o mundo em que vivemos é um extenso território que nos manda informações. Essas informações são captadas pelos nossos sistemas sensores (visuais, auditivos e cinestésicos) que os levam para o cérebro, onde são representados através de códigos neurolinguísticos. ( Imagens, sons, sensibilidades). Essas representações são processadas por “filtros” que temos em nossa mente ( generalização, distorção, cancelamento). Desse processamento sai um “mapa” que é a nossa percepção a respeito da informação. Conforme percebemos, respondemos.
Assim, o que pensamos saber a respeito de uma experiência dos nossos sentidos não é totalidade de informações que ela encerra. Quer dizer: a nossa sabedoria a respeito de qualquer evento do mundo real é apenas uma parte dele, ou seja, um “mapa”, ou resumo que a mente faz dele. Se os fatos puros da vida são reduzidos dessa forma quando são processados pela mente, o que se pode dizer quando ela está se põe a processar conceitos? Como você representa para si mesmo os conceitos de bondade, verdade, honestidade, felicidade, ética, etc. De certo você terá suas próprias representações mentais desses conceitos. Outras pessoas farão diferentes idealizações. Será possível distinguir quem os representou mais fielmente? Impossível, pois todos estarão rigorosamente certos, cada um dentro do seu próprio mapa de mundo.
Aprendendo a filtrar o mundo
Dessa forma se percebe a importância de aprendermos a filtrar o mundo que entra em nossas mentes. Isso nos mostra também que podemos criar para nós mesmo um mundo de altíssima qualidade de vida , desde que saibamos formatar modelos internos que nos ofereçam maior variedade de escolhas com melhor qualidade nas respostas.
É nisso que a PNL, como disciplina, pode nos ajudar. Afinal, se a qualidade das nossas ações depende dos nossos modelos internos então é fácil concluir que se eles forem pobres em opções de resposta, medíocre também será o nosso desempenho perante a vida. Nesse postulado está também presente a velha sabedoria dos sábios da antiguidade: o que está fora é igual ao que está dentro, diziam eles, ou seja, o mundo que construímos fora de nós é retrato do mundo que construímos dentro de nós. Fica mais fácil entender esse postulado se dissermos que ninguém pode ter sucesso na vida se não tiver um forte sentimento de autoconfiança dentro de si; e ninguém adquire autoconfiança agasalhando crenças e valores limitantes. Destarte, fracasso gera fracasso e sucesso gera sucesso. Essa é a corrente de feedback que alimenta o nosso aprendizado: um circuito intermitente de informações que vai de fora para dentro e de dentro para fora de nossas mentes, simultaneamente, modelando nossas personalidades. A autoconfiança aumenta com os bons resultados e os bons resultados nos ensinam a fazer cada vez melhor.
Não é o mundo em que vivemos que é pobre e cheio de dificuldades. E não é nele que se encontra a verdadeira causa da pobreza, da infelicidade e das desgraças que atingem a vida das pessoas. A razão de termos que conviver com esses hóspedes indesejáveis está no modelo de mundo que nós construímos em nossas mentes. As pessoas que parecem não encontrar nenhum caminho na vida são aquelas que têm dificuldade de ver, ouvir, ou sentir as possibilidades de sucesso. Seus modelos de mundo são tão pobres em opções de resposta que tudo que salta perante seus olhos, ou é sussurrado aos seus ouvidos ou se apresenta perante seus sentidos prioceptivos são barreiras e dificuldades. Em suas mentes os muros são intransponíveis, as montanhas imensamente altas, o frio e o calor demasiadamente intensos, as distâncias incrivelmente longas.
A PNL oferece às pessoas uma forma diferente de ver, ouvir e sentir o mundo, o que quer dizer que ela convida seus praticantes a filtrá-la de acordo com certos pressupostos. Alguns desses pressupostos são estruturas de pensamento que nos dizem como devemos encarar os desafios que a vida nos apresenta. Eles podem ser resumidos em algumas atitudes práticas, como por exemplo:
1. Não computar os desafios que a vida nos coloca como problemas a serem resolvidos, mas como resultados a serem atingidos. Isso significa pensar no que as pessoas (você inclusive) querem, nos recursos necessários para essa realização e como usá-los para atingir esses resultados. As perguntas que devem ser feitas nesse caso são: Para quem fazer isso? Como fazer isso? Por que fazer isso? Quando fazer isso? Onde fazer isso?
