"" PRAZER DE LER - TRÊS [ MAURÍCIO ROSA ] ""

     Ler o livro "Contraste " foi para mim uma bela experiência, conhecer o Maurício subjetivo foi algo fantásitco. Em suas poesias descobre-se um homem preocupado com os outros homens, as vezes revoltado com as injustiças praticada entre os poderoros e os desprovidos de bens materiais culturais e humanos, enfim um Humanista.
     Ler Maurício, foi me apresentar a outro homem sensível, cortez, humano e poético, sem contudo largar as rédeas da realidade. Seus peomas falam do cotidiano da vida: dores, sofrimentos e desigualdades da sobrevivência. Em suas linhas poéticas o sentido denotatico e conotativo das palavras se fundem e vivem em harmonia. Um livro para ler, reler (como fiz várias vezes) e aprender.
     No momento, que sinto minha Poesia fugir do meu pincel, devido a minha crise de inspiração e esperança. o Livro "contrastes" do meu amigo Maurício R. Almeida me dá um grande alento. 
     Quem sabe um dia, empurrado pela sua coragem e perseverança leva-me a publicar também meus trabalhos em um livro com meus antigos e velhos escritos. No momento me sinto inábil e sem o que dizer.
     Parabéns Poeta e amigo Maurício, seu livro é belo e lírico. Assim como você, subjetivo e objetivo.
     Sem dúvidas, ler-te foi um grande prazer.


Uma pequena mostra deste Poeta.

{[-Subjectivo-

Vagam
pelas ruas d'ontem
os guris de agora
de futuro incerto
sem morada e pão.
Tentam, recontando horas
colorir os sonhos parcos, desbotados
herdados de alguém que, desavisado,
apagou a luz
que lhes clareava a estrada... o chão!

Vagam
pelos nossos medos
jovens vis trazidos pela enxurrada;
órfãos dos caras-pintadas
vestindo as manchetes de velhos jornais;
mendigos de amor jogados
à margem da cor que a esperança traz;
hóspedes dos viadutos
que revolvem dores, vendem solidão
prostituem planos, drogam as virtudes
e, sem que se note, transformam a vida
nalgum: tanto faz!

Vagam
pelas nossas mentes
mil formas decentes de buscar-se a vida
e educar-se o mundo
e acolher ao irmão
Vazam, tão vagas o são,
pelos vãos dos dedos
vãos que nem se prestam a examiná-las!
Vagam por cantos desertos
os cantos sem gestos que infestam o poder
Não sabem do povo
do velho, do novo
dos dias perdidos,
das chagas abertas nas filas que falam
que o mundo está prestes a se rebelar.

Vaga
pela poesia
um alerta ao mundo
e o homem com pressa
não o ouve
não o sente
não o vê!

in "Contrastes" de Maurício Rosa]}



     OBS: (Resenha, resumo e conclusões pessoais do "livro Contrastes" do meu amigo "Poeta Maurício Rosa de Almeida", impreso na Tipografia Brasil Editora Ltda.)
BardoMineiro
Enviado por BardoMineiro em 26/04/2010
Reeditado em 27/04/2010
Código do texto: T2220418
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