"" NEUROSE LER-CINCO ( SCHOPENHAUER) ""

     O Amor é apenas um disfarce da Natureza para o instinto de procriação e perpetuação da Espécie, assim, sucintamente, pode-se concluir Metafísica do Amor de Schopenhauer.
     Sendo este sentimento a força mais volitiva do Ser humano - Perpetuar sua Espécie. Os traumas e dramas de cada indivíduo são apenas situações deferentes, caminhos alternativos se se chegar a essa meta.
     De maneiras diferentes homens e Mulheres se degladiam por esse objetivo que segundo o Filósofo e a verdadeira "coisa-em-si" em cada indivíduo, e é ela, esse instinto que perpetua e garante sua imortalidade através de sua descendência, de sua procriação, gerando novos seres que leva algo de si em sua semente.
     O amor apaixonada é um jogo cadenciado e bem determinado pela natureza, o indíviduo acha que age por sentimentos, mas é o instinto de perpetuação de sua semente. Procriar e perpetuar, eis a "Vontade, a Coisa-em-si" do Ser Humano, tornar-se eterno não em sua individualidade, mas na sua Espécie.
     Assim o homem, macho, sempre intuitivamente está à procura da mulher, fêmea, que lhe garente esse sobrevivência, essa pseudo-eternidade. Ambos agem de maneiras diferentes, mas com obetivos identicos: O homem ao copular e plantar sua semente, vê outras mulheres como mais uma chance de perpetuar-se; mas para ela só a côpula não é sufuciente, não basta, porque a cria precisa de ajuda para se firmar como indivíduo e tornar a repetir o eterno ciclo (nascer/procriar/morrer), por isso quer a presença do homem ao seu lado para ajudar neste intento, por isso Schopenhauer diz que o amor apaixonado tem como único objetivo a cria e não os amantes.
     Ai entra a Metáfisica da Morte, o homem como indivíduo é apenas peça na eternidade da Espécie, movido por peculiaridades que na verdade é uma vontade latente de perpetuação da Especie, onde se realmente conserva sua eternidade através de sua semente, então nascer/morrer e a mola propulsora da vida, algo natural e corriqueiro no avanço da Espécie no tempo.
     Nas várias maneiras religiosos se vê a eternidade com a alma, mas é ela somente uma criação da mente (cérebro) segudo Schopenhauer, porém o homem vive à medida que deixa sua semente garantindo sua etenidade, porque algo de sí não foi destruído com a morte, então a vida não é melhor que morte, e nem a morte melhor que a vida, é sim a roda da existência em movimento, uma se contrapõe com a outra, faces de uma mesma realidade, e a realidade é a perpetuação da Espécie.
     A Espécie se perpetuando, perpetua-se a eternindade, porém entrando no mundo das religiões o Filósofo se contradiz, fica perdido, afinal o homem tem alma? O que é alma? Ao adquirir conhecimento ele passa a ter noção de alma, sendo essa noção, uma criação de seu cérebro que estingue com morte fisiológica. Com a morte desse orgão a alma também se esvai?
     A morte destrói o corpo fisiológoco, se a alma e uma criação do conhecimento do cérebro então ela também de aniquila?
Se a vontade, a Coisa-em-si do filosofo é um insinto inato, o extinto de imortalidade só sobrevive com a procriação, então o extinto de morte e o extinto de propriação (amor apaixonado) são peças de um joguete que move o mundo como vontade e representação, mas que mundo é esse filósofo?...
     Vou ler a obra O Mundo como Vontade e Representação (1819), ai voltaremos a esse assunto...


     OBS:  (Resenha, resumo e comentários pessoal do livro Metafísica do Amor Metafísica da Morte de Arthur Schopenhauer, da Editora Martins Fontes.)
BardoMineiro
Enviado por BardoMineiro em 03/05/2010
Reeditado em 03/05/2010
Código do texto: T2234837
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.