2. Não computar maus resultados como fracassos, mas sim como elementos de aprendizagem. Pensar que a nossa experiência fracassou poderá nos constranger a não repeti-la nunca mais. Mas se considerarmos que tivemos apenas um mau resultado poderemos reorientar o processo e corrigir as distorções. Mau resultado pode ser tratado como informação útil, mas a idéia do fracasso é uma sentença de morte para a nossa motivação. Algumas perguntas que podem ser feitas nesse caso são: O que foi conseguido com isso? O que faltou para a realização desse objetivo? Quais os recursos eu precisam ser providenciados para uma nova tentativa? Quais as novas estratégias que podem ser utilizadas?
3. Não perguntar por que as coisas acontecem, mas sim, como acontecem. Isso nos ajuda a entender a natureza dos problemas ao invés de levar a nossa mente a ficar procurando justificativas e razões para o fato das coisas não acontecerem como queremos. Se soubermos como elas acontecem, temos uma chance de modificar o processo numa nova tentativa, fazendo-as de modo diferente.
4. Adotar um modelo aberto de pensamento que inclua muita curiosidade, fascinação e flexibilidade na forma de ver o mundo. Com isso estamos convidando você a adotar uma atitude extremamente receptiva a todas as informações que recebe. Mais que isso, a aprender a recepcioná-las com o espírito de uma criança: fascinada com o que vê, ouve e sente, mas de forma alguma assustada com isso. O que isso pode me ensinar? Onde, como e quando isso pode me ser útil? Essas são perguntas que podem ser feitas nesse caso.
Exercício
1- Sente-se em uma poltrona confortável e relaxe. Calibre a respiração, respirando profundamente com o abdome durante uns dois minutos.
2- Pense em uma experiência vivida, que lhe tenha trazido muita alegria e satisfação. Por exemplo: o dia do seu casamento, ou formatura, uma festa na qual você tenha se divertido muito, o momento em que você foi escolhido para aquele emprego que tanto queria etc. Feche os olhos e imagine que está vivendo essa experiência justamente agora. Procure realmente ficar associado à cena feliz, isto é, vivendo-a realmente, e não como mero observador dela.
3- Pesquise a representação mental que você faz desse acontecimento. Como ela está gravada em sua mente? Tem cores fortes, com luminosidade e brilho intensos, ou aparece em preto e branco, opaca e difusa? Como é essa cena? Grande, nítida? Aparece em uma tela plana, com ou sem moldura? Identifique as características visuais dessa cena e passe depois aos sons. Verifique se são graves ou agudos, suaves ou estridentes, modulados ou contínuos. Pesquise a intensidade, o timbre, a duração, a ressonância, a fonte de onde ele emana. Anote todas as informações sonoras que você puder obter. Faça a mesma pesquisa com as informações cinestésicas que a cena lhe dá. Verifique a temperatura ambiente, a textura dos objetos, o movimento as dimensões dos objetos, suas formas etc. Localize em que lugar do corpo ela parece se alojar.
4- Levante-se, ande um pouco, quebre o estado.
5- Volte á poltrona, sente-se novamente, relaxe.
6- Vá para dentro de si outra vez, mas agora procurando vivenciar uma experiência que lhe traz lembranças e sensações desagradáveis. Não escolha experiências que lhe tenham provocado sentimentos de extrema angústia, medo, ódio ou perigo. Tais experiências tendem a monopolizar a mente por inteiro e impedem que ela possa observar seus próprios processos. Escolha uma experiência de média intensidade emocional.
7- Pesquise os códigos neurolinguísticos com os quais ela foi registrada em sua mente, ( visuais, auditivos e cinestésicos), da mesma forma como fez com a experiência feliz.
8- Levante-se, ande um pouco, quebre o estado.
9- Agora volte para a poltrona e relaxe novamente.
10- Pense novamente na situação que o aborreceu. Quando se sentir associado a ela ( sentindo-a realmente), vá substituindo os códigos neurolingüísticos da experiência desagradável pelos códigos da experiência feliz. Ponha nela as cores, o brilho e a luminosidade, da experiência feliz, na experiência infeliz.
11- Faça a mesma coisa com os sons e com as cinestesias, passando para a experiência infeliz os códigos neurolingüísticos sonoros e cinestésicos da experiência feliz. Quando tiver remontado a experiência com os novos códigos, ancore-a com um toque em algum lugar do seu corpo.
12- Levante-se, ande um pouco, quebre o estado.
