"Meudeus" de Elvis Lozeiko


Lançamento

Elvis Lozeiko, repórter, colunista e editor do Evolução e com participação no EvoluAção, no dia 16, uma quarta-feira, às 11:30, no Rancho do Mendonça, recebe autoridades, imprensa e prefaciadores para apresentação do seu primeiro livro, "Meudeus".

A edição que será lançada oficialmente para o público no dia 19, sábado, a partir das 14:00, na praça Getulio Vargas, com tarde de autógrafos, tem 94 páginas e é composta por contos, crônicas e poesias.

Elvis, que já é autor de vários ensaios, obteve subsídio do Edital de Apoio às Artes do Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura de São Bento do Sul (Simdec) e o selo da Editora Nova Letra.

Tive a honra e com emoção aceitei ser um dos prefaciadores do livro.



Prefácio



Sinto-me honrado em prefaciar o lançamento do primeiro livro do jovem colunista do Jornal Evolução, Elvis Lozeiko, emérito escritor, poeta e cronista de São Bento do Sul,SC.

Criatura sempre atenta aos fatos aparentemente banais do cotidiano, que afeta de alguma maneira todos nós, não lhe passam despercebidos os acontecimentos sociais, políticos, esportivos e culturais.

Sua obra, intitulada: “Meudeus”, de agradável conteúdo, nos leva à uma viagem emocionante através da leitura de temas e versos maravilhosos.

A indignação com as desigualdades sociais manifestada em algumas crônicas e poesias, não interfere nas suas bucólicas narrativas, lembranças cheias de emoção submergidas de águas passadas, fruto do encantamento de um menino do interior, alma ingênua, alfinetada porém pelo mundo diverso e muitas vezes cruel que nos cerca.

“O pensamento e a loucura são nossas válvulas de escape.” (em Mamãe tinha razão)

 “Semente abandonada na falta deste chão.

Apesar disso tudo, você não desistiu.

E quando nasce o vento, o céu tem mais razão.
E quando a chuva falta, não há celebração.”
- “São nuvens de esperança que vão lhe prometer.
Apesar disso tudo, você não desistiu” (em Nuvens de esperança)

Em “Para sempre cemitério” o autor lança seus magníficos versos exaltando o campo santo imperial da Estrada da Serra , o mais antigo de nossa terra natal:
“Ninguém fala em morte - porque quer viver.” 
- “O pó, tão concreto quanto as velas;
A cinza, tão leve quanto o céu;
E o além, tão neutro quanto além,”
–“ O que tocas hoje, amanhã padecerá.
Nem com lua cheia ou com sol forte.
A germinação da semente impedirá.
Que o adubo humano germine.
E que da germinação surja a esperança.”

A pena do escritor, qual cinzel rasgando o lenho, lança proféticas palavras nas páginas amarelecidas do livro da vida:
“ A carne, objetivo tão respeitado; Agora apodrece por ser finita.
Nem teu cheiro ostentará atração, Nem tua honra valerá perdão:O que tocas hoje, amanhã padecerá.”(em Romênia revisitada)

“Neste momento de chuva de pedra, Em que amizades são incineradas,
Em que almas são vendidas,
Encontro lembrança em qualquer lugar
- Provavelmente nos confins da ilusão.
Neste momento de fé corroída e sem cor,
Em que o homem corrompe e é corrompido,
Em que o pântano é de cofres e concretos,
Encontro a criança pedindo esmola
- Repetidamente no mesmo cruzamento.” (em Bomba-relógio)

Romântico e sonhador, um apaixonado pela vida, verseja sobre o sublime sentimento do amor:
“Meu anjo, você é um muro.
Por isso quero ficar em cima,
Protegido da tempestade,
Vendo a cidade em chamas.” (em O anjo e o muro)

“Em seu batom, repousa toda a poesia,
Praticamente perfumada por lábios grossos,
Definitivamente enfeitada por cílios avessos.
Tão linda que dá raiva não tê-la,” (em Especialíssima)

“Quem nunca sofreu por amor nunca foi credor,
Nunca mereceu sereias postas, nem areias brancas,
Muito menos paisagens no coração ou na alma.” (em Desaparecida)

Peregrina também pelo surreal como nômade na imensidão azul:
“Uma âncora sai dessa alma incolor
E foge de novo do velho esplendor.
A paz duradoura, do tempo, da luz, Maltrata, esnoba, expulsa e seduz.” (em Capitania dos portos)

Crônicas e contos urbanos deliciam o leitor com narrativas sensuais, lúdicas e bem humoradas de aventuras vivenciadas ou imaginárias:
“A serraria e a olaria”
“Gato (quase) enforcado”
“A natureza é um bálsamo”
“Os 10%”
“São Francisco do Sul” e tantas outras.

Como cronista conceituado e irreverente, publica algumas sátiras interessantes:
“Tapetes, sujeiras, políticos...”
“Ricos e cansados”
“Pecado capital”
“Um senhor respeitável” e outras...

Grato Elvis Lozeiko, meu amigo em poder partilhar de alguma forma de seus pensamentos, idéias e sentimentos transcritos de forma genial em seu livro.

Muito apropriado seu verso no poema “Papel e caneta”:
” Um dia descobri que poeta era - poeta sou, embora em outra Era.”

Transcrevo alguns versos para ratificar minha opinião:
“Nobre poeta a encantar o mundo, com seus versos inesquecíveis, faz da vida um cantar profundo, faz do canto as alegrias possíveis.” (Maurélio Machado)

“Meudeus” é um livro deveras marcante, um mosaico para maravilhar  múltiplos olhares.

Maurélio Machado – Poeta amador –

www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=2649
 
 
 Do Jornalista Pedro Alberto Skiba do Jornal Evolução:

Elvis e "Meudeus"
Agora oficialmente como escritor e poeta, nosso colega Elvis Lozeiko confirmou todo seu talento com
o pré-lançamento do seu primeiro livro, intitulado "Meudeus". Como poucos, Elvis deve estar muito feliz e realizado já nesta sua primeira empreitada - pelo prestigiamento de toda a imprensa local e inclusive de fora, coisa rara e que merece registro - e que o deve ter deixado muito envaidecido. Presenças também do prefeito Magno Bollmann, vice Flávio Schuhmacher e do presidente da Fundação Cultural, Pedro Machado de Bitencourt, além dos prefaciadores Maurélio Machado e do presidente de Academia Parano-Catarinense de Letras, Fídias Teles.
Lançamento para o público acontecerá amanhã, das 14:00 às 18:00, na Praça Getúlio Vargas, onde o autor autografará sua obra.