"" NEUROSE-LER QUATRO (NIETZSCHE) ""

     O Anticristo, já com a leitura do título vem um baque, mas na verdade o título mais adequado a esta obra de Nietzsche deveria ser "Os Anticristos" e o autor não deveria estar entre eles, esses negadores de Cristo, segundo ele, seriam pricisamente o Judaísmo, o Apostótolo Paulo, o Cristianinsmo propariamente dito, e finalmente a Igreja católica.
     Nietzsche é um defensor de Jesus, sem fazer dele um "Deus", ou filho de "Deus", mas um homem que lutou contra qualquer tipo de exploração Política/Religiosa, e por isso seu primeiro e poderoso iminigo foi a Religião Judaica daquele momento e seus líderes, que foram seus verdadeiros algozes.
     Não restam dúvidas que com a cruzificação de Jesus, ele se tornou um mártir, mas sua doutrina foi deturbada. Cristo pregava a liberdade do Homem com o homem e seu livre acesso a "Deus", mas isso era perigoso e não era bem visto pelos Rabinos e defensores da Antiga Fé e seus privilêgios de serem a ponte entre o povo e "Deus". Mas apossaram de sua Doutrina e continaram moldando a imagem de um "Deus" vingativo, cruel, ritualístico e bajulador. Foi criado todo um ritual novo, mas com os velhos castigos e com as mesmas punições, afinal a Religião vivia do medo do povo em sua religiosidade.
     Paulo, o apóstolo mais culto de Jesus, segundo Nietzsche, foi quem mais deturbou os ensimanentos do mestre, sendo um um homem inteligente conseguiu disseminar a doutrina cristã com mais facilidade e infiltração entre os gentios, mas modificando muito sua doutrina, trocando a boa-nova pela continuidade do sacríficio e a espera da segunda vinda do Salvador. Com isso o Cristianinsmo continuou com os mesmos vícios do Judaísmo do qual era uma seita, mas a subjugou e assumiu o novo status qua como religião oficial daquela região e espalhando seu ensimanentos e doutrina para outras nações.
     Uma religião baseada na submissão, no pecado, na negaçao da vida, fazendo seus seguidores aceitar todos os martírios de uma existência paupérrima em troca da salvação. Ou seja, nuda-se as mãos, mas os chicotes continuam seus acoites, exatamente o que Jesus era contra, segundo o filósofo. Por isso ele chama o Cristianismo de religião dos fraços e perdedores, dos "chandalas" ( casta mais baixa na sociedade indiana). Com esse contigente de esquecidos o Cristianismo se tornou uma força que não poderia ser menosprezada, neste momento acho que houve uma fusão entre a nova e antiga fé, isso é, entre seus líderes, sem contudo a eliminá-la, afinal, precisavam de uma segunda via de escape, caso a coisa não pegasse.
     Dai surge a Igreja que é construída sobre os pilares da angustia da Humanidade, tudo era feito em nome de "Deus", mas em proveito de poucos privilegiados, sua classe sacerdotal e todas as suas emaranhadas divisões e subdivisões, com suas ritualisticas e cultos complexos e complicados, incutidos através dos dogmas.
     É difícil aceitar isso, mas basta vermos até hoje essa verdade, a suntuosidade e riquesa dos templos, tornando a Instituíção extremamente organizada, rica e cada vez mais rígida com os fieis.
     Duvidas?... É só prestar atenção no Vaticano e seus rituias de fé.
     E assim, a Instituição Igreja católica, a defensora da Fé e do Cristianismo foi infiltrando seus tentáculos e seu veneno nas sociedades da antiguidade, até se tornar o poderio que é, já na metade dos primeiro milénio. Afinal ao bom cristão só resta sofrer e pedir perdão, mas esse perdão não é pedido a Deus diretamente, mas sim aos padres, aos bispos, cardeais e todo esse emaranhao de relaçao de poder que se tornou a Igreja, até o seu pontifice papal. Então ao cristão ateu, pobre e desvalido, a morte chega a ser um prêmio, pois vai encontrar com Deus ter sua recompensa nos ceus, tudo isso após a morte.
     Que miséria de doutrina, a Igreja transformou a Fé de seus seguidores, em sofrimento até a morte, para a sua glória e de Deus.
     Nietzsche discorre e disseca essa trajetoria covarde e dantesca, mas exime Jesus de culpa, ele foi um fantoche para a Igreja, no entendimento do filósofo. E hoje e forçada a rever seus conceitos, seus dogma, sua forma de conduta e de conduzir seus fieis.
     Usando o nome de Cristo, cria-se o Cristianismo, organiza-se a Fé, mas não como Jesus pregou, assim não lhes dária nenhum lucro terreno, então ela e toda recriada e a antiga Fé é a base, que é absorvida com todo aquele ódio e sistemas de punições, não ha avanços.
     Por isso Nietzsche diz "Deus está morto" em outra obra sua, e está mesmo, porque a sociedade e o povo mais esclarecido está acordando, e uma Religião que é baseada em dogmas, que rechassa as Ciências e a Cultura, que nega a vida e vê pecado em tudo, que pune, que mata, que faz guerras, que destroí e explora começa a ruir e ver sua decancia caminhar a passos largos.
     Hoje sabemos de tudo que a Igreja foi capaz e ainda é (Veja os escândalos de pedofilia atuais em que está envolvida) para manter seu poder e sua casta de fieis, contudo a verdade de Jesus está vindo a lume. Ele pode até retornar, mas não para a glória, e sim para a ruina total da Igreja e seus quase dois mil anos de heresias e exploração da humanidade, ou nós católicos, de olhos mais abertos, acreditamos que ele vai - Jesus Cristo - vem reivindicar o Trono Papal, como toda a sua lama?
Nietzsche só pingou, com "O Anticristo", o colírio nos nossos olhos, estamos prestes a abrir nossos pálpebras.
Que isso não demore...


OBS: (Resenha, resumo e comentários sobre o livro O Anticristo de Nietzsche, da Editora Escala).
BardoMineiro
Enviado por BardoMineiro em 16/04/2010
Código do texto: T2201457
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