Quem Mexeu no Meu Queijo?
 
     É um livro simples e de fácil entendimento. Escrito pelo Dr. Spencer Johnson, autor aclamado e com mais de 11 milhões de livros vendidos em todo o mundo. Suas obras já foram traduzidas em 26 línguas.

     Quem mexeu no meu queijo?, apresenta uma trama tecida na malha da ficção, porém retrata de forma fascinante o cotidiano da pessoa humana. É uma parábola, ou seja, uma historieta desenvolvida a partir de analogias, no qual se encerra uma verdade, um ensinamento. Trata-se de uma narração, cujos elementos são eventos e fatos da vida
rotineira. Esses acontecimentos ilustram uma verdade moral ou espiritual contida no enredo.

     No correr das páginas encontraremos uma alegoria que representa a necessidade por estabelecer objetivos, que deixam de ser simples aspirações e passam a se tornar ações. No entanto, durante o percurso até o alvo é preciso estar preparado para a forte e real inclinação dos acontecimentos: a mudança!


     A narrativa apresenta quatro personagens: dois ratinhos, Sniff e Scurry, e dois "homenzinhos", Hem e Haw; todos eles perseguem os meus objetivos (queijos), que na contextualização podem ser: emprego, dinheiro, saúde e até um bom relacionamento amoroso.


     O cenário em que se desenrolam os fatos é um “LABIRINTO”, que representa o conflito no enredo, é o local onde ocorrem os diálogos entrecortados pelas ameaças do medo. Medo de fracassar, medo da incapacidade, medo de errar, medo de perder-se, medo de sofrer. São demasiados os medos que afligem os personagens que acabam por permanecerem ancorados aos velhos hábitos do antigo lugar, rejeitando o novo. Bem conhecemos as influências do MEDO!


     É no “LABIRINTO” em que as caminhadas, as corridas rumo as buscas incessantes pela concretização e realização das metas, que equivale a um emprego, a realização familiar, ou mesmo uma conquista nas relações pessoais, acontecem.


     É um símbolo representativo do lugar em que a busca ocorre, pois no campo da realidade, estes podem ser: empresa, família, comunidade em que está inserido ou as relações que estabelecemos no transcorrer da existência.


     É, decisivamente, uma comparação coerente e lúcida com o dia-a-dia do ser humano, sujeito as transformações inesperadas. Afinal, a vida nem sempre é uma reta asfaltada, bem conservada e com sinalizações nos alertando para o perigo. Às vezes, ela se revela cheia de corredores e divisões, com curvas tortuosas e lombadas imprevisíveis, pontos obscuros e até becos sem saída. Não é verdade?!


     Durante a leitura, o leitor observará as personagens e suas reações perante as adversidades da vida, e assim, poderá se identificar com as verdades ali contidas. Descobrirá que cada pessoa é responsável por suas escolhas, sucessos e insucessos. Aprenderá a assumir posturas diferentes quando as crises aparecerem, acompanhadas pelas suscetíveis mudanças na vida. Perceberá que o melhor é se render e se adaptar.


     Eis um livro recomendável para a leitura, tanto para estudantes, bem como para profissionais das mais variadas áreas. Eis um livro que nos ajuda a ler a vida e suas implicações e sinuosidades.  Sei que por vezes, parece ser melhor permanecer no posto da tranqüilidade, das conquistas consolidadas, dos mistérios desvendados; não tendo necessidade de ousar, sair, peregrinar por caminhos nunca andantes. Mas, a vida é esse filme de cenas progressivas. De cenas que mudam e re-mudam... Não tem jeito, não há outro jeito se não mudar junto. O tempo sempre vai mexer no “queijo” e um dia ele vai putrificar. Mudar será inevitável.  Nosso iceberg derreterá!


     Então, não há necessidade de esperar o extremo, o mais sábio a fazer é
enfrentar as mudanças, acomodando-se amistosamente a elas.
 


Imagem - Fonte: Google

 

Toni DeSouza
Enviado por Toni DeSouza em 13/03/2011
Reeditado em 13/03/2011
Código do texto: T2845731
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