O que é Pós Modernidade
SANTOS, J. F. O Que é Pós Modernismo. 21ª. reimp. São Paulo: Brasiliense. (coleção primeiros passos).
Jair ferreira dos Santos é natural de Cornélio Procópio, nascido em 1946, um poeta e escritor, morando desde 1971 no Rio de janeiro onde se formou em Comunicação Social pela UFRJ. É ficcionista, poeta, ensaísta e autor entre outros, do livro contos A Inexistente Arte da Decepção (1996, Ed. Agir), bastante festejado pela crítica, e do volume de ensaios breve, o pós-humano. Figura na coleção Primeiros Passos, da Editora brasiliense, com O Que é Pós Moderno, é autor do livro “Kafka na cama” (Ed. Civilização brasileira, 1980) e do volume de poemas A Faca Serena, publicado pela Editora Achiamé em 1983 e premiado pela Associação dos Críticos de Arte de São Paulo. Sua obra mais recente a “Cybersenzala” (contos, 2006, brasiliense), é finalista do prestigiado prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira. Colabora habitualmente com a revista Ficções (Ed. 7 Letras) e o Jornal do Brasil.
Jair Ferreira dos Santos faz o estudo em meados do século XX, com intenções de mostrar à nação as transformações que ocorrem na sociedade pós-industrial.
Segundo Jair, para sabermos o que está caracterizado como pós-moderno, temos de saber o que é moderno, para que a partir destas delimitações traçamos os conceitos almejados de pós-modernidade.
Assim, temos o período do pós-modernismo situado entre 1900 e 1950, e o pós-modernismo à partir de 1950.
Sendo feita esta delimitação. Podemos resumir a idéia do autor em se tratando de pós-modernidade como sendo a nomeação das mudanças ocorridas na Arte, nas Ciências e nas Sociedades em geral. Com sua origem na Arquitetura e na computação, passando ao longo dos anos para todos os demais setores de produção industrial.
O pós-modernismo pode ser encarado ainda, como um “estilo de vida” ou filosofia – para estes novos seres de nossa sociedade que preferem a imagem ao real, o “simulacro”, desreferencializando e dessubstancializando as relações dos sujeitos.
Em um contexto mais amplo, Jair deixa claro que o pós-modernismo tem sua maior caracterização pelo exagero das expectativas que criamos por imagens ou objetos, sobressaindo a ausência de valores.
Mostra ainda a diferença entre oi real e surreal, usando o esquema de Daniel Bell, que diz: “ a sociedade industrial produz bens materiais, enquanto a pós-industrial consome serviços – mensagens entre pessoas”.
Entretanto o conceito de pós-modernidade que pode ser mais bem descrito por Jair é o de que não possui uma identidade definitiva, não conseguindo distinguir o verdadeiro do falso, num amontoado de combinações – ecléticas.
Assim, o conteúdo é abordado de forma sistemática e descontraído, porém exigindo conhecimentos prévios da história da evolução social para entendê-lo.
Suas conclusões podem ser vistas ao final de cada capítulo, que refere-se as condições de ser pós-moderno, as condições de estar no processo e saber distinguir os momentos aceitáveis de ilusão e surrealismo.
Desta forma as circunstâncias culturais e sociais da época estão junto as econômicas e históricas voltadas para massificação que o capitalismo apregoa na sociedade à partir da revolução industrial.
No que mais se refere à obra, sobressai sua contribuição para a pesquisa da evolução social, sendo no âmbito educacional ou não.
Trazendo novos conhecimentos, ampliando e sistematizando os saberes de cada indivíduo que mantenha contato com sua obra. Sua abordagem torna-se única, ao correlacionar fatos (histórias) cabíveis de serem reais em nossa sociedade com as transformações decorrentes do movimento pós-moderno.
Possui um estilo não muito claro, pois a sistematização da obra traz a necessidade de um grau elevado de atenção e conhecimentos para abstrair os conteúdos.
Focado em pesquisas, volta-se o desenvolvimento do conteúdo aos estudantes universitários das diversas áreas e aos especialistas do campo Educacional.