Porque ler POSTIGOS
“Redesenho o cotidiano // pontos / e tramas // - corda absurda - /
me ouço em outros poemas / feito sussurro ao vento.”
Dê uma pausa no seu cotidiano para ler POSTIGOS; será um ato invariavelmente ligado à emoção na possibilidade de ver a poesia como estilo na palavra, e de mergulhar no prazer da arte literária. POSTIGOS não é apenas conquista, mas também desafio, porque nos mobiliza para seguirmos lendo poesia. Essa é a essência que a obra de Carmen nos lega: o prazer de momentos poéticos e mágicos na inspiração de novas e emocionantes experiências linguísticas.
“Ao longe, / com nossa teia, / tomamos os remos / e feito postigos
destes suspiros / desabitamos pessoa do nada...”
POSTIGOS é poesia diferenciada, desenvolvendo o apuro para com experiências expressivas, onde realimentamos nossa capacidade de alterar as nossas preferências – incrível viagem ao tempo através de uma janela que nos permite espreitar a poesia.
“Leitura // sem sol / nem lua // sangue aquático /
Claroscuro momento // Livros / semânticas poeiras /
fluindo corpos em nomes, / eternas viagens...”
Ao viver o cotidiano, com certeza há poesia, porque buscamos equilíbrio entre a vida e a leitura de POSTIGOS, acendendo a luz do nosso dia a dia, melhorando e ativando a criatividade entre coisas e palavras, para conquistarmos a liberdade. A poesia é a linguagem da liberdade e, com ela, podemos ser o que quisermos. O que sonhamos é poesia. Os momentos que vivemos é poesia.
“Há dias tão cinzas / que assombro céus / condenso
paredes / escuto fantasmas / nas folhas em pauta /
me reencosto à Lua.”
Ler POSTIGOS é opção dentro da poesia, para quem gosta de desafios. É também estar na companhia de Cecília Meireles, “... com teus lábios danço / tombo páginas / e me reescrevo luares em clara idades...”, e de Gullar, “... em minhas mãos / giros de folhas / retocam a face do tempo...”. O livro se divide entre os Postigos Naturais e os Postigos Lunares, juntamente com poetas convidados, versando com o livro e com Vidráguas, onde revelam a força da poesia de Carmen Sílvia Presotto.
“Entre / o fim e o serei / está o é / - flor umedecida d’eus - /
desensimesmando-se por viver...”