Postura do facilitador de grupos nas organizações - Marise Jalowitzki*

Marise Jalowitzki abre um mundo totalmente desconhecido para nós, estudantes de Psicologia, em seu livro 'Postura do facilitador de grupos nas organizações'. Ao contrário do que se poderia imaginar, que nós, estudantes, por sermos neófitos na área, não entenderíamos o conteúdo do livro, conseguimos não apenas entender o percurso que a autora traça sobre o tema, como também conseguimos ter uma idéia de um dos possíveis papéis que os Psicólogos [e outros profissionais também] podem desempenhar dentro das Organizações. Para aqueles que escolherão trabalhar nesta área, o livro será companhia constante.

Se tivéssemos que resumir o livro em uma palavra esta seria: humanização. A autora apregoa a humanização dentro das relações, como meio para que os conflitos sejam diminuídos e que as relações deixem de ser mecanicistas.

Marise J. começa o livro falando sobre o papel do facilitador nos grupos, das atitudes que facilitam ou atrapalham o trabalho. Diz que facilitador/coordenador de grupos é o auxiliador que ajudará o grupo a alcançar seus objetivos, sendo ele o motivo que move o grupo a se reunir por um tempo determinado.

Discorre também sobre os pontos que são cruciais quando se trata do grupo, desde a historicidade de cada participante, à historicidade da empresa na qual se realiza o trabalho. Salienta que o facilitador deve saber interferir, tirar das discordâncias de um grupo o 'mote' para um redirecionamento da questão. Agir assertivamente e não encabeçar discussões, mas sim facilitá-las são algumas das dicas valiosas que ela nos dá.

O facilitador dá sinalizações para que o autoconhecimento, a autodescoberta ocorra e essas mudanças são lentas, há de serem maturadas, internalizadas, pois isso faz parte de nós, homens, e deve-se levar em conta toda nossa subjetividade. Não há 'receitas' prontas. Há maneiras de propiciar o desenvolvimento. E segundo a autora 'desenvolvimento é criar caminho à medida que se vai andando' [p. 34].

Apresenta maneiras de se trabalhar em grupo para interferir na realidade. E este é um meio considerado o mais democrático nas empresas quando se trata de seleção, pois, segundo a autora, cria-se um método de ensino-aprendizagem, dessa forma propicia-se o conhecimento do potencial de um grupo, ou das pessoas envolvidas nele.

Também é preciso lembrar que o facilitador deve levar em conta que o ensino-aprendizagem não é uma via de mão única e é nessa interação, na troca de conhecimento e no envolvimento recíproco que reside toda a beleza deste processo.

Para finalizar, ouso reproduzir o convite feito pela autora logo na introdução do livro: 'Respeito, pertinência, seriedade, amistosidade, acolhimento. Vamos semear?'

JALOWITZKI, Marise. Postura do facilitador de grupos nas organizações. - São Paulo: Madras, 2007.

*Milena Campello

Acadêmica do Primeiro Período de Psicologia da Faculdade do Pantanal.

Cáceres - MT

Milena Campello
Enviado por Milena Campello em 08/06/2010
Reeditado em 08/06/2010
Código do texto: T2307198
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