Desejos de amor
Nossos caminhos se cruzaram! Era madrugada de uma noite calma e perfeita de uma quase primavera!
Achamo-nos de repente e não mais conseguimos segurar;
- O que foi feito de nós?
Só a voz fazia - nos tremer. Assim, ao acaso
um caso começar a acontecer.
Entrega total, doação surreal para um casal sozinho,
sem ninho que no percurso desse caminho, buscava pouso, alento e um momento para acontecer
Um sonho de amor nos aguardava na longa e infinita estrada.
Os nossos corações passaram a pulsar em meio à madrugada
que prometia em nós dois. Coisas de almas que se doam,
sem que, ao menos, percebessemos que de repente,
estaríamos apaixonados, ao primeiro toque ao primeiro
balbuciar; - Vemm!!!
Eram diários nossos encontros e desencontros.
Preces pareciam não surtirem efeito, ficando o feito sempre ao acaso.
Envolvemo-nos e delimitamos o ilimitável.
Toques pungentes, constantes fortes, às vezes suaves,
às vezes em cortes; ceifavam nossos desastrosos desencontros.
O ciúme e a nossa abnegação, em nos doarmos, sem sabermos,
verdadeiramente quem éramos, deixava-nos apenas um enovelado de sensações,
onde ritmos frenéticos em copular e sentirmos o coração pulsar eram torturantes,
efusivos! Adoecemos de amor; - paixão e incontida excitação
que nos queimava por dentro. Era conquista, era fracasso,
renúncia, penúria, laços... Um duelo diário em um campanário
onde ao som de sinos mágicos, nosso prazer era contemplado
com a luz de uma lua morna no céu que incidia sobre nós.
Arpejos de corações em catarse!
Comungávamos nossas metades inteiras rotineiramente,
estávamos distantes, _ mesmo sem acreditar estar!
Não havia o ruim nem pra você nem pra mim,
tudo era entrega tudo era “sim”!
Nossos atos surgiam em autos-retratos que aturdiam
a convulsão de um desejo desmedido e leviano; - Insano!
Éramos um poço profundo de um mundo inserido no próprio mundo
de divagações, de entrega e alucinação!
Devassidão de almas expostas, à mostra do imaginário.
O crepúsculo do dia surgia e nós, adormecíamos juntos.
Nossos corpos cansados da entrega do frenesi, dormentes,
anestesiados, extasiados, muito mais ainda queriam acontecer,
até não mais se pertencerem; - éramos escravos do prazer!
Não conseguíamos descansar enquanto não nos tocássemos
mesmo que na imaginação dos distantes quilômetros que nos separavam.
Assim, era o nosso presente, uma preparação pro futuro!
Uma constatação; _ era amor sem pudor!
Um ardente querer ao administrar o poder do toque sem tocar.
Era o delimitar “do imaginar”! Muito mais que um conto de fadas.
Ninguém entende! Só entende quem sentiu ou passou o que passamos.
Loucura ou não, faz parte de nossa história, escrita com nossas próprias mãos.
Mesmo que os anos se passem, estará lá, em algum lugar,
na memória de nossas almas, que hoje calmas, ou, ainda agitadas
a se procurarem, quem poderá afirmar...
Vivenciam outras provações. - Passou? - Não sei!
O que sei é que foi real, foi paranoico e anormal, mas... Existiu em nós!
Sim existiu em nós! - Isso, não há como apagar!
Edna Fialho Escrito em 16/12/2008
Pílulas do Romance que escrevo.
Nossos caminhos se cruzaram! Era madrugada de uma noite calma e perfeita de uma quase primavera!
Achamo-nos de repente e não mais conseguimos segurar;
- O que foi feito de nós?
Só a voz fazia - nos tremer. Assim, ao acaso
um caso começar a acontecer.
Entrega total, doação surreal para um casal sozinho,
sem ninho que no percurso desse caminho, buscava pouso, alento e um momento para acontecer
Um sonho de amor nos aguardava na longa e infinita estrada.
Os nossos corações passaram a pulsar em meio à madrugada
que prometia em nós dois. Coisas de almas que se doam,
sem que, ao menos, percebessemos que de repente,
estaríamos apaixonados, ao primeiro toque ao primeiro
balbuciar; - Vemm!!!
Eram diários nossos encontros e desencontros.
Preces pareciam não surtirem efeito, ficando o feito sempre ao acaso.
Envolvemo-nos e delimitamos o ilimitável.
Toques pungentes, constantes fortes, às vezes suaves,
às vezes em cortes; ceifavam nossos desastrosos desencontros.
O ciúme e a nossa abnegação, em nos doarmos, sem sabermos,
verdadeiramente quem éramos, deixava-nos apenas um enovelado de sensações,
onde ritmos frenéticos em copular e sentirmos o coração pulsar eram torturantes,
efusivos! Adoecemos de amor; - paixão e incontida excitação
que nos queimava por dentro. Era conquista, era fracasso,
renúncia, penúria, laços... Um duelo diário em um campanário
onde ao som de sinos mágicos, nosso prazer era contemplado
com a luz de uma lua morna no céu que incidia sobre nós.
Arpejos de corações em catarse!
Comungávamos nossas metades inteiras rotineiramente,
estávamos distantes, _ mesmo sem acreditar estar!
Não havia o ruim nem pra você nem pra mim,
tudo era entrega tudo era “sim”!
Nossos atos surgiam em autos-retratos que aturdiam
a convulsão de um desejo desmedido e leviano; - Insano!
Éramos um poço profundo de um mundo inserido no próprio mundo
de divagações, de entrega e alucinação!
Devassidão de almas expostas, à mostra do imaginário.
O crepúsculo do dia surgia e nós, adormecíamos juntos.
Nossos corpos cansados da entrega do frenesi, dormentes,
anestesiados, extasiados, muito mais ainda queriam acontecer,
até não mais se pertencerem; - éramos escravos do prazer!
Não conseguíamos descansar enquanto não nos tocássemos
mesmo que na imaginação dos distantes quilômetros que nos separavam.
Assim, era o nosso presente, uma preparação pro futuro!
Uma constatação; _ era amor sem pudor!
Um ardente querer ao administrar o poder do toque sem tocar.
Era o delimitar “do imaginar”! Muito mais que um conto de fadas.
Ninguém entende! Só entende quem sentiu ou passou o que passamos.
Loucura ou não, faz parte de nossa história, escrita com nossas próprias mãos.
Mesmo que os anos se passem, estará lá, em algum lugar,
na memória de nossas almas, que hoje calmas, ou, ainda agitadas
a se procurarem, quem poderá afirmar...
Vivenciam outras provações. - Passou? - Não sei!
O que sei é que foi real, foi paranoico e anormal, mas... Existiu em nós!
Sim existiu em nós! - Isso, não há como apagar!
Edna Fialho Escrito em 16/12/2008
Pílulas do Romance que escrevo.