13- Toque naquele lugar do corpo onde você ancorou a experiência remontada. O que é que mudou nos seus sentimentos a respeito dessa experiência infeliz?
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DO LIVRO ´Á PROCURA DA MELHOR RESPOSTA"- ED. 24X7, SÃO PAULO, 2009
Assim, o que pensamos saber a respeito de uma experiência dos nossos sentidos não é totalidade de informações que ela encerra. Quer dizer: a nossa sabedoria a respeito de qualquer evento do mundo real é apenas uma parte dele, ou seja, um “mapa”, ou resumo que a mente faz dele. Se os fatos puros da vida são reduzidos dessa forma quando são processados pela mente, o que se pode dizer quando ela está se põe a processar conceitos? Como você representa para si mesmo os conceitos de bondade, verdade, honestidade, felicidade, ética, etc. De certo você terá suas próprias representações mentais desses conceitos. Outras pessoas farão diferentes idealizações. Será possível distinguir quem os representou mais fielmente? Impossível, pois todos estarão rigorosamente certos, cada um dentro do seu próprio mapa de mundo.
Aprendendo a filtrar o mundo
Dessa forma se percebe a importância de aprendermos a filtrar o mundo que entra em nossas mentes. Isso nos mostra também que podemos criar para nós mesmo um mundo de altíssima qualidade de vida , desde que saibamos formatar modelos internos que nos ofereçam maior variedade de escolhas com melhor qualidade nas respostas.
É nisso que a PNL, como disciplina, pode nos ajudar. Afinal, se a qualidade das nossas ações depende dos nossos modelos internos então é fácil concluir que se eles forem pobres em opções de resposta, medíocre também será o nosso desempenho perante a vida. Nesse postulado está também presente a velha sabedoria dos sábios da antiguidade: o que está fora é igual ao que está dentro, diziam eles, ou seja, o mundo que construímos fora de nós é retrato do mundo que construímos dentro de nós. Fica mais fácil entender esse postulado se dissermos que ninguém pode ter sucesso na vida se não tiver um forte sentimento de autoconfiança dentro de si; e ninguém adquire autoconfiança agasalhando crenças e valores limitantes. Destarte, fracasso gera fracasso e sucesso gera sucesso. Essa é a corrente de feedback que alimenta o nosso aprendizado: um circuito intermitente de informações que vai de fora para dentro e de dentro para fora de nossas mentes, simultaneamente, modelando nossas personalidades. A autoconfiança aumenta com os bons resultados e os bons resultados nos ensinam a fazer cada vez melhor.
Não é o mundo em que vivemos que é pobre e cheio de dificuldades. E não é nele que se encontra a verdadeira causa da pobreza, da infelicidade e das desgraças que atingem a vida das pessoas. A razão de termos que conviver com esses hóspedes indesejáveis está no modelo de mundo que nós construímos em nossas mentes. As pessoas que parecem não encontrar nenhum caminho na vida são aquelas que têm dificuldade de ver, ouvir, ou sentir as possibilidades de sucesso. Seus modelos de mundo são tão pobres em opções de resposta que tudo que salta perante seus olhos, ou é sussurrado aos seus ouvidos ou se apresenta perante seus sentidos prioceptivos são barreiras e dificuldades. Em suas mentes os muros são intransponíveis, as montanhas imensamente altas, o frio e o calor demasiadamente intensos, as distâncias incrivelmente longas.
A PNL oferece às pessoas uma forma diferente de ver, ouvir e sentir o mundo, o que quer dizer que ela convida seus praticantes a filtrá-la de acordo com certos pressupostos. Alguns desses pressupostos são estruturas de pensamento que nos dizem como devemos encarar os desafios que a vida nos apresenta. Eles podem ser resumidos em algumas atitudes práticas, como por exemplo:
1. Não computar os desafios que a vida nos coloca como problemas a serem resolvidos, mas como resultados a serem atingidos. Isso significa pensar no que as pessoas (você inclusive) querem, nos recursos necessários para essa realização e como usá-los para atingir esses resultados. As perguntas que devem ser feitas nesse caso são: Para quem fazer isso? Como fazer isso? Por que fazer isso? Quando fazer isso? Onde fazer isso?
