O Que é Criatividade e a personalidade criativa
Livro resenhado: Criatividade, Capítulo 1: O Que é Criatividade, a personalidade criativa, criatividade como conjunto de habilidades cognitivas, a identificação dos indivíduos criativos
Autor: Eunice M.L.Soriano de Alencar
Resenhista: Onã Silva
Esta resenha destaca dois aspectos, de grande relevância, discutidos pela autora: a personalidade criativa e a criatividade como conjunto de habilidades cognitivas.
Ao enfocar a personalidade criativa a autora reporta-se aos primeiros empreendimentos científicos que identificaram e descreveram os traços da personalidade criativa, como as pesquisas de Mackinnom (1965, 1967, 1975) que distinguiram arquitetos mais criativos através de características como: flexibilidade cognitiva, persistência e dedicação ao trabalho, pensamento independente, maior abertura às experiências, à ambigüidade e aos interesses não convencionais; e os estudos de Barron (1969) com diversos profissionais e inclusive com mulheres mais criativas, identificando-os como intuitivos e espontâneos, mais tolerantes à desordem e à complexidade, abertos aos impulsos e fantasias, dotados de alto grau de energia - esta pesquisa destacou ainda traços inerentes aos escritores e artistas distintos dos outros sujeitos, como fantasia, originalidade, experiências místicas e inusitadas.
Pesquisas posteriores atinentes à personalidade criativa apresentaram resultados símiles àqueles encontrados na investigação de Barron. Ou seja, os aspectos que distinguem os sujeitos mais criativos são autoconfiança e independência; consciência dos próprios recursos criativos; tendência ao não conformismo; espontaneidade, gosto pela aventura e ampla gama de interesses; preferência pelo complexo e atração pelo misterioso; senso de humor; interesses artísticos e estéticos; abertura a sentimentos e emoções; menor interesse a relações interpessoais; percepção de si mesmo como criativo; intuição e empatia; menor crítica de si mesmo.
Ademais, os teóricos consideram que a motivação é um componente vital para desenvolvimento do potencial criativo dos indivíduos que não pode ser desvinculado das características inatas à personalidade criativa.
O segundo aspecto – a criatividade como conjunto de habilidades cognitivas – defende a autora que a área cognitiva e a psicológica estão interligadas e são interdependentes no que se refere aos processos do sujeito de conhecer, compreender, perceber, sentir, vivenciar, lidar, registrar e acrescentar informações aos estímulos do mundo externo, destarte, a fisiologia cognitiva afeta diretamente a personalidade e vice-versa.
Para melhor compreensão dos fatores correspondentes às habilidades intelectuais que influenciam o pensamento criativo, a autora destaca a histórica concepção de Guilford sobre o pensamento divergente descrito em 6(seis) estágios: habilidade de fluência, flexibilidade, originalidade, elaboração, redefinição e sensibilidade para problemas.
Além de investigar os fatores cognitivos relacionados à criatividade, Guilford contribuiu com estudos que apresentam outros delineamentos humanos como temperamento, interesses e atitudes também associados às habilidades criativas.
Vale ressaltar ainda as pesquisas deste teórico que identificaram as seguintes características às crianças mais criativas: apresentação de idéias divergentes e inusitadas, humor e fantasia, preferência por uma aprendizagem independente, desejo de tentar tarefas difíceis, busca de um objetivo, divergência de normas vigentes quanto ao próprio sexo.
Observa-se apenas que a autora poderia ter realizado uma abordagem mais detalhada sobre a identificação dos indivíduos criativos.
Sem dúvida, trata-se de uma literatura indispensável para profissionais de áreas distintas, educadores, estudantes e interessados na temática criatividade.
Livro resenhado: Criatividade, Capítulo 1: O Que é Criatividade, a personalidade criativa, criatividade como conjunto de habilidades cognitivas, a identificação dos indivíduos criativos
Autor: Eunice M.L.Soriano de Alencar
Resenhista: Onã Silva
Esta resenha destaca dois aspectos, de grande relevância, discutidos pela autora: a personalidade criativa e a criatividade como conjunto de habilidades cognitivas.
Ao enfocar a personalidade criativa a autora reporta-se aos primeiros empreendimentos científicos que identificaram e descreveram os traços da personalidade criativa, como as pesquisas de Mackinnom (1965, 1967, 1975) que distinguiram arquitetos mais criativos através de características como: flexibilidade cognitiva, persistência e dedicação ao trabalho, pensamento independente, maior abertura às experiências, à ambigüidade e aos interesses não convencionais; e os estudos de Barron (1969) com diversos profissionais e inclusive com mulheres mais criativas, identificando-os como intuitivos e espontâneos, mais tolerantes à desordem e à complexidade, abertos aos impulsos e fantasias, dotados de alto grau de energia - esta pesquisa destacou ainda traços inerentes aos escritores e artistas distintos dos outros sujeitos, como fantasia, originalidade, experiências místicas e inusitadas.
Pesquisas posteriores atinentes à personalidade criativa apresentaram resultados símiles àqueles encontrados na investigação de Barron. Ou seja, os aspectos que distinguem os sujeitos mais criativos são autoconfiança e independência; consciência dos próprios recursos criativos; tendência ao não conformismo; espontaneidade, gosto pela aventura e ampla gama de interesses; preferência pelo complexo e atração pelo misterioso; senso de humor; interesses artísticos e estéticos; abertura a sentimentos e emoções; menor interesse a relações interpessoais; percepção de si mesmo como criativo; intuição e empatia; menor crítica de si mesmo.
Ademais, os teóricos consideram que a motivação é um componente vital para desenvolvimento do potencial criativo dos indivíduos que não pode ser desvinculado das características inatas à personalidade criativa.
O segundo aspecto – a criatividade como conjunto de habilidades cognitivas – defende a autora que a área cognitiva e a psicológica estão interligadas e são interdependentes no que se refere aos processos do sujeito de conhecer, compreender, perceber, sentir, vivenciar, lidar, registrar e acrescentar informações aos estímulos do mundo externo, destarte, a fisiologia cognitiva afeta diretamente a personalidade e vice-versa.
Para melhor compreensão dos fatores correspondentes às habilidades intelectuais que influenciam o pensamento criativo, a autora destaca a histórica concepção de Guilford sobre o pensamento divergente descrito em 6(seis) estágios: habilidade de fluência, flexibilidade, originalidade, elaboração, redefinição e sensibilidade para problemas.
Além de investigar os fatores cognitivos relacionados à criatividade, Guilford contribuiu com estudos que apresentam outros delineamentos humanos como temperamento, interesses e atitudes também associados às habilidades criativas.
Vale ressaltar ainda as pesquisas deste teórico que identificaram as seguintes características às crianças mais criativas: apresentação de idéias divergentes e inusitadas, humor e fantasia, preferência por uma aprendizagem independente, desejo de tentar tarefas difíceis, busca de um objetivo, divergência de normas vigentes quanto ao próprio sexo.
Observa-se apenas que a autora poderia ter realizado uma abordagem mais detalhada sobre a identificação dos indivíduos criativos.
Sem dúvida, trata-se de uma literatura indispensável para profissionais de áreas distintas, educadores, estudantes e interessados na temática criatividade.