Os Formalistas russos chegaram: Bye bye aos imortais da ABL!
Olhos formalistas sobre o conceito de literatura
Ideologicamente e politicamente corretos eles [os Formalistas] conseguiram pôr aquela pulguinha atrás das nossas orelhas: Tostisnes vende mais porque é fresquinho, ou fresquinho porque vende mais?
Como a tese de que a literatura transforma e intensifica a linguagem “comum”, ou seja, como quer Roman Jakobson: - “A literatura representa uma violência organizada contra a fala comum.” - Esses militantes antistalinistas conquistaram o OSCAR da crítica literária; apagaram a imagem doutrinal simbolista que era atração até então, vestiram seus jalecos de cientistas e puseram a literatura na sala de cirurgia - sem a presença, é claro, de seus íntimos familiares, as senhoras correntes filosófica, sociológica e psicológica .
- A literatura agora possui suas próprias leis emergentes! – ditavam. Ela não podia ir além do plano da forma: rimas, sons, ritmos, sintaxe....
Mas o que isso tem a ver com os pobres imortais da ABL?
Ora, os Formalistas passaram ao largo da análise do conteúdo, certo? Certo! Preferiram a forma certo? Exato! Logo o conteúdo era mera motivação da forma. Com isso, assim seria o resultado desse MEGA SENA ACUMULADA: Dom Quixote não seria uma obra “sobre” o personagem do mesmo nome: O personagem seria apenas um artifício para se reunirem diferente tipos de técnicas narrativa.
Para os russos, a obra literária não é um veículo de idéias, nem uma reflexão sobre a realidade social, nem a encarnação de uma verdade transcendentental: Era feita de palavras, não de objetos ou sentimentos, sendo ERRO GRAVÍSSIMO, segundo eles, considera-la como expressão do pensamento de um autor. PRONTO! Chegamos no X da questão! Desse modo, BYE BYE poetas!
- Mário Quintana! Segundo aqueles formalistas, um poeta jamais será Deus!
Tostine vende mais porque é fresquinho ou fresquinho porque vende mais?
Os Lusíadas seria uma alegoria à Portugal do séc.XVI ou simplesmente Portugal é que oferecia uma oportunidade propícia à criação de todas aquelas imortais alegorias?
Referencia: Tery Eagleton: Teoria da Literatura