""NEUROSE LER SEIS - SCHOPENHAUER ""

     "A VIDA DE TODO HOMEM OSCILA ENTRE A DOR E O FASTIO - O MUNDO COMO VONTADE E REPRESENTAÇÃO. - SCHOPENHAUER - pág 78"

     " O IDÍLIO NÃO PODE PERMANECER COMO PURO IDÍLIO, - IDEM, pag 84 "

     " NÃO SE APRENDE A QUERER - IBIDEM, pág 144 "

     Sim, descobri o Niilismo que Nietzsche tanto fala, encontrei sua fonte, todo o livro de Schopenhauer O Mundo Como Vontade e Representação (*) é simplesmente resumido em seu último capítulo " O NADA, pags 196 a 198. Somos apenas uma ilusão, um nada, um mero jogo da natureza, um joguete da "Vontade", que á a única verdade da natureza.
     O Filosofo disseca a vida do homem, como um mero acaso, tanto faz os nossos sofrimentos, nossas dores, nossos amores, é tudo um drama para que a vida permaneça, e a vida se sustenta no "Querer Viver", " A coisa em si" que tanto Kant fala.
     "Querer viver", essa é a materia da vontade, tudo é feito neste sentido, e a natureza é perfeita, simples e metódica, vida e morte são apenas processo, por isso Schopenhauer nos classifica apenas como um "Fenômeno", apenas mais um da natureza.
     O "Querer Viver" se sustentra tanto da morte como da vida, para ele isso é mero acaso, pois o que vale é o conjunto, assim como você estirpa um rim para manter a saúde do corpo, do organismo ao todo, a Vontade estirpa aquilo que para ela já desempenhou seu papel. Manter a vida, essa é a única função da "Vontade".
     Essa "Vontade" livre, sem preconceito, sem remorço, age sempre com um único objetivo, manter-se como é, e repetir eternamente o ato. Então somos obras do acaso, nossa vida não e mais importante para o "Querer viver", que a vida de um molusco uma formiga, uma baleia, tudo é regido pela "Vontade", onde há vida há "Vontade".
     A vida é um eterno sofrer justamente por que essa "Vontade" nunca se satisfaz, é um axioma, quando ela se satisfazer a vontade deixa de exisiter, e deixa de querer, de "Querer Viver".
     O homem como "Fenômeno" luta desesperadamente para fugir dessa verdade, mas ela o persegue em cada ato, em cada fato de sua existência. A única maneira de vencer essa ânsia, essa, dor é o conhecimeto, mas mesmo esse conhecimento pode ser interpetado, usado, ou mesmo dissimulado para outros motivos, uma vez que muitos poucos destes seres estão preparados para entender esse "Cohecimento" e a efemeridade desta vida. Assim se criam os egoístas, os sábios, os filósofos, os bons e os maus, tudo depende de como o homem interpreta esse "Conhecimento" e o usa. Mas atrás de tudo isso está a "Vontade", soberana, livre, desempedida, dissimulada e eficaz.
      Em cada ser - "Fenômeno" ela age de forma diferente, mas seu objetivo é sempre mesmo, manter-se a si mesma, o "Querer Viver" sempre, e não importa o quanto isso é repetitivo, importa sim é manter a ânsia da vida. Todos nós temos essa ânsia que se divide em várias formas, funções, meios de se chegar, se chegar ao "Nada".
     Amor, ódio, fé, devoção, entrega, submissão, brutalidade e etc, são todas formas maquiadas de um único objetio da "Vontade", sempre impulsionando o "Querer viver", essa "Coisa em Sí", que está em todos nós, mas que se completa na coletividade, e nós assim como para as sociedades que somos apenas peças de um processo, somos também para a "Vontade", "Fenômemos" e não indivíduos com uma individuação que acreditamos possuir.
     Intuitivamente sabemos disso, por isso criamos ídolos, deuses, e hérois para tentarmos fugir de um niilismo que estamos negando a cada dia, a cada hora, a cada segundo, mas no fundo sabemos que é uma luta inglória e que a morte vai fazer exatamente aquilo que sempre queremos impedir, nosso aniquilamento como individuos, para voltarmos a ser apenas mais uma fenômemo extinto na eterna ânsia da "Vontade", mas sem antes deixarmos nossa semente, para que em termos patéticos sejamos eternamente perpetuados pelas nossas descendência, mas isso também é uma artimanha da "Vontade', e assim o "Querer Viver" se perpetua pelos séculos.
     Triste sina nossa, somos apenas mais uma travessura da natureza, para alguns algo incombebível, mas para outros pode ser a suprema liberdade...
     Eu faço parte do segundo grupo, mas podemos debater isso...


     OBS: _Resenha, resumo e comentários pessoal do livro "O Mundo Como Vontade e Representação do Filósofo Arthur Schopenhauer, da Coleção Edições de Ouro da Editora Tecnopint, 212 pág.
           _ A capa do livro que li não é essa, mas não a encontrei ainda.
BardoMineiro
Enviado por BardoMineiro em 12/07/2010
Reeditado em 12/07/2010
Código do texto: T2373250
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