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O Ensaio Poético de Ângela Rogrigues Gurgel ou de como se traduz vida e amor

                Quando alguém diz que gosta de poesia, meu coração aplaude. Quando alguém diz que gosta e que lê poesia, meu coração, além de aplaudir, se alegra, porém, quando sei de alguém que além de gostar, lê, escreve, publica e, mais ainda, a poesia é de amor, meu coração exulta de felicidade!
                 Querida Ângela, teu livro derrama amor em cada página! Não só o amor ao Amor, mas amor a palavra, a vida, aos seres que aqui habitam e que são tão necessitados desse amor-compaixão,  desse amor-generosidade, reconhecidamente próprios da tua escrita.
                   Traduzir, em palavras, com clareza e doçura, com lucidez e desenvoltura cada sentimento vivido, seja ele qual for, escancarar  sonhos e fantasias não é tarefa simples, porque essa intimidade, essa exposição de alma, nem todos compreendem, mas és um tipo raro de gente que não se intimida, não temes a palavra, nem o gesto.
              Muitos, ou quase todos os poemas do livro, estão por aqui, no Recanto das Letras. Muitos que já li, suspirei e comentei com o coração na boca: minha alma estava ali, meu jeito de dizer saudades, dizer do amor, da doçura, do calor da paixão pela vida!
                 Minha relação com o que leio é assim: cúmplice, atávica. E, por isso, é tão boa essa sensação de encontrar a alma na escrita de alguém!Melhor ainda é quando podemos dizer isso a esse alguém.
                 Minha amiga, parabéns pela belezura que é teu livro! Gostei muito de tua escolha de capa, da orelha, com gente tão querida: Bernard Gontier (tens razão Bernard, nada do que Ângela escreve é banal. Tudo é intenso, profundo).  Raimundo Antônio, teu conterrâneo e amigo (Rai, Ângela nos dá mesmo uma aula de devaneios poéticos, ensina-nos a não ter medo das palavras que encarnam sonhos) e mais gente que te admira e respeita,  gente dos teus afetos mais caros.
                  Ler- te, em qualquer gênero é sempre um prazer. Obrigada por tão bons momentos em tua companhia, que agora pode ser a qualquer hora, em qualquer lugar. Obrigada também pelo carinho com que me visita e lê meus textos. Uma afinidade, dentre tantas que talvez nos una, é certa: somos mulheres que amam a vida, que não se envergonham de falar de amor, de saudades, de fantasias, de paixão e de sonhos, coisas para quem a “tchurma da modernidade” torce o nariz e, coitada, não vive.
                E, se é possível Ângela, gosto ainda mais de ti. Termino com Guilherme Arantes “cantando”:

“Cuide-se bem!
Eu quero te ver com saúde
E sempre de bom humor
E de boa vontade,
Com tudo...

Prá nunca perder
Esse riso largo
E essa simpatia
Estampada no rosto...”

Abração!!