LIVRO: “Sorocaba Obra Aberta: Imagens que levam à contemplação”
Lançado no dia 20/10 o livro “Sorocaba Obra Aberta: Imagens que levam à contemplação”, o livro trata do potencial significativo da imagem fotográfica inserido em uma poética de fotos de Sorocaba.
Segundo o autor, a obra de arte, num contexto geral, é uma “obra aberta”, passível de transformações, mudanças e de interpretações. A leitura da arte é baseada num repertório particular de vida e intelectual de cada indivíduo. E é essa particularidade de interpretações que geram inúmeras emoções a diferentes leitores, tornando-a, assim, uma “obra aberta”, apta infinitamente, a sempre receber interpretações e doar sensações.
O autor ainda diz que se caracterizarmos a fotografia como uma expressão artística, podemos encontrar nela o caráter contemplativo e elevarmos a mesma a um valor estético à altura do da arte; dessa forma, exaltamos nela seu caráter de qualidade e, consequentemente, levamos o leitor à contemplação, capturando os olhares que contemplam a imagem.
O livro é composto de três capítulos: O Primeiro trata das relações da fotografia com a arte, o segundo das relações da arte com a fotografia, e por fim, o terceiro é exibido uma mostra de imagens da cidade de Sorocaba.
É, nesse contexto, que é apresentado o livro “Sorocaba, Obra Aberta”, a fim de uma visão poética da cidade de Sorocaba, como forma de levar o leitor à contemplação e, consequentemente, à vivência de diversas sensações.
O livro tem apoio institucional da secretaria da cultura de Sorocaba e pode ser adquirido pelo e-mail: mmazini@gmail.com no valor de R$ 20,00.
Sobre o autor
Matheus Mazini é publicitário, fotógrafo, professor acadêmico e mestrando em ‘Comunicação e Cultura’ pela Universidade de Sorocaba.
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PREFÁCIO
O nosso cotidiano está permeado por imagens, objetos materiais, signos que representam nosso meio ambiente visual. As imagens, representações visuais, movimentam-se velozmente e propagam-se incessantemente, das tevês às telas dos celulares, dos aparelhos médicos de diagnóstico visual às câmeras digitais, do circuito interno aos satélites.
Em meio a essa profusão de imagens, há a fotográfica... que parece ser diferente das imagens em movimento ou das que se dão em tempo real. Ela ainda nos atrai... nos encanta!
As fotos de Matheus Mazini propiciam certo encantamento, por insinuar o objeto externo que se deixou fotografar, por nublá-lo, tanto por se valer da técnica como do seu olhar original, também, pervertido por essa mesma técnica.
As imagens fotográficas capturam um instante de tempo e, por isso, propiciam-nos uma experiência diferenciada.
Em um tempo que corre, que flui, que passa, o olhar do leitor de uma imagem fotográfica pode penetrar num interstício de tempo e, de pensamento em pensamento, pode se aprofundar no tempo, numa fenda infinita conjugando passado e futuro.
Além desse prazer, a obra, ainda, traz reflexões sobre a fotografia, o percurso dessa mídia se entrecruzando com a arte, questões referentes ao processo de recepção de imagens fotográficas, o que contribui para a compreensão de que é possível “ler” imagens fotográficas.
Por fim, resta salientar o percurso do autor, que com essa obra cumpre um papel importante, o de divulgar seu trabalho fora da academia, fruto também de pesquisas que se iniciaram ainda no curso de graduação. As fotos, por sua vez, enriquecem nosso contexto permeado de “imagens” e fazem a diferença, acrescentam novas informações e afetam nossos sentidos... desenvolvem bons hábitos de sentimento.
Entregue-se, portanto, ao prazer de contemplar, de prestar atenção e, por fim, de ‘ler’ as imagens...
Outubro/2009
Prof. Dra. Maria Ogécia Drigo