O SÍMBOLO PERDIDO
Engendrar um enredo amontoado de mistérios e utilizando a simbologia, além dos inúmeros segredos inerentes à Maçonaria, entre outros tópicos de difícil e camuflado entendimento não é tarefa para qualquer um. Há que se ter conhecimento das matérias enfocadas, pesquisar com muita atenção e cuidado cada assunto sobre o qual se fala e ser mestre na arte de manejar as palavras para aplicá-las da forma mais adequada e equilibrada possível. O escritor Dan Brown, como sempre, tira de letra e sem grandes esforços esse árduo e complicado objetivo. E faz de O Símbolo Perdido uma obra com todos os ingredientes de ótimo thriller transbordando de cenas espetaculares e apoteóticas que vão emocionar e deixar em suspense a alma dos leitores.
Cada página desse livro é um misto de ansiedade, medo e desespero. Uma mão decepada sangrando em pleno Capitólio dos Estados Unidos sob o testemunho de vários visitantes horrorizados, a corrida pela vida em perigo, as incertezas com que nos deparamos em um a um dos parágrafos, tudo nos conduz ao emaranhado de pistas desencontradas, mortes horrendas, perseguições mirabolantes e um furacão de suspense cujas possibilidades e desvios abismais confunde o leitor e o faz querer avançar mais na história para terminar logo com a crescente ansiedade.
O vilão Mal'akh, cruel, arrogante, descarado, impiedoso, frio e desumano, desencadeia uma série de catástrofes sanguinária que desperta o alto interesse até da própria CIA, aumentando o drama e provocando inúmeras expectativas. Tudo se oculta ao conhecimento de Robert Langdon, os códigos, as mensagens cifradas na pirâmide encontrada nas profundezas do Capitólio, símbolos elaborados por Isacc Newton, as imagens, estátuas, enfim, vendo-se o professor e simbologista, então, quase impotente para solucionar o impasse a tempo de salvar a vida do amigo Peter Salomon. A corrida é contra o tempo cronometrado minuciosamente pelo assassino que o sequestrou
Próximo ao desfecho, as revelações vão surgindo ao mesmo tempo que as mortes, o pânico envolvendo os personagens divididos entre edifícios e monumentos dos Estados Unidos. Mal'akh está disposto a continuar matando para alcançar seus objetivos, e fará isso sem qualquer remorso. O autor preparou um impensado final quase apocalíptico, que é surpreendente e por demais chocante. Para quem deseja emoções, suspense e não tem problema de arritmia cardíaca, O Símbolo Perdido é obra de primeira linha.