2. Não computar maus resultados como fracassos, mas sim como elementos de aprendizagem. Pensar que a nossa experiência fracassou poderá nos constranger a não repeti-la nunca mais. Mas se considerarmos que tivemos apenas um mau resultado poderemos reorientar o processo e corrigir as distorções. Mau resultado pode ser tratado como informação útil, mas a idéia do fracasso é uma sentença de morte para a nossa motivação. Algumas perguntas que podem ser feitas nesse caso são: O que foi conseguido com isso? O que faltou para a realização desse objetivo? Quais os recursos eu precisam ser providenciados para uma nova tentativa? Quais as novas estratégias que podem ser utilizadas?
3. Não perguntar por que as coisas acontecem, mas sim, como acontecem. Isso nos ajuda a entender a natureza dos problemas ao invés de levar a nossa mente a ficar procurando justificativas e razões para o fato das coisas não acontecerem como queremos. Se soubermos como elas acontecem, temos uma chance de modificar o processo numa nova tentativa, fazendo-as de modo diferente.
4. Adotar um modelo aberto de pensamento que inclua muita curiosidade, fascinação e flexibilidade na forma de ver o mundo. Com isso estamos convidando você a adotar uma atitude extremamente receptiva a todas as informações que recebe. Mais que isso, a aprender a recepcioná-las com o espírito de uma criança: fascinada com o que vê, ouve e sente, mas de forma alguma assustada com isso. O que isso pode me ensinar? Onde, como e quando isso pode me ser útil? Essas são perguntas que podem ser feitas nesse caso.
Exercício
1- Sente-se em uma poltrona confortável e relaxe. Calibre a respiração, respirando profundamente com o abdome durante uns dois minutos.
2- Pense em uma experiência vivida, que lhe tenha trazido muita alegria e satisfação. Por exemplo: o dia do seu casamento, ou formatura, uma festa na qual você tenha se divertido muito, o momento em que você foi escolhido para aquele emprego que tanto queria etc. Feche os olhos e imagine que está vivendo essa experiência justamente agora. Procure realmente ficar associado à cena feliz, isto é, vivendo-a realmente, e não como mero observador dela.
3- Pesquise a representação mental que você faz desse acontecimento. Como ela está gravada em sua mente? Tem cores fortes, com luminosidade e brilho intensos, ou aparece em preto e branco, opaca e difusa? Como é essa cena? Grande, nítida? Aparece em uma tela plana, com ou sem moldura? Identifique as características visuais dessa cena e passe depois aos sons. Verifique se são graves ou agudos, suaves ou estridentes, modulados ou contínuos. Pesquise a intensidade, o timbre, a duração, a ressonância, a fonte de onde ele emana. Anote todas as informações sonoras que você puder obter. Faça a mesma pesquisa com as informações cinestésicas que a cena lhe dá. Verifique a temperatura ambiente, a textura dos objetos, o movimento as dimensões dos objetos, suas formas etc. Localize em que lugar do corpo ela parece se alojar.
4- Levante-se, ande um pouco, quebre o estado.
5- Volte á poltrona, sente-se novamente, relaxe.
6- Vá para dentro de si outra vez, mas agora procurando vivenciar uma experiência que lhe traz lembranças e sensações desagradáveis. Não escolha experiências que lhe tenham provocado sentimentos de extrema angústia, medo, ódio ou perigo. Tais experiências tendem a monopolizar a mente por inteiro e impedem que ela possa observar seus próprios processos. Escolha uma experiência de média intensidade emocional.
7- Pesquise os códigos neurolinguísticos com os quais ela foi registrada em sua mente, ( visuais, auditivos e cinestésicos), da mesma forma como fez com a experiência feliz.
8- Levante-se, ande um pouco, quebre o estado.
9- Agora volte para a poltrona e relaxe novamente.
10- Pense novamente na situação que o aborreceu. Quando se sentir associado a ela ( sentindo-a realmente), vá substituindo os códigos neurolingüísticos da experiência desagradável pelos códigos da experiência feliz. Ponha nela as cores, o brilho e a luminosidade, da experiência feliz, na experiência infeliz.
11- Faça a mesma coisa com os sons e com as cinestesias, passando para a experiência infeliz os códigos neurolingüísticos sonoros e cinestésicos da experiência feliz. Quando tiver remontado a experiência com os novos códigos, ancore-a com um toque em algum lugar do seu corpo.
12- Levante-se, ande um pouco, quebre o estado.
13- Toque naquele lugar do corpo onde você ancorou a experiência remontada. O que é que mudou nos seus sentimentos a respeito dessa experiência infeliz?
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DO LIVRO ´Á PROCURA DA MELHOR RESPOSTA"- ED. 24X7, SÃO PAULO, 2009