A Última Música, de Nicholas Sparks
Nicholas Sparks é o que eu chamo de bom “contador de histórias de amor”. Dele só li este livro. Li por curiosidade. Tenho a mania de consultar a lista dos mais vendidos da Veja para saber o que as pessoas andam lendo. Também com filmes procuro saber dos indicados ao Oscar para vê-los.
Esta é a história de Verônica Miller, Ronnie, adolescente de 17 anos, revoltada com o divórcio dos pais, desobediente, abandonara os estudos de piano, que vivia em baladas, em Nova Iorque e que não falava com o pai há três anos.
Ficou muito indignada quando é obrigada por sua mãe a ir com seu irmão Jonah (10 anos) para a casa de seu pai, Steve, ex-pianista, que trocara sua carreira de professor universitário pela de pianista e fracassara, durante as férias de verão, na cidade praiana de Wrightsville.
Na cidade, ela se envolve com os “maus elementos”, mas é “salva” por Will, jovem bonito, que trabalha na oficina do pai e é voluntário no aquário, jogador de vôlei de praia (para ajudar o amigo Scott a ir para a faculdade), onde ela arruma emprego. Rapaz de boa índole.
Tendo como motivo cuidar de um ninho de tartarugas, eles passam muito tempo juntos e ambos gostam disso. E paulatinamente se apaixonam.
Claro que o amor é perturbado: com mentiras da ex-namorada de Will, com descoberta nada agradável de o “mocinho” esconder o segredo de que foi Scott o causador do incêndio da Igreja, o que no final se descobre ter sido Marcus. E ainda por cima Will ser muito rico e sua mãe não gostar dela.
Steve conquista a filha com sua compreensão, seu amor incondicional. Quando ela fica sabendo que ele está com câncer (não pode faltar uma desgraça destas), é tomada de remorso e fica na cidade para cuidar do pai. Ela descobre que o pai estava compondo uma música, que ela termina, conseguindo vencer o ódio que tinha pelo piano, e tocá-la para ele antes de ele morrer.
Nem é preciso dizer que o final é feliz com Will e Ronnie se entendendo, ela recomeçando seus estudos de piano, e ele fazendo em Nova Iorque, claro, o curso de ciências ambientais, e não o que a mãe dele queria.
O autor conhece e utiliza todos os componentes para envolver o leitor na trama, principalmente como deixá-lo curioso para prosseguir a leitura.
Nesta obra, o narrador é onisciente: sabe de tudo de todos.
Para os nossos dias, o antagonista Marcus é um tanto “desbotado”. Isso me chamou a atenção, um livro, que fala de jovens, sem violência e com a punição dos errados.
A Última Música é principalmente uma história de amor em todas as suas acepções: entre filhos e pais, entre irmãos, entre amigos, a Deus, à natureza e também de compreensão, paciência, resignação, dignidade, amadurecimento, perdão, recomeço e respeito.
Imagem: Google
Respeite os direitos autorais.