O QUE DEUS FAZIA ANTES DE COMEÇAR O UNIVERSO?
O que Deus fazia antes de começar a produzir o universo, perguntam os cientistas? Pois se houve um começo, esse começo precisou ser iniciado por Alguém. Esse é o problema da ciência. Ela não consegue ir além do Átomo inicial, chamado por eles de Grande Singularidade. Esse átomo era, segundo Hawking, uma região existente no nada cósmico, tão densamente carregada de energia, que um dia explodiu. Essa explosão, ocorrida talvez há uns cinco ou seis bilhões de anos é o chamado Big Bang. A partir desse momento, o universo, que estava contido nessa região, tornou-se uma imensa bolha de gás que nunca mais deixou de se expandir. (1)
Pode ser. Por que não? A Bíblia diz que primeiro Deus criou o céu a terra. (Não seriam o éter e o átomo?) Mas a terra estava vazia e sem forma. Então ele fez a luz, tirando-a das trevas.(2) Isso quer dizer: a luz já existia antes de o Mundo ser feito. Ela estava presa nas trevas. O que Deus fez foi libertar a luz das trevas.
Os cientistas inventaram um curioso nome para essa “luz que estava presa nas trevas”, antes do surgimento do universo. Elas a chamam de “luz interdita”. "Luz interdita", cientificamente, é a energia que está presa dentro do núcleo do átomo de um material pesado como o urânio, por exemplo. Não é possível vê-la, nem detectar a sua existência, nem medir a sua potência, mas eles sabem que ela está lá por causa das projeções que emite: radiação, magnetismo, gravidade, etc. Quando esse núcleo é rompido, a energia liberada é uma onda de calor e radiação tão imensa que queima tudo que existe em quilômetros à sua volta. Isso é que conhecemos como explosão de uma bomba nuclear.
"Luz interdita" é também a luz que fica presa num buraco negro. Buraco negro é uma região no espaço onde a gravidade é tão forte que nem a luz consegue escapar dela. Existem milhões de buracos negros no universo.
O que diz a tradição cabalística sobre isso? Em primeiro lugar, para aquilo que os cientistas não ousam nomear, isto é, O Que Deus É Antes De Ser O Universo, os cabalistas têm um nome: Existência Negativa. Eles o representam através de um símbolo chamado Kether, a primeira Séfira da Árvore da Vida, que se manifestou em Luz como diz a Bíblia. Mas antes disso, antes dessa primeira manifestação, Ele era (e ainda é) Existência Negativa, ou seja, Potência, Energia desconhecida e imanifesta, mas existente e real, porque sua influência já podia ser detectada no mundo fenomênico antes mesmo que ele existisse como realidade observável. É como a eletricidade. Não podemos vê-la, não sabemos o que ela é, mas sabemos que ela existe porque seus efeitos são sentidos no mundo da realidade manifesta. Ela move nossas máquinas, ilumina nossas cidades, queima a nossa mão quando pegamos nela, produz calor quando encontra resistência.
Os cientistas sustentam que toda partícula de matéria (e portanto todas as coisas que existem no mundo) tem uma partícula de anti-matéria que lhe corresponde. A existência dessa partícula é necessária para o equilíbrio da energia universal. Esse equilíbrio é sustentado por forças iguais e contrárias, mas de forma alguma antagônicas, pois são complementares. Por isso os antigos filósofos gnósticos diziam que o Diabo era a outra face de Deus. (Demo est Deum Inversus). Na filosofia chinesa essas forças são conhecidas como yang/yin, o positivo e o negativo, o masculino e o feminino. Esse conhecimento foi deduzido da formidável intuição da matemática, expressa nos números negativos. Todo positivo tem o seu negativo, expresso em igual medida e potência energética. Nós também temos um cópia de nós, na forma de anti-matéria, em alguma dimensão do universo. Como diz Hawking, se dia você encontrar com o seu duplo, não tente apertar a mão dele. Você desapareceria numa explosão luminosa.
Já na mecânica do universo essas forças são a relatividade e a gravidade. Uma faz o universo se expandir, outra o faz se agrupar.(3)
Segundo a Cabala há quatro planos de manifestação positiva da atividade de Deus e três de manifestação negativa. Os planos de manifestação positiva (depois que Deus começou a criar o mundo físico) são chamados de Atziloth (mundo da origem), Ietzirah (mundo da formação) Briah (mundo da criação), Assiah (mundo da matéria). Os três planos de manifestação negativa (antes de Deus começar a criar o mundo físico) são chamados de Ain (a Existência Negativa, Espírito, Anti-Matéria) (4), Ain Soph, (o Ilimitado, Deus Potência, Energia),(5) e Ain Soph Aur, (a Luz Ilimitada) (6). Desse modo, a Séfira chamada Kether é, ao mesmo tempo, o último plano de Existência Negativa (AinSophAur, Luz Ilimitada) de Deus e o primeiro de Existência Positiva (Atziloth, a Luz Manifestada).
