades para compreender, pois a obra é bem pedagógica, esta obra é tanto para prateleiras de bibliotecas acadêmicas quanto para cabeceira do fiel. Recomendo para todos que gostam do tema, pois é muito bom e sugestivo o texto, Leonardo Boff é um marco na Teologia suas obras sempre trazem temas atuais e de importância social algumas delas são: “O destino do homem e do mundo”, “O pai nosso”, “teologia do cativeiro e da libertação”, entre outras.
Guido Campos, Acadêmico do Curso de Teologia da Universidade Dehoniana, Taubaté, São Paulo.