Pura Filosofia
Resenha Crítica
DANILO. Marcondes. Texto Básicos de Linguagem de Platão a Foucaul, Jorge Zahar. Rio de Janeiro, 2009.
Credenciais do autor: Dr. Em Filosofia pela universidade de st.ª.ndrew, Gram Bretanha, professor adjunto do departamento de filosofia da universidade federal fluminense. É também vice-reitor acadêmico da PUC do rio de janeiro, tem quasse 30 anos no magistério. Autor de vários livros, dentre eles o acima citado.
Resumo
O livro Textos Básicos de Danilo Marcondes, explana através de textos os problema da linguagem abordada por autores filosóficos de Platão a Foucaut. Porém para uma análise crítica será apenas centrado no capítulo referente a Filosofia de Aristóteles. Que será abordado neste texto em seqüências.
Segundo Aristóteles (384-322) a hipótese naturalista não assegurava uma contribuição do significado da palavra ao conhecimento da coisa. Com isso o conhecimento não poderia depender de signos lingüísticos como meramente convencionais. A solução aristotélica consiste em propor que a analise do significado dos signos se realize através da relação entre a mente, isto é, o pensamento. E a realidade. A relação entre as palavras, enquanto signos lingüísticos, e a realidade dependem da meditação da mente. Aristóteles é o ponto de partida das duas linhas de desenvolvimento da discussão filosóficas sobre a linguagem: 1) a relação entre linguagem e pensamento ( seria signos mentais das coisas e a palavra como signos dos conceitos) , e 2) a função comunicacional da linguagem ( seria a descrição representativa da linguagem na comunicação sabendo que ambas se articulam). Usa-se o signo para expressar o pensamento e para falar do real.
TRATADO DA INTERPRETAÇÃO: A Proposição, A Linguagem e o Pensamento, Verdadeiro ou Falso.
Partindo do conhecimento de interpretação de Aristóteles, ele aborda as possibilidades entre o signo lingüístico e o significado. Discutindo o significado das palavras, da natureza e estrutura proposição, e ainda do verdadeiro e do falso como resultado da relação entre proposição e o real.
TRATADO DA INTERPRETAÇÃO: A Convencionalidade do Significado.
Aristóteles assume a convencionalidade que para Platão no Crátilo parecia inevitável como a explicação da relação entre palavra e realidade. Porém inconveniente porque a palavra não contribui para o conhecimento da coisa. Com isso na filosofia Aristotélica ele as palavras se relacionam com as coisas não diretamente, mas através de uma entidade mental. Para Aristóteles a verdade e a falsidade são propriedades da sentença em sua relação com o real. Mas nem toda sentença é verdadeira ou falsa, mas apenas as declarativas que pretendem descrever o real.
RETÓRICA: A Função Convencional da Linguagem.
Em oposição as fundamentações de Platão que a linguagem busca através da retórica o ato de convencer de forma real. Na fundamentação filosófica Aristotélica a linguagem divide-se em três tipos de oratória: a política, a forense e a cerimonial.
RETÓRICA: A Natureza da Metáfora.
Aristóteles dá exemplos da metáfora como uso para se comunicar e ao mesmo tempo persuadir através de imagens, palavras metafóricas muito usadas na poética. Fazendo uma comparação entre a imagem e o ser comparado.
 
Poética: A Linguagem Metafórica.
Na poética, Aristóteles considera uma linguagem ornamentada, ou seja, acompanhada de recursos que garantam o efeito dramático (produzir emoções) Nesse caso a metáfora na fundamentação Aristotélica é produzida através da analogia.
Política: A Natureza Política do homem e a Linguagem.
Aristóteles caracteriza a linguagem como definidora da natureza humana, na medida em que o homem é um ser social e é precisamente o uso da linguagem na comunicação e na negociação política que torna possível a vida social.
Sobre as Partes dos Animais: A Linguagem e a Natureza Humana.
Fazendo comparação entre os sons produzidos através dos animais e dos homens, Aristóteles chama atenção para a descrição entre os lábios e dentes dos animais e do homem, como também a linguagem produzida por eles.
Com isso entende-se que a filosofia é uma ciência que busca encontrar na subjetividade explicações para os fatos ocorridos através do Censo Comum. Ao falar sobre a linguagem dos homens e dos animais, percebe-se que Aristóteles usa ironicamente seu discurso, pois, conhecedor da ciência, poderia explicar com mais clareza essa comparação, sabe-se que o homem é um animal dotado de raciocínio, diferente do animal irracional, contudo não se pode negar que os dois para sobreviver apropriam-se da linguagem para se comunicar e viver dentro da sociedade que os cercam. Nos dias de hoje não poderiam os docentes apropriar-se de contexto e levá-lo a sala de aula, pois seriam chamados de loucos ou que não saberiam na verdade o que é linguagem, e como a mesma é usada entre homens e animais.