A Cabala ensina ainda que Deus fez o universo físico com três elementos da sua essência: a luz (sua energia manifestada em forma de eletricidade, magnetismo, calor etc.), o som (a Palavra Sagrada, o Nome Inefável de Deus) (7) e o Número(8). Daí o fato de o alfabeto hebraico, sistema de escrita que combina letras (som) e valores (números) ser considerado uma escrita sagrada, ensinada aos homens pelos anjos, a mando do próprio Deus.
Inquirido por um aluno sobre a sua definição de Deus, um eminente Mestre cabalista disse: “Deus é pressão.” A essa mesma pergunta Einsten respondeu com sua famosa equação: E= mc². Ou seja, deus é energia manifestada.
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Notas
(1) HAWKING, Stephen. Uma Breve História do Tempo. São Paulo, Círculo do Livro, 1998.― O Universo Em uma Casca de Nóz- ARX, São Paulo, 2002
(2)- Gênesis 1:1, 2
(3) Na Bíblia essa dualidade é referida em várias de suas histórias. Satanás e Jeová, Miguel e Lúcifer, Cain e Abel, Esaú e Jacó, Saul e Davi, Jesus e Judas Iscariotes, são exemplos dessa dualidade, sem a qual a própria História não poderia não pode acontecer.
(4) Como diz a Bíblia: “ E o Espírito de Deus pairava sobre as águas”. Isso significa o “ o Oceano Primordial” dos gnósticos, também chamado de Éter pelos cientistas.
(5) Que a ciência chama de Grande Singularidade, Átomo Primordial, região no espaço cósmico, infinitamente carregada de energia.
(6) A luz interdita dos cientistas, que estava presa na Grande Singularidade. Quer dizer, a energia do núcleo atômico.
(7) Por isso a proibição constante do Velho Testamento em pronunciar o Nome de Deus.
(8) O que explica o fato de os povos antigos cultuarem o número como um sendo uma propriedade divina.
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SÍNTESE DOS LIVROS A KABALAH REVELADA- KNOR VON ROSENROTH, MADRAS, 2007
STEPHEN HAWKING - UMA BREVE HISTÓRIA DO TEMPO. SÃO PAULO, CÍRCULO DO LIVRO, 1998.― O UNIVERSO EM UMA CASCA DE NÓZ- ARX, SÃO PAULO, 2002
O que Deus fazia antes de começar a produzir o universo, perguntam os cientistas? Pois se houve um começo, esse começo precisou ser iniciado por Alguém. Esse é o problema da ciência. Ela não consegue ir além do Átomo inicial, chamado por eles de Grande Singularidade. Esse átomo era, segundo Hawking, uma região existente no nada cósmico, tão densamente carregada de energia, que um dia explodiu. Essa explosão, ocorrida talvez há uns cinco ou seis bilhões de anos é o chamado Big Bang. A partir desse momento, o universo, que estava contido nessa região, tornou-se uma imensa bolha de gás que nunca mais deixou de se expandir. (1)
Pode ser. Por que não? A Bíblia diz que primeiro Deus criou o céu a terra. (Não seriam o éter e o átomo?) Mas a terra estava vazia e sem forma. Então ele fez a luz, tirando-a das trevas.(2) Isso quer dizer: a luz já existia antes de o Mundo ser feito. Ela estava presa nas trevas. O que Deus fez foi libertar a luz das trevas.
Os cientistas inventaram um curioso nome para essa “luz que estava presa nas trevas”, antes do surgimento do universo. Elas a chamam de “luz interdita”. "Luz interdita", cientificamente, é a energia que está presa dentro do núcleo do átomo de um material pesado como o urânio, por exemplo. Não é possível vê-la, nem detectar a sua existência, nem medir a sua potência, mas eles sabem que ela está lá por causa das projeções que emite: radiação, magnetismo, gravidade, etc. Quando esse núcleo é rompido, a energia liberada é uma onda de calor e radiação tão imensa que queima tudo que existe em quilômetros à sua volta. Isso é que conhecemos como explosão de uma bomba nuclear.
"Luz interdita" é também a luz que fica presa num buraco negro. Buraco negro é uma região no espaço onde a gravidade é tão forte que nem a luz consegue escapar dela. Existem milhões de buracos negros no universo.
