Resumo do Livro Apologética na Conversação

CHEUNG, Vincent. Apologética na conversação. Edição eletrônica. Publicado por Reformation Ministries International. USA. Boston. 2004 – Tradução de Felipe Sabino de Araújo Neto.

Esta é uma obra onde o autor apresenta princípios importantes a fim de aumentar a eficiência daqueles que pretendem defender a fé. Estes princípios servem na verdade, segundo o autor, como armas divinas concedidas para assegurar vitória em confrontações espirituais e intelectuais contra incrédulos e blasfemos. O autor diz que entender estes princípios só será possível àquele que tem bom aprofundamento no conhecimento de um sistema bíblico de teologia e filosofia; assim como um método bíblico para a apologética, que também é de grande importância, visto que assim estará apto para destruir qualquer argumento anti-bíblico. Cheung diz que tais princípios não devem ser tomados como de uma forma fixa; mas sim, que representam atitudes que o crente deve ter em mente quando do debate, utilizando-os naturalmente em suas confrontações intelectuais.

No primeiro capítulo, Cheung sugere que o inevitável deve ser afirmado. Segundo o autor, um modo racional de pensar e conhecer chega a conclusões válidas deduzidas a partir de premissas verdadeiras; enquanto que os incrédulos fazem a si mesmos o ponto de referência último para o conhecimento, supondo falsamente que eles podem descobrir a natureza da realidade através da intuição, sensação e indução. Para Cheung, um dos princípios mais importantes na apologética bíblica é aprender e aplicar o método bíblico para a apologética. Cheung afirma que o obstáculo número um dos cristãos é o medo das mentes e idéias não cristãs, que afirmam ser a elite intelectual do mundo. Afirma ainda que a razão de alguns cristãos não alcançarem um nível de competência em apologética, é porque não desprezam as idéias e teorias das filosofias e religiões não cristãs; e também porque se evita o debate, quando deveríamos ouvir meticulosamente os argumentos de nossos oponentes, criticando cada palavra, cada proposição, a relação entre cada palavra e cada proposição, cada inferência e cada implicação.

No segundo capítulo, o autor afirma que o inimigo deve ser atacado; ou seja, deve ser abordado e questionado consoante às suas convicções, demonstrando-lhe que como não cristão ele é inimigo de Deus. Cheung afirma que os não cristãos podem ser amáveis ou extremamente hostis quando se trata de falar sobre religião; e que muitos cristãos abordam os não-cristãos sobre a base de sua humanidade comum, e, portanto, parece que este engajamento é apenas um diálogo amigável entre colegas sobre as questões importantes da vida. Cheung assevera que como cristãos, devemos abordar os não cristãos sobre a base do que temos em comum com Deus e com outros cristãos, e sobre a base de nossas diferenças com os não cristãos. Para Cheung a empatia antropocêntrica deve ser totalmente descartada. Deus vê a situação como guerra; portanto, falhar em ver nossa situação como Deus a vê é reprimir a apologética. Cheung termina o capítulo dizendo que temos armas divinas para derrotar qualquer não cristão; mas para utilizá-las eficazmente e cumprir tal missão, devemos estar dispostos e decididos. Ao invés de considerar a apologética como defesa para responder perguntas e fazer esclarecimentos, devemos atacar todo pensamento não cristão com a força da lógica.

No terceiro capítulo, intitulado como “Arranje o confronto”, Cheung demonstra o ensinamento bíblico de que nossa sabedoria e santidade vem de Deus. Por isso, para que haja vitória em todo e qualquer debate, deve-se depender da sabedoria divina. Pois ao ser confrontada com a sabedoria divina, a sabedoria humana será esmagada. A isto, Cheung chama de “Apologética Confrontacional”. O método é confrontar a sabedoria humana com a sabedoria divina e, visto que até mesmo a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria do homem, agindo assim sempre se obterá uma vitória total e decisiva. Nesse capítulo são abordados alguns princípios e orientações do como se arranjar o confronto. Primeiramente, devem ser confrontadas cosmovisões inteiras e não apenas idéias fixas e limitadas dentro dessa cosmovisão; segundo, deve ser desafiado o orgulho do oponente, confrontando-o com a sabedoria divina.

No quarto capítulo, o autor diz que deve ser anunciado o resultado. Cheung assevera que existem várias razões que o incrédulo utilizará para não reconhecer sua derrota. Entre elas, primeiramente, ele nunca espera ser derrotado por um cristão; segundo, porque o cristão usa suposições que para eles são irracionais; terceiro, o pensamento do incrédulo é tão tolo e irracional que ele não consegue seguir o progresso de um debate racional. O autor insiste que a derrota do oponente deve ser anunciada, especificando que a vitória deve ser reivindicada, resumindo o que aconteceu durante o debate e aproveitando para lhe contar sobre a implicação de sua derrota; ou seja, aproveitando a oportunidade para fazer uma apresentação pessoal do evangelho.

Concluindo sobre a apologética na conversação, depois de compartilhar seus princípios para a vitória, Cheung diz que alguns de seus leitores certamente irão aplicá-los; enquanto que outros, deles se escandalizarão, considerando assim uma abordagem dura e fria, e quiçá antibíblica. Numa tentativa de amenizar o material apresentado, e de não parecer tão duro, Cheung suaviza primeiramente, defendendo-se que não incita seus leitores serem constantemente rígidos em suas posições ao pregarem ou defender a fé; em segundo lugar alega que até mesmos cristãos são ofendidos, pois o evangelho é que produz neles essa reação; outros cristãos que se escandalizam, é porque foram ensinados pelo modo de pensamento dos incrédulos e por estarem acostumados ao padrão não cristão do discurso social.

Palavras chave: Apologética, Debate, Religião, Fé.

PaPeL
Enviado por PaPeL em 19/08/2009
Código do texto: T1763226
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