A Pirâmide Seccionada, com o Delta Sagrado à guisa de auréola é um símbolo adotado pelos Estados Unidos da América como marca registrada em todos os documentos oficiais. A divisa nele estampada (Novus Ordo Seclorum) é bastante significativa e por si só já denota o espírito messiânico do qual estavam embuídos os fundadores da nação americana, que tinham na América do Norte a Nova Ordem do Século, ou seja, a nova utopia, sonhada por todos os grandes idealistas. É Sabido que os primeiros colonos que se estabeleceram na América do Norte eram protestantes que fugiram da Inglaterra para escapar das guerras religiosas e da perseguição que elas sempre provocavam. Entre esses dissidentes religiosos certamente havia muitos maçons. E foram eles que trouxeram para o novo mundo a esperanca messiânica de fundar na América aquela nação utópica que os maçons espiritualistas, os intelectuais místicos e os rosa-cruzes sonharam e descreveram em seus escritos. Várias tentativas foram feitas nesse sentido. Desde as colônias quakers, as comunidades amishs, e outras estruturas semelhantes, que existiram e ainda existem nos Estados Unidos, todas foram derivações dessa idéia, que sempre guiou a alma dos pioneiros americanos, no sentido de criar, na terra mesmo, aquele paraíso que as religiões prometiam para o outro mundo.
Nesse sentido o chamado "sonho americano" é uma típica ideia maçônica, que se justifica plenamente, uma vez que os os “pais da pátria” americana eram, em sua grande maioria, maçons. Quando eles escreveram a Constituição dos Estados Unidos, essa foi a idéia que os inspirou. Por isso o famoso preâmbulo da Constituição dos Estados Unidos que começa com as famosa declaração: " todos os homens nascem iguais".
Os pioneiros americanos se acreditavam um povo eleito, tanto quanto os antigos israelitas. Por Isso, Deus abençoava a nova nação assim como abençoara Israel nos tempos antigos. Assim, as palavras Anuit Coeptis, colocadas na pirâmide seccionada querem dizer que “O Olho da Providência”, (O Olho que tudo Vê, Olho de Hórus) vela pela pátria americana. Ele se posiciona como uma Coroa (lembrando Kether, a coroa cabalística), sobre a pirâmide inacabada de treze degraus (os treze estados iniciais da Federação). A pirâmide está inacabada justamente porque se esperava o adesão futura de mais Estados para compor a grande nação americana.Tudo isso evidencia um simbolismo arcano, inspirado nas antigas tradições, especialmente egípcias, segundo a qual o mundo pode ser representado por uma pirâmide, ou seja um triângulo de vértice cortado, onde a elite dirigente, situada no topo, é o conjunto de “eleitos”, os “iniciados”, que à semelhança do Sol, tudo ilumina e controla. Assim era no antigo Egito, onde uma rígida hierarquia, que começava no faraó, representante do Deus Sol, passando pela elite sacerdotal, pelos militares e senhores de terras, constituiam uma piramide social que era sustentada por uma larga base de plebeus formada por artesãos, agricultores, mercadores e felás, os trabalhadores de jornada sustentava a nação. Dessa forma, combinando os conhecimentos arcanos com a moderna filosofia do iluminismo, que pregava a liberdade, a igualdade e a fraternidade, os "país" da América construiram a utopia americana. Ou pelos menos, eles pensaram estar construíndo. E é essa a idéia retratada na pirâmide secionada que aparece na nota de um dólar e em outros documentos americanos. Na nota de um dólar, aliás, ela simboliza a estabilidade que deveria ter a economia norte-americana, protegida que estava por energias tão miraculosas.   

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DO LIVRO " LENDAS DA ARTE REAL", AINDA NÃO PUBLICADO
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 30/04/2010
Reeditado em 04/05/2010
Código do texto: T2229435
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