O que diz a tradição cabalística sobre isso? Em primeiro lugar, para aquilo que os cientistas não ousam nomear, isto é, O Que Deus É Antes De Ser O Universo, os cabalistas têm um nome: Existência Negativa. Eles o representam através de um símbolo chamado Kether, a primeira Séfira da Árvore da Vida, que se manifestou em Luz como diz a Bíblia. Mas antes disso, antes dessa primeira manifestação, Ele era (e ainda é) Existência Negativa, ou seja, Potência, Energia desconhecida e imanifesta, mas existente e real, porque sua influência já podia ser detectada no mundo fenomênico antes mesmo que ele existisse como realidade observável. É como a eletricidade. Não podemos vê-la, não sabemos o que ela é, mas sabemos que ela existe porque seus efeitos são sentidos no mundo da realidade manifesta. Ela move nossas máquinas, ilumina nossas cidades, queima a nossa mão quando pegamos nela, produz calor quando encontra resistência.
Os cientistas sustentam que toda partícula de matéria (e portanto todas as coisas que existem no mundo) tem uma partícula de anti-matéria que lhe corresponde. A existência dessa partícula é necessária para o equilíbrio da energia universal. Esse equilíbrio é sustentado por forças iguais e contrárias, mas de forma alguma antagônicas, pois são complementares. Por isso os antigos filósofos gnósticos diziam que o Diabo era a outra face de Deus. (Demo est Deum Inversus). Na filosofia chinesa essas forças são conhecidas como yang/yin, o positivo e o negativo, o masculino e o feminino. Esse conhecimento foi deduzido da formidável intuição da matemática, expressa nos números negativos. Todo positivo tem o seu negativo, expresso em igual medida e potência energética. Nós também temos um cópia de nós, na forma de anti-matéria, em alguma dimensão do universo. Como diz Hawking, se dia você encontrar com o seu duplo, não tente apertar a mão dele. Você desapareceria numa explosão luminosa.
Já na mecânica do universo essas forças são a relatividade e a gravidade. Uma faz o universo se expandir, outra o faz se agrupar.(3)
Segundo a Cabala há quatro planos de manifestação positiva da atividade de Deus e três de manifestação negativa. Os planos de manifestação positiva (depois que Deus começou a criar o mundo físico) são chamados de Atziloth (mundo da origem), Ietzirah (mundo da formação) Briah (mundo da criação), Assiah (mundo da matéria). Os três planos de manifestação negativa (antes de Deus começar a criar o mundo físico) são chamados de Ain (a Existência Negativa, Espírito, Anti-Matéria) (4), Ain Soph, (o Ilimitado, Deus Potência, Energia),(5) e Ain Soph Aur, (a Luz Ilimitada) (6). Desse modo, a Séfira chamada Kether é, ao mesmo tempo, o último plano de Existência Negativa (AinSophAur, Luz Ilimitada) de Deus e o primeiro de Existência Positiva (Atziloth, a Luz Manifestada).
A Cabala ensina ainda que Deus fez o universo físico com três elementos da sua essência: a luz (sua energia manifestada em forma de eletricidade, magnetismo, calor etc.), o som (a Palavra Sagrada, o Nome Inefável de Deus) (7) e o Número(8). Daí o fato de o alfabeto hebraico, sistema de escrita que combina letras (som) e valores (números) ser considerado uma escrita sagrada, ensinada aos homens pelos anjos, a mando do próprio Deus.
Inquirido por um aluno sobre a sua definição de Deus, um eminente Mestre cabalista disse: “Deus é pressão.” A essa mesma pergunta Einsten respondeu com sua famosa equação: E= mc². Ou seja, deus é energia manifestada.
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Notas
(1) HAWKING, Stephen. Uma Breve História do Tempo. São Paulo, Círculo do Livro, 1998.― O Universo Em uma Casca de Nóz- ARX, São Paulo, 2002
(2)- Gênesis 1:1, 2
(3) Na Bíblia essa dualidade é referida em várias de suas histórias. Satanás e Jeová, Miguel e Lúcifer, Cain e Abel, Esaú e Jacó, Saul e Davi, Jesus e Judas Iscariotes, são exemplos dessa dualidade, sem a qual a própria História não poderia não pode acontecer.
(4) Como diz a Bíblia: “ E o Espírito de Deus pairava sobre as águas”. Isso significa o “ o Oceano Primordial” dos gnósticos, também chamado de Éter pelos cientistas.
(5) Que a ciência chama de Grande Singularidade, Átomo Primordial, região no espaço cósmico, infinitamente carregada de energia.
(6) A luz interdita dos cientistas, que estava presa na Grande Singularidade. Quer dizer, a energia do núcleo atômico.
(7) Por isso a proibição constante do Velho Testamento em pronunciar o Nome de Deus.
(8) O que explica o fato de os povos antigos cultuarem o número como um sendo uma propriedade divina.
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SÍNTESE DOS LIVROS A KABALAH REVELADA- KNOR VON ROSENROTH, MADRAS, 2007
STEPHEN HAWKING - UMA BREVE HISTÓRIA DO TEMPO. SÃO PAULO, CÍRCULO DO LIVRO, 1998.― O UNIVERSO EM UMA CASCA DE NÓZ- ARX, SÃO PAULO, 2002